quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ao Melhor cão do Mundo "Joey"



Joeyinho,

Meu amigo queria te dizer: "Obrigado por ter passado pela minha vida..."

Pode ter certeza que vai ficar a lembrança, as brincadeiras, as bolinhas, os trapos que adorava rasgar... Os sifões de pia que comia, as paredes... Enfim tudo o que te divertia...


Lembro-me quando chegou... Pequenino, adorava correr pelo corredor da casa nova...
Não tinha tamanho mais tinha uma pata enorme. “-Não!!! Mãe, não vai crescer mais não, hã” Cresceu!!! Virou meu grandão, meu cachorrão que adorava um carinho, uma banana, uma brincadeira com água...

Obrigado por ter me escolhido e ter sido meu cachorro, nas conversas, nos choros, pelo focinho gelado que insistia em abrandar o sofrimento do seu dono nos momentos difíceis. Da cabeça apoiada no colo esperando um carinho. Das conversas que tínhamos na beira da escada. Dos cacoetes de sobrancelha. Dos banhos de mangueira no quintal, os passeios pelo Parque ou de carro que sempre gostava. Adorava uma praia, aquele quintal grande para ele era tudo...

Em certos momentos, acho que só ele me entendia ficava me olhando com aquele “olhar” que só ele tinha, parecia me compreender e estava ali só para ouvir e ser o amigo que precisava.

Querido vai com Deus, pois acredito que existe um lugar onde os cachorros brinquem, onde a alegria de dar carinho sem pedir nada em troca seja recompensada.

A Saudade vai ficar ... A dor no peito uma hora vai diminuir. Esse vazio, não sei se passa só o tempo vai dizer... Mas da memória você nunca sairá...

Sempre direi quando lembrar de você meu cachorro, que eu tive “O melhor cão do mundo, o Joey”
“Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife”. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro.”
Frase do Filme Marley & Eu que descrevia perfeitamente o Joey...

“Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele”.

Pode ter certeza meu Amigo que você tinha o MEU!!!
Ele sabia o quanto eu o amava, e devolvia sempre...

De quantas pessoas você pode falar isso?
Quantas pessoas fazem você se sentir raro ou especial?
Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário, como sendo a única coisa que importa?

O meu Joey fazia eu me sentir assim...


Naty – Queria te agradecer por ter me dado o que mais AMEI na vida o “Meu Joey” foi o melhor presente que já ganhei...

Isa -Obrigado por ter ficado até o fim comigo, você sabe que não tenho como agradecer tudo o que você fez por nós dois.

-Agradeço a todos que de alguma forma estiveram ou passaram na vida desse cachorro maluco que eu chamava de Joey e que sempre estará em nossos corações...


PS -Ele nos deixou com um vazio no coração no dia 25/01/2011 chovia, estava dormindo tranqüilo como sempre!!!  Foi sem sentir dor... Como um cachorro forte e bonito que sempre foi...

Fiquei do lado dele até o Fim, não podia deixar meu amigo sozinho... Tchau meu cachorrão, obrigado mais uma vez, vai com Deus! Quem sabe um dia a gente se encontra de novo... Que assim seja...

É importante colocar alegria na sua vida!

Existe uma enorme diferença entre prazer e alegria. Quando conseguimos fazer uma distinção clara, movimentamo-nos muito mais rapidamente para aquilo que pretendemos atingir na vida e com muito mais energia. Mihaly Csikszentmihalyi descreve muito bem esta diferença no seu livro, Flow – o estado psicológico que entramos quando a noção de tempo desaparece e nos sentimos completamente emersos naquilo que estamos a fazer. Csikszentmihalyi distingue aquilo que fazemos por prazer (sexo, comer, beber, descansar, etc.) daquilo que fazemos por alegria e gozo.

A Alegria e gozo, são mais profundos. A alegria e gozo, envolvem sempre o uso de uma habilidade ou capacidade, e igualmente a noção de desafio. Certamente o objectivo de subir ao Evereste, tem como fim último a alegria e contentamento retirada do facto de ter conseguido ultrapassar o desafio árduo, e assim ter como recompensa todas as sensações vividas. Desta forma, velejar, jardinar, pintar, jogar golfe, cozinhar, cantar, ou outra qualquer atividade, envolvem habilidades, tal como constituem um desafio que leva à alegria, contentamento e gozo. Retirar da vida o que ela tem de melhor, promover as forças e virtudes de cada um de nós é uma perspetiva abraçada pela psicologia positiva

Esta é uma abordagem que expresso na grande maioria dos meus artigos, pois olho para a vida de uma forma prospetiva, virada para o futuro e para os objetivos que as pessoas pretendem alcançar através daquilo que melhor nelas existe. A alegria, é algo inato a todos nós, vimos ao mundo com um código genético preparado para o sentimento de esplendor, o nosso corpo é um templo da felicidade, se assim olharmos para ele.

FACTOR PROMOTOR

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Curiosidades sobre sonho que todo mundo queria saber.

Hoje é feriado em São Paulo... então... 

Bom eu acho que todo mundo que ta lendo isso aqui deve sonhar né? nem que seja com tudo preto, então aqui vai algumas curiosidades sobre sonhos que nem eu sabia. Muito interessante, vejam:



10. Cegos também sonham
Pessoas que se tornaram cegas após o nascimento podem ter sonhos com imagem. Pessoas que nasceram cegas não vêem quaisquer imagens, mas também têm sonhos vívidos envolvendo seus outros sentidos como sons, cheiro, toques e emoções. É difícil para uma pessoa que vê imaginar, mas a necessidade de sono é tão forte que o corpo é capaz de lidar com praticamente todas as situações físicas para que isso aconteça.
9. Você esquece de 90% dos seus sonhos
Depois de 5 minutos acordado, você esquece metade dos seus sonhos. O famoso poeta, Samuel Taylor Coleridge, acordou de uma manhã, depois de ter tido um sonho fantástico – pegou uma caneta e papel e começou a escrever a “visão de um sonho”, no qual tornou-se um dos mais famosos poemas ingleses: Kubla Khan. Parte do poema havia sido escrito (54 linhas para ser mais exato), quando ele foi interrompido por uma pessoa. Coleridge voltou ao seu poema, mas não podia lembrar o resto do seu sonho. O poema nunca foi concluído.
8. Todo mundo sonha
Todo ser humano sonha (exceto em casos de extrema desordem psicológica), mas homens e mulheres têm diferentes sonhos e diferentes reações físicas. Homens tendem a sonhar mais sobre outros homens, enquanto as mulheres tendem a sonhar igualmente sobre os homens e as mulheres. Além disso, tanto os homens como as mulheres relacionaram reações físicas aos seus sonhos mesmo que ele não seja sexual; os homens costumam ter ereções e as mulheres aumentam o fluxo de sangue vaginal.
7. Sonhar previne psicose
Em um recente estudo, os alunos que foram acordados no início de cada sonho, mas ainda conseguiram dormir por mais 8 horas, enfrentaram dificuldade de concentração, irritabilidade, alucinações e sinais de psicose depois de apenas 3 dias. Quando finalmente foi permitido seu sono, recuperando o tempo perdido, aumentaram consideravelmente o percentual gasto na primeira fase.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O método científico

Os clubes e sociedades de caça aos fantasmas despontaram por todo o mundo. Não há regulamento governamental de caça fantasmas, muito menos algum grupo que fiscalize as suas atividades. Quase todos estes grupos são amadores, e poucos praticam o método científico. "Muitos destes grupos são sérios e se esforçam honestamente para contribuir", disse Liebeck. Entretanto, muitos deles "não estão conduzindo as pesquisas verdadeiras ou avaliando imparcialmente as evidências, mas aparentemente já decidiram qual é a 'verdade' e estão promovendo a sua crença. Oscilar um magnetômetro diante da TV e anunciar 'Eles estão aqui!' ou fotografar um feixe de partículas de poeira iluminadas pelo flash e exclamar que 'As órbitas estão desapontadas com as nossas vibrações negativas' não constitui uma investigação".


