segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Vilões de 'Indiana Jones e o Templo da Perdição' eram seita real de assassinos

Thuggees, que agiram na Índia do século 14 ao 19, teriam matado dezenas de milhares.
Grupo praticava latrocínio como forma de ritual; historiadores debatem elo com deusa hindu.

Fonte -Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Eles não comiam cérebro de macaco nem desenvolveram técnicas para arrancar o coração da vítima ainda batendo, mas os thuggees, vilões do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição", realmente aterrorizaram a Índia durante séculos. E são motivo de um ferrenho debate acadêmico entre os historiadores: seriam meros latrocidas, assassinos focados inteiramente no lucro, ou uma seita fanática?

Foto: paia
Os thuggees retratados numa gravura de 1857 do jornal britânico "Illustrated London News" (Foto: Reprodução)




Apesar do ambiente fantasioso, a segunda aventura do arqueólogo vivido por Harrison Ford até que menciona algumas informações historicamente confiáveis sobre os thuggees (algo como "ladrão" ou "pilantra" em hindi). Ao chegar a um palácio indiano nos anos 1930, época em que os britânicos governavam a região, Indy e sua trupe ouvem rumores de que os thuggees teriam voltado a agir, embora o grupo de bandidos tivesse sido oficialmente eliminado por volta de 1870.


De fato, no começo do século 19, a vilania dos thuggees se tornou legendária no Império Britânico. Eles chegaram até a ser incorporados ao vocabulário da língua inglesa, inspirando a palavra thug, muito utilizada hoje para designar capangas ou bandidos violentos de baixa extração.


  Origens antigas

domingo, 27 de fevereiro de 2011

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A estrutura de liderança

Não existe seita sem um líder poderoso e carismático. Um líder carismático possui a estranha habilidade de fazer as pessoas o seguirem sem questionamentos. 

A frase "culto de personalidade" se refere a este tipo de dinâmica de grupo. Os membros da seita são devotos do líder, não de suas idéias. Ele tem total controle sobre seus seguidores, ninguém questiona suas decisões e ele não tem responsabilidade por nenhuma pessoa do grupo. 

Uma seita pode ter mais de um líder, mas isso é incomum. A maioria das seitas religiosas exige devoção absoluta a uma única pessoa que é considerada o Deus, ou conectada diretamente a Ele (o Messias), a um profeta ou a algum outro de posição sagrada. Este é um componente importantíssimo para manter a devoção absoluta: para os membros de uma seita, apenas essa pessoa pode levá-los à salvação. Sem ela, eles passarão a eternidade no inferno. 




Cedido por Getty Images; Nine Network Austrália
David Koresh
Como uma pessoa consegue uma posição como esta? Uma cena comum é um pregador ou membro de igreja que tenha sido expulso de lá por pregar idéias extremas ou não convencionais ou por mostrar sinais de desonestidade ou instabilidade. Quando ele vai embora, seus seguidores vão junto, ou ele se junta a uma seita já existente e acaba fazendo de tudo para ter controle. David Koresh, líder da seita dos Davidianos, que foi cercada e destruída pelo governo americano em 1993, pregava em uma igreja cristã antes de ter sido expulso por "influenciar negativamente" alguns membros mais jovens da igreja. O reverendo James (Jim) Warren Jones, que deu ordens a centenas de membros do Templo do Povo para que bebessem um ponche envenenado em Jonestown, Guiana, em 1978, havia sido ordenado como pastor de uma igreja cristã comum. 

Mas nem todos começam em uma religião normal. Alguns líderes são simplesmente indivíduos anti-sociais e destrutivos que pensam ter um talento especial para manipular as pessoas. Charles Manson se encaixa nesta categoria.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Seitas da Perdição


Cedida por Getty Images
Shelly Katz / Liaison

A sede dos Davidianos explodiu em abril de 1993, como conseqüência de um impasse entre a seita, liderada por Davis Koresk, e o FBI
Quando a maioria de nós ouve a palavra seita, talvez imagine um grupo de pessoas alienadas que sofreram lavagem cerebral e praticam atos macabros. Talvez lembre de assassinatos em massa ou outras cenas negativas. Mas o que imaginamos é real? O que é exatamente uma seita e no que ela difere de uma religião? São todas perigosas? As pessoas que participam de seitas destrutivas são mentalmente perturbadas ou somos todos igualmente suscetíveis? 

Neste artigo, vamos separar a realidade da ficção e saber exatamente o que é uma seita, o que caracteriza uma seita como destrutiva e, além disso, dar uma olhada em alguns dos mais notáveis acontecimentos sobre seitas na história moderna.  
   
O que é uma seita?
As seitas que estão envolvidas com notícias negativas não são uma  regra. Basicamente, uma seita é apenas um grupo religioso pequeno, não estabelecido, sem um objetivo final, que gira em torno de um único líder. O American Heritage Dictionary define seita da seguinte forma:
  1. uma religião ou culto religioso considerado extremista ou falso, com seus seguidores normalmente vivendo de forma não convencional, sob orientação de um líder autoritário e carismático;
  2. um sistema ou comunidade de adoração e rituais religiosos.
A primeira definição se aproxima mais do uso que fazemos do termo, mas você deve ter percebido que não há menção sobre assassinato ou assassinato coletivo. Não há diferença significativa entre seita e religião em termos de fé, moralidade ou espiritualidade. As principais diferenças são: uma seita funciona fora da sociedade, normalmente faz seus seguidores prometerem total comprometimento com o grupo e tem um único líder, enquanto uma religião normalmente está inserida na cultura do povo, requer vários níveis de comprometimento de seus membros e tem uma hierarquia de liderança que, na prática, pode funcionar como uma série de limitações e inspeções. 

Seitas no Brasil
O Brasil é um continente de contrastes, em todos os aspectos, e isso não poderia ser diferente em relação à fé. O país é predominantemente cristão, com destaque para o catolicismo, mas de norte a sul do país podemos encontrar diversas religiões, crenças e, inclusive, seitas. Veja algumas das instituições que são consideradas seitas: 
  • Igreja do Trance Divino (ITD) - criada em 2005, na Chapada dos Veadeiros (interior de Goiás), chama a atenção por seus adeptos adorarem discos voadores e música eletrônica. 
  • Igreja de Cristo Internacional de Boston (ICI) - teve início oficialmente em São Paulo, em maio de 1987 e se expandiu para outras cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte (1994) e Salvador (1997). Interpreta a Bíblia segundo a visão do fundador, Kipp Mckean.
  • LBV - foi fundada oficialmente em 7 de setembro de 1959 por Alziro Zarur. Sua missão é: “Promover Educação e Cultura com Espiritualidade, para que haja Alimentação, Saúde e Trabalho para todos, na formação do Cidadão Ecumênico”.
  • Santo Daime - em 1945, Mestre Irineu fundou o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal, que chegou a congregar 500 membros efetivos. Utiliza em suas cerimônias religiosas uma substância psicotrópica alucinógena chamada "dimetiltriptamina" (DMT).
  • Vale do Amanhecer - seita xamanista (centra-se nos ritmos cíclicos da natureza: nascimento, morte e renascimento) fundada em 1968 e localizada a 6 km de Planaltina, cidade satélite de Brasília. Teve sua criação diretamente associada à vida da sergipana e ex-caminhoneira Neiva Chaves Zelaya (Tia Neiva) e às supostas aparições de uma entidade indígena chamada Pai Seta Branca, seu mentor espiritual. Conta com cerca de 36.000 