Foto cortesia de Ed Grabianowski
O investigador paranormal Joe Nickell examina uma rara "fotografia de espírito" do século VIII sob um microscópio estéreo


Foto cortesia de Ed Grabianowski
Às vezes, o microscópio ajuda a revelar as bordas onde uma imagem pode ter sido cortada e colocada em um negativo


Foto cortesia de Ed Grabianowski
A posição descentralizada deste retrato não é típica da maioria dos retratos do século XIX, mas das fotografias de falsos espíritos que se inventavam então

Liebeck aponta que muitos caçadores de fantasmas estão andando para trás. Eles conduzem investigações com a idéia fixa e dogmática de que fantasmas existem. Durante o curso de uma investigação, eles irão interpretar quase tudo que encontram como uma evidência de um fantasma real. Leituras eletromagnéticas, pontos frios ou anormalidades fotográficas, tudo isso representa fenômenos fantasmagóricos adicionais, mas os caça-fantasmas nunca consideram outras soluções mais terrenas. Eles começam com a resposta na qual desejam chegar antes de iniciar a investigação.

Por outro lado, o método científico não possui uma solução pré-determinada para os problemas paranormais. Caça-fantasmas como Joe Nickell não objetivam nem a legitimação e nem a ridicularização de cada caso de assombração que encontram. Ao invés disso, um investigador paranormal examina a evidência em si e depois tenta descobrir para onde esta evidência o leva. No caso de Joe Nickell, as evidências nunca o levaram a um fantasma real.

Equipamentos para detectar fantasmas

Os caça-fantasmas levam consigo muitas ferramentas em uma investigação. O kit de Randy Liebeck inclui: "máquinas fotográficas analógicas e câmeras de vídeo digitais com infravermelho para visão noturna; filmadoras portáteis e unidades estacionárias que são alimentadas por uma estação de comando central; máquinas fotográficas fixas com filme de 35-mm e câmeras digitais; gravadores de áudio analógicos e digitais; microfones amplificados ou de captação através de parabólicas; monitores atmosféricos; detectores de movimento; contadores Geiger; um sismógrafo e uma câmera sensível ao calor".


Foto cortesia de USGS
Foto de R. P. Hoblitt

Sismógrafo em ação

Um dos dispositivos mais usados na caça aos fantasmas é o detector EMF, às vezes conhecido como medidor TriField. Estes dispositivos detectam flutuações nos níveis de energia magnética, elétrica e de rádio/microondas. Alguns investigadores especularam que leituras anômalas nestes campos de energia são sinais de fantasmas.


Foto cortesia de TriField Natural EM Meter
TriField Meter

De acordo com Joe Nickell, o uso destes equipamentos é desnecessário e não científico. "Por que temos que levar os detectores EMF quando nem temos evidência científica de que eles detectam fantasmas?"

Nickell não gasta muito tempo tentando obter fotos de fantasmas ou gravações de áudio de suas vozes. Ao invés disso, ele leva sua máquina fotográfica, os questionários, um notebook e um gravador para as entrevistas. Ele também mantém à mão um kit de evidências forenses caso apareçam evidências físicas de fantasmas. Uma vez ele investigou uma fazenda do Kentucky onde uma porta supostamente gotejava sangue quando chovia. Ele recolheu um pouco da substância na porta, e a análise mostrou se tratar de ferrugem e de outros materiais do telhado que desciam com a água da chuva.


Foto cortesia de Ed Grabianowski
Estas magníficas lentes foram usadas para examinar centenas de supostas relíquias sagradas, pegadas de monstros e rastros físicos deixados por fantasmas. No segundo plano há diversos módulos que Nickell utiliza para juntar o conjunto das ferramentas do investigador que são apropriadas para cada caso.

Se as evidências necessitam de esclarecimentos adicionais, Nickell às vezes convoca cientistas ou equipamentos especializados para realizar análises complementares. Nickell não estava presente na "Casa do Sangue" de Atlanta, onde uma testemunha declarou que sangue "esvaiu-se" no chão, mas ele obteve as fotos da cena, onde havia sangue no chão e nas paredes. Nickell consultou um especialista forense em amostras de respingos de sangue que ao olhar para as fotos determinou que o sangue foi esguichado nas paredes, provavelmente de uma seringa.

Campos de contenção e correntes de prótons

Foto cortesia do Amazon.com
"Os Caça-Fantasmas" (1984)
Se Randy Liebeck e Joe Nickell são referências em sua área de atuação, os caça-fantasmas da atualidade não estão correndo atrás dos fantasmas mais populares ou atraindo-os para armadilhas especiais como no filme. Não existem unidades de refreamento que possam abrigar milhares de espíritos capturados. E não há nenhuma maneira de garantir a remoção de um fantasma.

Muitos caça-fantasmas estão tentando documentar os fenômenos paranormais e encontrar explicações para eles. Randy Liebeck explica que, em alguns casos, certos rituais para afastar fantasmas parecem funcionar, tais como dizer ao espírito para ir embora ou com a ajuda de um psicólogo orientar o espírito "na direção da luz". Ele diz que o sucesso destes rituais pode ter muito a ver com o efeito psicológico na testemunha. Isto depende "da dinâmica do caso e/ou da crença do indivíduo".

domingo, 23 de janeiro de 2011

Trabalhando com o caça-fantasmas

Você não encontrará muitos investigadores paranormais na lista telefônica. Então como eles encontram as suas ocorrências? Randy Liebeck possui ocorrências que lhe foram passadas por várias instituições de pesquisa paranormal. Joe Nickell seleciona as assombrações que irá investigar com base no estímulo que o caso irá lhe proporcionar ou se possui características não habituais ou interessantes. Muitos investigadores, incluindo Liebeck e Nickell, conduzem alguns trabalhos à convite de emissoras de TV ou repórteres de jornais.

Relatada a existência de uma assombração, o investigador paranormal pesquisa antes o local. Isto assume a forma de uma lista de fenômenos que ocorreram durante a aparição da assombração, mas pode levar também a pesquisas históricas do passado desta assombração. Saber quais fenômenos estão sendo relatados é importante, pois ajuda a determinar quais equipamentos devem ser trazidos. "Se o relato envolve sensações auditivas ou subjetivas, não há porque instalar na casa quinze câmeras de vídeo", disse Liebeck. A pesquisa histórica é vital porque as lendas que cercam locais mal assombrados podem ser meios de desviar do assunto, que não levarão os investigadores a lugar nenhum.

O primeiro passo ao se chegar no local da investigação é falar com todas as testemunhas do fenômeno e descobrir exatamente o que elas presenciaram. Muitas vezes, os detalhes relatados por testemunhas oculares são bem diferentes dos contos que cercam uma assombração.

Joe Nickell elaborou um questionário sobre fantasmas que ele entrega às testemunhas no início da investigação como tentativa de quantificar as suas experiências. O questionário aborda detalhes como o número de vezes que eles viram uma assombração e em qual hora do dia este fato ocorreu. É também feito um levantamento psicológico que permite a Nickell atribuir à testemunha um "quociente de propensão à fantasia".

Sobre a caça aos fantasmas

A primeira coisa que você precisa saber sobre os caça-fantasmas da vida real é que eles não gostam da expressão "caça-fantasmas". Para realmente caçar um fantasma, você precisaria de duas coisas:

  • um verdadeiro e comprovado fantasma;
  • uma maneira testada e aprovada de se livrar daquele fantasma.
O problema real do caça-fantasma é comprovar os dois aspectos acima citados. Assim sendo, o que existe são ocorrências inexplicáveis que parecem ter origem paranormal. Estas ocorrências podem ser investigadas, e em muitos casos as causas podem ser determinadas. Muitas vezes, os fantasmas são "caçados" quando o investigador descobre que uma janela mal fechada estava causando a corrente de ar ou que o reflexo das luzes dos automóveis eram as luzes estranhas que se moviam em um quarto escuro. Então, ao invés de caça-fantasma, eles preferem ser chamados de "investigadores paranormais".

sábado, 22 de janeiro de 2011

O que é um fantasma?

Histórias de fantasmas existem desde que os homens inventaram a linguagem. O Épico de Gilgamesh (em inglês), considerado por muitos estudiosos a mais antiga história escrita, contém referências aos espíritos dos mortos. Esta é a definição mais básica de um fantasma, o espírito de uma pessoa que continua a existir de alguma forma depois da morte do corpo físico. Muitas religiões descrevem a vida após a morte como o local para onde estes espíritos são enviados com o objetivo de serem recompensados ou punidos pelas suas obras feitas nesta vida. As histórias de fantasmas são focadas em espíritos que voltaram após a morte ou nunca chegaram lá e que interagem com as pessoas no mundo físico.

Por que estes espíritos têm tanta dificuldade de alcançar ou permanecer na vida após a morte? Aqueles que acreditam em fantasmas falam em "missão inacabada" da vida do falecido. Uma morte violenta ou traumática é mais uma razão atribuída para as assombrações. Em alguns casos, as pessoas parecem ter estabelecido vínculos tão sólidos com algum lugar específico em vida que o seu espírito retorna para lá após a morte.

Algumas assombrações não parecem envolver um determinado espírito que se movimenta de maneira consciente. Elas se parecem mais com um velho filme que repete um acontecimento do passado, como uma batalha ou assassinato. Há relatos de aparições fantasmagóricas de exércitos romanos marchando para a guerra há muito tempo esquecida ou fantasmas de soldados lutando na Batalha de Gettysburg.

Um dos tipos mais famosos de fantasma parece não envolver os espíritos dos mortos. Especula-se que os poltergeists (palavra alemã que significa "espírito que bate à porta") é o resultado da energia telecinética expelida por pessoas zangadas ou frustradas. Muitas vezes, os adolescentes na fase da puberdade constituem o foco dos ruídos e objetos em movimento, que são a marca da atividade dos poltergeists.

O outro tipo de fantasma pode ser classificado como entidade diabólica. Aqueles que aceitam a religião e mitologia judaico-cristã acreditam que algumas assombrações são provocadas por demônios ou pelo próprio Satã. Às vezes, estes demônios "se apossam" de uma pessoa viva. Uma variante dessa tradição diz que a melhor maneira de se livrar destas assombrações é através do exorcismo, um ritual religioso específico que tem por objetivo banir os demônios.

É claro que esta conversa sobre fantasmas supõe que eles são reais, e suposições não têm espaço em investigações importantes. As investigações sobre caça-fantasmas não são exceção.

Como funcionam os caça-fantasmas

Provavelmente, você mal leu o título deste artigo e já lembrou da música característica: "There's something weird, and it don't look good. Who you gonna call?..." Muitos conhecem a versão de Hollywood da caça aos fantasmas, que ficou famosa no filme "Os Caça-Fantasmas". Mas para muitas pessoas caçar fantasmas não é motivo de piada.

Como são os caça-fantasmas da vida real? Será que eles caçam os fantasmas e os dominam? Será que eles atiram com feixes de prótons, dirigem uma ambulância personalizada ou chegam em casa depois de um dia duro de trabalho cobertos por uma gosma verde?

Neste artigo, encontraremos alguns caça-fantasmas da atualidade, descobriremos o que fazem e veremos que ferramentas usam no seu trabalho.


Cortesia de The Psychics and Mediums Network

Aprensentando os caça-fantasmas
Randy Liebeck

Foto cortesia de Randy Liebeck
Randy Liebeck
Policial de dia, caça-fantasmas à noite
Mesmo que a carreira ligada ao cumprimento da lei não o coloque em contato com fantasmas, Randy Liebeck utiliza o interesse pelo sobrenatural na investigação de relatos de assombrações após o horário de trabalho. Ele prestou consultoria a diversos shows de TV e escreveu para as revistas Fate (em inglês) e Unknown (em inglês).

Liebeck investigou assombrações em todo território americano usando uma ferramenta de tecnologia crescente para encontrar e captar um fantasma real.

Joe Nickell


Foto cortesia de Ed Grabianowski
Joe Nickell

Investigador paranormal profissional
Joe Nickell é pesquisador graduado do CSICOP - Comitê de Investigação Científica de Alegações de Paranormalidade (em inglês), uma organização sem fins lucrativos que aplica métodos científicos às alegações de fenômenos paranormais ou sobrenaturais. Ele investigou centenas, senão milhares, de casas mal assombradas e outros fenômenos paranormais. Trabalhou também como detetive, mágico e jornalista, e atualmente é investigador paranormal assalariado em tempo integral.

Ele publicou diversos livros e reportagens e é especialista em detectar documentos falsificados.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Explicações da ciência "Fantasmas"

Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, estuda o fenômeno da assombração na Grã-Bretanha. Ele tem estudado lugares considerados assombrados, como a Haunted Gallery, no Hampton Court Palace, a Edinburgh Vaults e o Mary King's Close. Primeiro ele consultou registros escritos e entrevistou funcionários para determinar exatamente onde, em cada lugar, as pessoas registraram ocorrências de fantasmas. Depois ele pediu que os visitantes documentassem suas experiências e registrassem qualquer coisa fora do comum.

Seus resultados têm sido bastante consistentes: as pessoas registram mais experiências estranhas nas áreas onde outros já passaram por fenômenos incomuns no passado. Em outras palavras, as pessoas têm mais experiências fantasmagóricas nos lugares que parecem ser os mais assombrados, o que é verdade, independentemente de as pessoas conhecerem ou não a área previamente ou sua história fantasmagórica. Entretanto, as pessoas que dizem acreditar em fantasmas ou que já souberam de alguma ocorrência sobrenatural num lugar específico relatam acontecimentos estranhos com mais freqüência.

Essas descobertas podem dar base à idéia de que um prédio pode ser assombrado. Os projetos de But Weisman também envolveram a procura pela fonte dos fenômenos aparentemente paranormais. Além de reunir registros de acontecimentos estranhos, ele avaliou as condições físicas de cada lugar assombrado. Ele e sua equipe usaram instrumentos para medir luz, umidade, som e campos magnéticos, e suas medições sugeriram que os sinais de que um prédio é assombrado normalmente têm uma causa racional, física. O site The ghost experiment (em inglês) inclui resumos de várias das experiências de Weisman.

Outros pesquisadores usaram métodos parecidos para tentar determinar as causas de uma ocorrência fantasmagórica. Embora ninguém tenha provado conclusivamente que fantasmas não existem, os pesquisadores propuseram um número de explicações alternativas sobre causas físicas ou psicológicas para as experiências estranhas. Algumas são simples: as pessoas podem ter alucinações ou confundir reflexos, sombras e barulhos indefinidos com fantasmas. Outras teorias são mais complexas. Seguem alguns exemplos.

Campos elétricos e magnéticos
Em alguns lugares assombrados, os pesquisadores mediram campos magnéticos maiores do que o normal ou que tinham flutuações incomuns, que podem ser fenômenos localizados, ocorrendo em razão de equipamentos eletrônicos ou formações geológicas. Podem, ainda, fazer parte do campo magnético da Terra.

O campo magnético da Terra interagindo com o vento solar
Foto cedida pelo consórcio SOHO. O SOHO é um projeto de cooperação internacional entre a ESA e a Nasa.
O campo magnético da Terra interagindo com o vento solar

Alguns pesquisadores sobre paranormalidade consideram isso como prova de presença sobrenatural: os fantasmas criam o campo. Outros sugerem que esses campos possam interagir com o cérebro humano, causando alucinações, vertigem ou outros sintomas neurológicos. Alguns pesquisadores teorizaram que essa é uma das razões pelas quais as pessoas relatam mais ocorrências fantasmagóricas à noite. Em razão da forma como o vento solar interage com a magnetosfera da Terra, o campo magnético do planeta se expande do lado escuro. Alguns pesquisadores trabalham com a hipótese de que esse campo expandido interage mais ativamente com o cérebro humano.

Pesquisadores médicos também estudaram os efeitos dos campos elétricos no cérebro humano. O estímulo elétrico no giro angular do cérebro, por exemplo, pode causar a sensação de haver alguém atrás de você, imitando seus movimentos. O estímulo elétrico para diferentes partes do cérebro também causou alucinações ou experiências de quase morte.

Ilustração do cérebro com os giros angulares destacados

Fantasmas no cérebro
Pessoas podem pensar estar vivendo uma experiência sobrenatural enquanto dormindo ou em estado de consciência alterado. Por exemplo: os céticos usaram a paralisia do sono ou o transe hipnótico para explicar encontros nos quais as pessoas vêem espíritos enquanto estão na cama, impossibilitadas de se mover ou de fugir. O transe hipnótico acontece com a maioria das pessoas pelo menos uma ou duas vezes na vida, embora isso seja bem mais comum em pessoas epiléticas ou com certos distúrbios de sono.

Temperatura
As áreas frias são um fenômeno comum em prédios considerados assombrados. As pessoas descrevem quedas bruscas de temperatura ou lugares frios localizados em um ambiente que estava quente. Normalmente os pesquisadores conseguem encontrar uma fonte específica para a área fria, como uma janela resfriada ou chaminé. A sensação de temperatura mais baixa também pode acontecer em razão da baixa umidade. No estudo de Wiseman na Mary King's Close, os lugares considerados assombrados eram significativamente menos úmidos do que os outros.

Ondas sonoras de baixa freq üência
Pesquisas demonstraram que as ondas sonoras de baixa freqüência, conhecidas como infra-som, podem causar fenômenos que as pessoas normalmente associam com fantasmas, o que inclui sensação de nervosismo e desconforto, bem como a sensação de alguma presença no ambiente. As ondas sonoras também podem fazer os olhos dos seres humanos vibrarem, causando a visualização de coisas que não estão lá. Normalmente essas ondas têm freqüências menores de 20 Hz; portanto, são muito baixas para que as pessoas realmente as percebam. Em vez de perceberem o som em si, as pessoas percebem seus efeitos.

Algumas vezes os pesquisadores conseguem localizar a fonte do som. O artigo "The Ghost in the Machine", de Vic Tandy e Tony Lawrence, descreve uma onda imóvel de baixa freqüência produzida por um ventilador. A onda sonora desapareceu depois que os pesquisadores mudaram o ventilador de lugar. Quando a onda se dissipou, o mesmo aconteceu com os sintomas de assombrações no prédio. Você pode aprender mais sobre infra-som no site Infrasonic (em inglês).

Os pesquisadores mais céticos acreditam que o fenômeno fantasmagórico tenha explicações racionais. Entretanto, aqueles que tentam provar a existência de fantasmas dizem que, embora algumas ocorrências tenham explicações racionais, outras só podem ter se originado de forma sobrenatural. Independentemente do fato de os fantasmas serem reais ou não, muitas pessoas os acham fascinantes. Essa fascinação tem um número de causas prováveis, desde a curiosidade sobre o que acontece com as pessoas depois da morte até a idéia reconfortante de que os entes queridos que já morreram estão por perto. Histórias sobre fantasmas, como as lendas urbanas, também podem expressar o medo que as pessoas têm do desconhecido.

Por outro lado, em seu relatório sobre Indicadores de Ciência e Engenharia, a National Science Board (NSB - Junta Nacional de Ciência) declara que a crença na paranormalidade pode ser perigosa. Segundo a NSB (em inglês), acreditar na paranormalidade é um sinal de diminuição na capacidade de pensar em coisas importantes e de tomar decisões diárias. De qualquer forma, uma vez que é virtualmente impossível provar que algo não existe, as pessoas provavelmente continuarão acreditando em fantasmas e em casas assombradas, principalmente pelo fato de ocorrências inexplicáveis poderem acontecer a qualquer momento.

Como funcionam os fantasmas

Há vários anos, fiquei num pequeno apartamento junto de uma cabana. A propriedade ficava longe das luzes da cidade e, em noites claras, as sombras eram um pouco fantasmagóricas. Algumas vezes, principalmente nas noites escuras do outono e do começo do inverno, eu tive a estranha sensação de que não estava sozinho.

Uma cabana assustadora
Imagem cedida por Stock.xchng

Numa noite em que eu estava no apartamento, ouvi uma pancada abafada, que parecia vir de dentro da cabana. Normalmente eu teria desconsiderado o som, em razão de o prédio ser centenário, mas era uma noite assustadora e eu já tinha visto o terreno ao redor da cabana afundar depois de escurecer. Depois de ouvir o som várias vezes, comecei a me perguntar se estava acontecendo algo sobrenatural, mas não tive coragem de ir ver.

Na manhã seguinte, ouvi o mesmo som enquanto estava do lado de fora e, quando me virei para ver o que era, vi uma maçã rolando pela grama. Para provar a teoria, peguei a maçã e a larguei. O som era idêntico ao que havia me assustado na noite anterior.

A morte dos fantasmas?
Relatos de fantasmas que causavam mortes ou desastres eram freqüentes na Era Vitoriana, mas parecem ser menos comuns atualmente. Os pesquisadores ofereceram algumas explicações possíveis para essa queda de mensageiros sobrenaturais:
  • as pessoas não relatam mais terem visto os espíritos de seus entes amados por medo de parecerem loucos;
  • as melhorias na comunicação, como telefones e o e-mail, descartaram a intervenção dos fantasmas na comunicação humana.

Durante o dia, vendo as maçãs caídas embaixo da árvore, a idéia de achar que a cabana era assombrada parecia tola, mas noites escuras e prédios velhos podem fazer que mesmo as pessoas mais céticas se questionem sobre a existência de fantasmas. Segundo uma pesquisa Gallup de 2005, mais de um terço dos americanos acreditam que casas podem ser assombradas e aproximadamente 32% acreditam especificamente em fantasmas [Fonte: Notícias Gallup].

Para os que acreditam, um fantasma é o espírito de uma pessoa morta que pode ainda não ter ido para o "além-vida" ou que tenha voltado de lá. A definição de "espírito" pode variar. Alguns o descrevem como a alma de uma pessoa, ao passo que outros acreditam que seja a impressão energética que uma pessoa deixa no mundo.

Os seres humanos acreditam (ou não) em fantasmas há milhares de anos. Eles são mencionados até na obra literária mais antiga que se conhece, "A Epopéia de Gilgamesh". Histórias de fantasmas fazem parte do folclore da maioria das culturas, embora os detalhes variem muito em cada região.

As pessoas descrevem encontros fantasmagóricos de várias formas diferentes. As pessoas vêem aparições ou luzes estranhas, sentem uma presença no ambiente, ouvem barulhos ou sentem uma queda brusca de temperatura. Elas sentem na cozinha o cheiro da comida preferida de um familiar morto ou ouvem a música favorita tocando com o rádio desligado. Os objetos caem das prateleiras e as portas abrem e fecham sozinhas. A eletricidade fica desordenada, fazendo que as luzes pisquem ou que a TV ligue ou desligue sozinha. Algumas vezes as pessoas não passam por nada que seja anormal, mas reparam em aparições ou formas estranhas quando olham para fotos que tiraram.

Algumas histórias sobre fantasmas envolvem aparições visíveis, restritas a lugares ou famílias específicas. Esses fantasmas normalmente aparecem como um aviso de que alguém irá morrer. Eles não são todos humanos: alguns tomam a forma de animais. Semelhantemente, alguns registros de fantasmas envolvem aparições que informam amigos ou membros da família sobre mortes recentes ou crises iminentes. Alguns pesquisadores da paranormalidade classificam isso como uma forma de telepatia em vez de um fantasma real.

Outros fantasmas foram relatados como sendo os espíritos de pessoas que morreram de forma violenta ou repentina. Eles podem reconstituir suas mortes ou tentar se vingar. Por exemplo: algumas pessoas acreditam que as Luzes Marrons da Montanha da Carolina do Norte (luzes piscantes que aparecem no declive da montanha) sejam os espíritos dos americanos nativos que morreram em guerras. Algumas vezes as reproduções fantasmagóricas de objetos inanimados, como navios naufragados ou carros batidos, reaparecem depois de acidentes ou tragédias.

Uma imagem fantasmagórica
Imagem cedida por Stock.xchng
Isso é um fantasma?

Finalmente, há os fantasmas que estão por aí porque se negam a ir embora ou não conseguem deixar a Terra. Pesquisadores da paranormalidade normalmente se referem a esses fantasmas como espíritos materiais. Um fantasma material pode assombrar um lugar específico, como a casa onde vivia, o lugar que mais gostava de visitar ou o lugar onde morreu. Ele pode estar tentando passar uma mensagem para amigos ou entes queridos para completar uma tarefa que começou em vida ou para se agarrar a sua casa ou seus pertences. Alguns pesquisadores e médiuns dizem serem capazes de encorajar tais espíritos a se desamarrarem dos nós que os prendem à Terra e irem para o mundo espiritual.

Para muitas pessoas, ver, ouvir ou sentir um fantasma é o suficiente para provar sua existência, mas pesquisadores encontraram várias explicações possíveis para fenômenos comumente atribuídos a fantasmas. Veremos isso na seção seguinte.

Foto da órbita
Alguns pesquisadores da paranormalidade acreditam que fotos com órbitas ou pontos de luz inexplicados são sinais de ocorrências fantasmagóricas. Alguns descrevem as órbitas como um passo específico na manifestação de um fantasma [Fonte: Investigação & Pesquisa de Fantasmas de Utah (em inglês)]. As órbitas são visíveis em fotos, mas invisíveis a olho nu porque os espíritos reagem à luz infravermelha do foco automático. Os céticos, entretanto, acreditam que as órbitas têm uma causa física, como:
  • o flash da câmera refletindo partículas de poeira ou de umidade no ar;
  • água nas lentes da câmera;
  • defeitos no sensor da câmera digital;
  • erros de revelação ou de impressão.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

4 Maldições Extremamente Bizarras

A Maldição da Pedra Björketorp



A Pedra de Björketorp faz parte de uma formação rochosa localizada em Blekinge, Suécia. Ela possui 4,2 Metros de altura, e estima-se que a mesma tenha sido colocada lá por volta do século 6 d.C. Em um de seus lados existe a seguinte inscrição: "Nessa pedra eu deixo as marcas da existência de meu Povo. Nesse momento solene, eu profetizo a destruição de quem tentar destruir esse monumento que registra a história de várias gerações". Um lenda local diz que a maldição foi testada e comprovada que era verdadeira. Segundo os moradores da região, há muito tempo atrás um fazendeiro tentou remover a pedra com o objetivo de aumentar o tamanho de sua plantação de milho. Ele fez uma foqueira ao redor da pedra afim de aquecê-la e deixa-lá mais fácil de quebrar. Quando ele acendeu a fogueira, um forte vendo soprou as chamas em sua direção. O homem pegou fogo e consequêntemente morreu carbonizado. Até hoje a pedra permanece intacta.




A Maldição do Bode



Em 1945, William Sianis levou seu bode de estimação, Murphy, ao Estádio Wrigley para ver o quarto jogo da World Series 1945 entre o Chicago Cubs e o Detroit Tigers. Sianis e seu bode foram expulsos do jogo, e Sianis jogou uma maldição no time naquele dia. Desde então, o Cubs tem tido uma má sorte lendária.
Ao longo dos anos, os fãs do Cubs experimentaram a agonia em repetidos colapsos de final de temporada quando a vitória parecia iminente. Em 1969, 1984, 1989 e 2003, o Cubs estavam dolorosamente perto de avançar no World Series, mas não pôde segurar a liderança. Mesmo aqueles que não se consideram fãs do Cubs culpam a maldição pelas estranhas e quase cômicas perdas ano após ano. O Cubs não ganha um World Series desde 1908 - nenhum outro time na história do jogo passou tanto tempo sem um campeonato.




O Diamante Hope



O Diamante Hope foi encontrado em 1642, e é conhecido por sua notável cor azulada, seu tamanho, sua beleza e sua história macabra. Ele também é conhecido por trazer desgraça a todos os seus titulares. Segundo a lenda, um homem chamado Tavernier fez uma viagem para a Índia e, enquanto estava lá, ele roubou o grande diamante azul da testa (ou olhos) de uma estátua da deusa Sita. Na viagem de volta, Tavernier passou pela Rússia, local onde foi destroçado por cães (Logo depois de Vender o Diamante). O proprietário mais famoso do Diamante Hope foi o Rei Luís XVI, que como todos sabem, acabou sendo decaptado juntamente com a Rainha Maria Antonieta. Depois da morte do Rei, o diamante foi doado para o Smithsonian Institute, que por sua vez repassou a jóia para o Museu Nacional da França.




A Maldição de Tutancâmon



Em 1922, o explorador Inglês Howard Carter, liderando uma expedição financiada por Lorde Carnarvon, descobriu a tumba antiga do rei egípcio e suas riquezas dentro. Depois de abrir a tumba, estranhos e desagradáveis eventos aconteceram nas vidas dos envolvidos na expedição. A história de Lorde Carnarvon é uma das mais bizarras. O aventureiro aparentemente morreu de pneumonia e envenenamento do sangue devido complicações de uma picada de mosquito. Testemunhas dizem que no exato momento em que Carnarvon morreu no Cairo, todas as luzes da cidade se apagaram misteriosamente. Muitos afirmam que o que aconteceu com Carnavon foi consequência da Maldição do Faraó: "A morte vem em asas para aqueles que entram na tumba de um faraó". Por ter violado a Tumba de Tutancâmon, a maldição caiu sobre o Lorde Carnarvon, causando assim a morte do mesmo.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Você está ficando com sono...

Os métodos dos hipnotizadores variam, mas todos dependem de alguns pré-requisitos básicos:
  • a pessoa deve querer ser hipnotizada
  • a pessoa deve acreditar que pode ser hipnotizada
  • conseqüentemente, deve sentir-se confortável e relaxada

Se estes critérios forem seguidos, o hipnotizador pode levar a pessoa ao transe usando vários métodos. As técnicas mais comuns são:

  • indução por fixação do olhar - é o método que normalmente vemos nos filmes, quando o hipnotizador balança um relógio de bolso na frente da pessoa.
    Pêndulo
    A idéia básica é fazer a pessoa focar no objeto de forma bastante intensa até se desligar de qualquer outro estímulo. Conforme ela se foca, o hipnotizador conversa com ela em um tom baixo, levando-a ao relaxamento. Este método foi muito usado no início do hipnotismo, mas não é muito usado hoje em dia porque não funciona com grande parte das pessoas;



Pêndulo
  • rápido - a idéia deste método é sobrecarregar a mente com comandos repentinos e firmes.
    Se os comandos forem forçados e o hipnotizador for convincente o bastante, a pessoa perde o controle de seu consciente. Este método funciona bem em espetáculos de hipnose, porque quando a pessoa está perante espectadores ela fica nervosa e mais suscetível aos comandos do hipnotizador;


Pêndulo
  • relaxamento e mentalização progressivos - este é o método mais usado por psiquiatras.
    Conversando com a pessoa em voz baixa e suave, o hipnotizador o leva a total relaxamento e concentração, facilitando a hipnose completa. Normalmente, fitas ou CDs de treinamento em auto-hipnose, bem como de relaxamento e meditação, usam o método de relaxamento progressivo;


Pêndulo
  • perda de equilíbrio - este método cria uma perda de equilíbrio usando balanços vagarosos e harmônicos.
    Pais fazem seus bebês dormirem usando este método há centenas de anos.

Antes de colocarem as pessoas em transe total, hipnotizadores normalmente testam a disposição e capacidade delas de serem hipnotizadas. O método típico de teste é fazer algumas simples sugestões como relaxar completamente os braços e pedir a elas para esquecer as descrenças ou alterar pensamentos comuns, como: "imagine que você não tem peso".

Dependendo do estado mental e personalidade da pessoa, todo o processo de hipnose pode levar de poucos minutos a mais de meia hora. Hipnotizadores e defensores da hipnose encaram este raro estado mental como uma ferramenta poderosa com várias áreas de aplicação.

Ondas e hemisférios

Em vários estudos, pesquisadores compararam "sinais corpóreos" físicos de pessoas hipnotizadas com os de pessoas não hipnotizadas. Na maioria destes estudos, eles não encontraram mudança física significativa associada ao estado de transe da hipnose. A frequência cardíaca e a respiração podem diminuir, mas isso ocorre devido ao relaxamento no processo de hipnose e não ao estado hipnótico propriamente dito.

Faça você mesmo!

Não é necessário um hipnotizador altamente treinado para induzir a hipnose. Com técnicas de relaxamento e concentração, quase todas as pessoas podem entrar em estado de hipnose e fazer suas próprias sugestões ao inconsciente.

Alguns especialistas em hipnose dizem que toda hipnose é auto-hipnose. Tanto em um estado de transe causado por uma estrada longa e monótona quanto por um psiquiatra qualificado, é sempre a pessoa hipnotizada que inicia o transe. Por este ponto de vista, o hipnotizador é somente um guia que facilita o processo.

No entanto, neste caso parece que houve mudança de atividade no cérebro. Os dados mais notáveis vêm dos eletroencefalogramas (EEGs), que são medições da atividade elétrica do cérebro. Pesquisas abrangentes de EEG demonstraram que os cérebros produzem diferentes ondas cerebrais, ritmos de voltagem elétrica, dependendo de seu estado mental. Por exemplo, sono profundo tem um ritmo diferente do ritmo do sonho e alerta total tem um ritmo diferente do de relaxamento.

Em alguns estudos, EEGs de pessoas hipnotizadas mostraram uma explosão nas ondas de baixa freqüência associadas com sonho e uma queda nas ondas de alta freqüência associada com vigilância total. Informações sobre ondas cerebrais não são um indicador definitivo de como a mente está funcionando, mas este modelo se encaixa com a hipótese de que o consciente recua durante a hipnose e o subconsciente toma uma posição mais ativa.

Pesquisadores também estudaram amostras no córtex cerebral durante a hipnose. Nestes estudos, pessoas hipnotizadas apresentaram atividade reduzida no hemisfério esquerdo do córtex cerebral, mas freqüentemente elevada no hemisfério direito. Neurologistas acreditam que o hemisfério esquerdo do córtex seja o centro de controle da lógica do cérebro, ele trabalha com dedução, raciocínio e convenção. O hemisfério direito, em contrapartida, controla a imaginação e a criatividade. Uma diminuição de atividade do hemisfério esquerdo se encaixa na hipótese de que a hipnose anula a influência inibitória do consciente. Por outro lado, um aumento na atividade do hemisfério direito confirma a idéia de que o subconsciente criativo e impulsivo toma as rédeas. De forma alguma isso é uma evidência decisiva, mas nos faz crer que a hipnose abre o subconsciente.

De qualquer maneira, a hipnose é um fenômeno psicológico, milhões de pessoas a praticam regularmente e declaram que funcionou com elas. Nesta seção, vamos ver os métodos mais comuns de indução do transe.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sugestões

Na última seção, examinamos a idéia de que a hipnose coloca seu consciente em segundo plano, desta forma, você e o hipnotizador podem comunicar-se diretamente com seu subconsciente. Esta teoria foi amplamente aceita entre a comunidade psiquiátrica, principalmente porque explica muito bem todas as principais características do estado hipnótico.


Hipnotizadores dizem que pessoas sob o efeito da hipnose ficam muito parecidas com criancinhas: brincalhonas e criativas, aceitam totalmente as mais estranhas sugestões
Existe uma explicação convincente para as brincadeiras e desinibição das pessoas hipnotizadas. O consciente é o principal componente inibidor em nossa constituição, é o responsável em "pisar no freio", enquanto o subconsciente é o lugar da imaginação e impulso. Quando o subconsciente está no controle, nos sentimos mais livres e ficamos mais criativos. O consciente não precisa filtrar tudo.
Esta teoria diz que pessoas hipnotizadas fazem coisas bizarras facilmente, porque o consciente não filtra e confia na informação que recebe. É como se as ordens do hipnotizador viessem diretamente do subconsciente, e não de outra pessoa. A reação a estes impulsos e sugestões vêm automaticamente exatamente como reagiríamos a nossos próprios pensamentos. Logicamente, o subconsciente tem uma consciência, um instinto de sobrevivência e suas próprias idéias; portanto, existem muitas coisas com que ele não concorda. 

A verdade oculta

A mais influente escola filosófica sobre hipnose diz que esta é uma forma de entrar diretamente no subconsciente de uma pessoa. Normalmente, só estamos cientes dos processos do pensamento em nosso consciente. Conscientemente, pensamos nos problemas que estão bem a nossa frente, escolhemos as palavras quando falamos, tentamos lembrar onde deixamos nossas chaves.
Mas ao fazermos todas estas coisas, o consciente trabalha de mãos dadas com o subconsciente, o inconsciente faz todo o pensamento "nos bastidores". O subconsciente acessa o vasto reservatório de informações que nos permite resolver os problemas, construir frases ou localizar nossas chaves. Junta planos e idéias e os leva para o consciente. Quando uma nova idéia vem em sua mente de forma inesperada, é porque você já havia pensado nela inconscientemente. 

O que está por trás do nome?
James Braid, um cirurgião escocês do século XIX, criou os termos "hipnotismo" e "hipnose" baseado na palavra hipnos, que significa "sono" em grego. Braid e outros cientistas da época, como Ambroise-Auguste Liebeault, Hippolyte Bernheim e J.M. Charcot, desenvolveram a teoria de que não se trata de uma força imposta pelo hipnotizador, mas sim uma combinação de respostas a sugestões mediadas psicologicamente. Na nomenclatura correta, hipnose refere-se ao próprio estado de transe e hipnotismo ao ato de induzir este estado e ao estudo do mesmo. Um hipnotizador é alguém que induz o estado de hipnose e um hipnoterapista é uma pessoa que induz a hipnose para tratar doenças físicas e mentais.
O subconsciente é também responsável por tudo o que fazemos automaticamente. Não participamos ativamente das etapas de respirar minuto a minuto, o subconsciente faz isso. Da mesma forma, não pensamos em todas as pequenas coisas que fazemos enquando dirigimos, pois o subconsciente também processa as informações físicas que o corpo recebe.
Resumindo, o subconsciente é o verdadeiro cérebro que está por trás da operação, é responsável pela maioria de nossos pensamentos e toma muitas decisões. Quando estamos acordados, nosso consciente trabalha para avaliar muitos destes pensamentos, tomar decisões e colocar certas idéias em prática. Também processa novas informações e as reestabelece no subconsciente. Mas quando estamos dormindo, é como se o consciente ficasse " fora do ar" e o subconsciente domina.
Psiquiatras acreditam que o relaxamento profundo e exercícios de concentração de hipnotismo acalmam e suavizam o consciente, fazendo com que ele fique menos ativo no processo de raciocínio. Neste estado, ainda estamos cientes do que está acontecendo, mas o consciente fica sem importância para o subconsciente. Na prática, isto permite que o hipnotizador e o hipnotizado trabalhem diretamente com o subconsciente. É como se o hipnotismo abrisse um painel de controle dentro do cérebro.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O que é hipnose?

As pessoas vêm refletindo e discutindo sobre hipnose há mais de 200 anos, mas a ciência ainda não explicou totalmente como ela realmente funciona. Podemos ver o que uma pessoa faz quando está hipnotizada, mas a razão pela qual faz tais coisas ainda não está clara. Este mistério é apenas uma pequena peça de um enorme quebra-cabeça: como funciona a mente humana. Não é provável que, em um futuro próximo, os cientistas cheguem a uma explicação definitiva sobre a mente; portanto, acredita-se que a hipnose também continue sendo um mistério.
Mas psiquiatras entendem as características gerais da hipnose e têm alguns modelos de como ela funciona. É um estado de transe caracterizado por extrema influência externa, relaxamento e imaginação elevada. Não é exatamente como o sono porque a pessoa fica alerta o tempo todo. É mais parecido com sonhar acordado ou o sentimento de "se perder" em um livro ou filme. A pessoa fica completamente consciente, mas desliga a maioria dos estímulos a seu redor. Fica muito focada no que está próximo, sendo quase incapaz de ter qualquer outro pensamento.

Como funciona a hipnose


Ao ouvir a palavra hipnose, talvez você visualize a figura de um hipnotizador misterioso, que sempre aparece em filmes, revistas em quadrinhos e na televisão. Este homem sinistro de barbicha balança um relógio de bolso pra frente e pra trás, fazendo com que a pessoa entre num estado de semi-sono, parecendo um zumbi. Uma vez hipnotizada, a pessoa é forçada a obedecer, não importa se o pedido é estranho ou imoral, e murmurando "sim, mestre", ela obedece às ordens perversas do hipnotizador. 

Com certeza, esta descrição popular tem pouca semelhança com o hipnotismo real. Na verdade, especialistas modernos em hipnose contradizem este conceito em vários pontos-chave. Pessoas em transe hipnótico não são escravas de seus "mestres", elas têm total livre-arbítrio. Além disso, não estão em estado de semi-sono, na verdade, elas estão hiperatentas

Nosso conhecimento a respeito da hipnose avançou muito no século passado, mas o fenômeno ainda é um grande mistério. Neste artigo, daremos uma olhada em algumas teorias populares sobre hipnose e exploraremos as diversas maneiras dos hipnotizadores colocarem sua arte para funcionar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

10 Experimentos Mentais...


 
Ministério da Saúde adverte: Ler esse post e assistir Inception pode tostar o seu cérebro! Sim amigo , outro post gigante de “fundir a cuca”.  Podemos prever: 30 % das pessoas irão ler apenas o título e fugirão para as colinas, 20% vai ler a primeira frase e reclamar: “Ah, é muito grande!Mimimi!”, 10% terão preguiça até mesmo de clicar para abrir o post, 10% irão ler até a metade, 10% irão ler da metade em diante,5% perceberão que nem o autor do tópico compreende por completo todas essas maluquices, 5% irão ler tudo e não entender a metade, 9% irão ler a metade e entender tudo, 0,5% irão ler tudo e entender tudo, 0,5% ficarão loucas e saíram se debatendo nuas pela cidade onde vivem, 20% já pararam de ler no “30% das pessoas…”, 40% já perceberão que essa estatística é uma furada. 200,01% dos que chegarão até aqui clicaram de imediato no

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Superando o medo

Pesquisas mostraram que ratos com amígdalas danificadas correm na direção de gatos [ref - em inglês]. Isso levou os cientistas a explorarem maneiras de superar o medo. 

Extinção do medo
O cientista Mark Barad, da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), realizou um experimento no qual ele e sua equipe associaram um som a um choque elétrico. Eles tocavam o som e imediatamente aplicavam um choque ao chão de metal da gaiola das cobaias (ratos). Esse é um tipo clássico de condicionamento e não foi preciso muito tempo para que os ratos começassem a se preparar para o choque assim que ouviam aquele som específico. O que aconteceu foi que, naquele ponto, suas amígdalas já haviam associado o som ao choque, bastando o primeiro para criar uma reação de medo. Depois, os pesquisadores começaram o processo de treinamento para a extinção do medo, no qual reproduziam o som sem aplicar o choque. Após várias vezes ouvindo o som sem o choque, os ratos pararam de sentir medo.

A extinção do medo envolve a criação de uma resposta condicionada que contrapõe a reação condicionada àquele medo. Embora os estudos indiquem a amígdala como a localização das memórias de medo formadas por condicionamento, os cientistas teorizam que as memórias de extinção do medo também se formam na amígdala, mas são posteriormente transferidas para o córtex pré-frontal medial (mPFC), no qual são armazenadas. A nova memória criada pela extinção do medo se estabelece no córtex pré-frontal medial e tenta cancelar a memória de medo iniciada na amígdala.

a extinção do medo e o cérebro

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Por que sentimos medo?

Instinto


uma cascavel
Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável. 

Durante a polêmica que existia no século XIX a respeito da evolução, a "face do medo" (a expressão de olhos arregalados e boca aberta que costuma acompanhar o medo extremo) se tornou motivo de discussão. Por que as pessoas fazem essa expressão quando estão aterrorizadas? 

Alguns diziam que Deus deu a todas as pessoas uma maneira para que outras soubessem que estavam com medo caso não falassem a mesma língua. Charles Darwin, por outro lado, disse que isso era o resultado de um enrijecimento instintivo dos músculos disparado por uma resposta desenvolvida para o medo e, para provar isso, foi à seção de répteis do zoológico de Londres. Tentando permanecer totalmente calmo, aproximou-se o máximo possível do vidro enquanto uma víbora disparava em sua direção do outro lado. Em todas as tentativas, ele fez aquela cara e pulou para trás. Em seu diário, ele escreveu: "minha força de vontade e razão estavam impotentes contra a imaginação de um perigo pelo qual jamais havia passado". A conclusão a que chegou foi a de que toda a reação ao medo é um instinto antigo intocado pelas nuanças da civilização moderna [ref - em inglês]. 

A maioria de nós não precisa mais lutar (ou correr) por nossas vidas na selva, mas o medo está longe de ser desaparecer, pois continua servindo ao mesmo propósito que servia na época em que se encontrava com um leão enquanto se trazia água do rio. A diferença é que agora carregamos carteiras e andamos pelas ruas da cidade. A decisão de usar ou não aquele atalho deserto à meia-noite é baseada em um medo racional que promove a sobrevivência. Na verdade, o que mudou foram só os estímulos, já que corremos o mesmo risco que corríamos há centenas de anos e nosso medo ainda serve para nos proteger da mesma forma que nos protegia antes. 

Como funciona o medo

Introdução
Está escuro e você está sozinho em casa. Com exceção do programa que você está assistindo na TV, o silêncio é total. Então, você ouve a porta da frente repentinamente batendo. Sua respiração acelera. Seu coração dispara. Seus músculos enrijecem. Um segundo depois, você percebe que não tem ninguém tentando entrar em sua casa. Era apenas o vento.  


Mas, por meio segundo, você sentiu tanto medo que reagiu como se sua vida estivesse em perigo. O que causa essa reação tão intensa? O que é o medo exatamente? Neste artigo, vamos examinar as propriedades físicas e psicológicas do medo, descobrir o que causa uma reação de medo e ver algumas maneiras de derrotá-lo. 
 
O que é o medo? O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos. O estímulo pode ser uma aranha, um auditório cheio de pessoas esperando que você fale ou a batida repentina da porta de sua casa.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A lavagem cerebral ontem e hoje

Em 1929, Mao Tse-tung, que mais tarde lideraria o Partido Comunista Chinês, usou a frase ssu-hsiang tou-cheng (traduzida como "batalha do pensamento") para descrever um processo de lavagem cerebral. Os prisioneiros na China e na Coréia eram normalmente submetidos às técnicas de conversão comunistas. O conceito moderno e o termo "lavagem cerebral" foi usado pela primeira vez pelo jornalista Edward Hunter, em 1951, para descrever o que havia acontecido com os prisioneiros de guerra americanos durante a Guerra da Coréia. Os norte-americanos entraram em pânico com a idéia de uma doutrinação comunista em massa através da lavagem cerebral. 
   
 
Patty Hearst, filmada por uma câmera de vigilância durante um assalto a banco em São Francisco

Depois das revelações da Guerra da Coréia, o governo dos EUA temia ficar para trás na corrida das armas, por isso começou suas próprias pesquisas sobre o controle da mente. Em 1953, a CIA começou um programa chamado MKULTRA. Em um estudo, a CIA supostamente deu LSD (ácido licérgico) aos pacientes para estudar os efeitos das drogas que alteram a mente e avaliar a eficácia dos psicodélicos na indução a um estado mental de lavagem cerebral amistosa. Os resultados não foram encorajadores e os pacientes foram supostamente prejudicados pelos experimentos. As experiências com drogas pela CIA foram oficialmente canceladas pelo congresso em 1970, embora algumas pessoas afirmem que isso ainda aconteça por baixo dos panos. O interesse público na lavagem cerebral acalmou-se um pouco após a Guerra Fria, mas reapareceu entre os anos 60 e 70 com o surgimento de incontáveis grupos religiosos e políticos secundários durante aquela época. Os pais que ficavam horrorizados pelas novas crenças e atividades dos filhos tinham certeza de que eles tinham sofrido lavagem cerebral em cultos. Os suicídios em massa e os massacres cometidos por uma pequena porcentagem daqueles cultos pareciam validar os temores de lavagem cerebral.

 

Patty Hearst foi uma suposta vítima da lavagem cerebral naquela época. Ela era herdeira da fortuna da editora Hearst e quando foi a julgamento por assalto a banco, usou como defesa a lavagem cerebral. Hearst ficou famosa no início dos anos 70 após ter sido seqüestrada pelo Exército Simbionês de Libertação (o SLA - Symbionese Liberation Army, que alguns consideram um "culto político") e acabou se unindo ao grupo. Hearst relatou que foi trancada em um armário escuro por vários dias após o seqüestro, passou fome, cansaço, foi brutalizada e temeu por sua vida enquanto membros do Exército Simbionês de Libertação a bombardeavam com sua ideologia política anticapitalista. Após dois meses de seqüestro, Patty mudou de nome, emitiu uma declaração na qual se referia de maneira ofensiva à sua família e apareceu em uma fita de segurança roubando um banco junto com seus seqüestradores. 

Patty Hearst foi julgada por assalto a banco em 1976 e o famoso F. Lee Bailey a defendeu. A defesa alegou que Hearst tinha sofrido uma lavagem cerebral pelo Exército Simbionês de Libertação e que, em seu estado mental, ela não distinguia o certo do errado. Hearst foi considerada culpada e sentenciada a sete anos de prisão, dos quais cumpriu dois. Em 1979, o presidente Carter comutou sua sentença.



Foto cedida Davis Turner/AFP/
Getty Images
Lee Boyd Malvo é escoltado por delegados na chegada ao tribunal para ser identificado por uma testemunha
 
Uma outra defesa de insanidade devido à lavagem cerebral chegou aos tribunais 30 anos depois, quando Lee Boyd Malvo foi julgado por sua participação, em 2002, em ataques de tocaia ao redor de Washington, D.C. Malvo tinha 17 anos e John Allen Muhammad tinha 42 anos. Juntos, eles mataram dez pessoas e feriram três em um massacre. A defesa alegou que o adolescente havia sido submetido a uma lavagem cerebral para cometer os crimes, algo que jamais teria feito se não estivesse sob o controle de Muhammad. De acordo com "A Defesa da Lavagem Cerebral" na Psicologia Atual:
    "Muhammad arrancou Malvo, com 15 anos, de Antígua, uma ilha caribenha, onde sua mãe o havia abandonado e o trouxe para os EUA em 2001. Veterano do Exército, Muhammad encheu a cabeça do adolescente com visões de uma iminente guerra e o treinou em pontaria certeira. Ele isolou Malvo, fez com que ele mergulhasse em sua própria marca criminosa idiossincrática do Islão e impôs ao seu filho 'adotivo' uma rígida dieta e regime de exercícios".
O argumento foi que Malvo passou por uma lavagem cerebral e, por isso, não podia distinguir o certo do errado. Malvo foi considerado culpado e sentenciado a prisão perpétua e sem direito a liberdade condicional (Muhammad foi condenado à morte em um outro julgamento). 
Parece haver um contraste entre o temor da lavagem cerebral na sociedade moderna, como visto em filmes e literatura contemporâneos, e a aparente crença de que a lavagem cerebral é algo sem valor. Seja qual for a causa, as pessoas parecem fazer uma distinção entre a lavagem cerebral de hoje e uma futura. 

O futuro da lavagem cerebral envolve muito mais abordagens de alta tecnologia. Os implantes de cérebro são muito mais assustadores do que os ataques contra a identidade verbais ou físicos. Mas a maioria dos cientistas concorda que o campo da neurocirurgia está muito longe deste nível de entendimento do cérebro humano. Além disso, muitos psicólogos acreditam que a lavagem cerebral em larga escala, via comunicação em massa e mensagens subliminares, por exemplo, não é possível porque o processo de reforma de pensamento requer isolamento e absoluta dependência do paciente para que seja eficaz. Não é tão fácil assim mudar a personalidade e as crenças de uma pessoa.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Técnicas de lavagem cerebral



Foto cedida Exército Americano
Prisioneiros de guerra americanos na Guerra da Coréia
No final dos anos 50, o psicólogo Robert Jay Lifton estudou ex-prisioneiros dos campos das guerras da Coréia e China. O psicólogo chegou à conclusão que eles tinham passado por um processo múltiplo que começava com ataques contra a identidade do prisioneiro e terminava com o que parecia ser uma mudança nas crenças do indivíduo. Lifton definiu um conjunto de etapas envolvidas nos casos de lavagem cerebral que estudou:
  1. ataque contra a identidade
  2. culpa
  3. autotraição
  4. ponto de colapso
  5. clemência
  6. compulsão para confissão
  7. canalização da culpa
  8. liberação da culpa
  9. progresso e harmonia
  10. confissão final e renascimento
Cada um desses estágios acontece em um ambiente de isolamento. Todos os pontos de referência social considerados normais estão indisponíveis e técnicas como a privação de sono e desnutrição são partes comuns do processo. Há ameaças físicas freqüentes, o que aumenta a dificuldade do alvo em pensar de maneira independente e crítica. 

O processo que Lifton identificou pode ser dividido em três estágios: ponto de colapso do eu, apresentação da possibilidade da salvação e reconstrução do eu.
Ponto de colapso do eu
  • Ataque contra a identidade: você não é quem pensa que é.
    É um ataque sistemático à identidade (ego) do alvo e a seu principal sistema de crença. O agente nega tudo o que faz do alvo ser quem é (por exemplo: "você não é um soldado", "você não está defendendo a liberdade"). O alvo fica sob ataque constante por dias, semanas ou meses, até o ponto em que fica exausto, confuso e desorientado. Nesse estado, suas crenças parecem menos sólidas.
  • Culpa: você é ruim.
    Enquanto a crise de identidade está se instalando, simultaneamente o agente está criando uma irresistível sensação de culpa no alvo. Ele ataca o alvo repetidamente sobre qualquer deslize que tenha cometido (seja grande ou pequeno). O alvo começa a sentir uma sensação geral de vergonha, de que tudo que faz está errado.
  • Autotraição: concorda comigo que você é ruim?
    Uma vez que o paciente está desorientado e se martirizando pela culpa, o agente o força (com ataques físicos e mentais) a denunciar família, amigos e parceiros que compartilham das mesmas idéias "erradas" que ele. Essa traição com relação às suas crenças e às pessoas com as quais tem lealdade é para aumentar a vergonha e a perda da identidade que o alvo já está experimentando.  
 
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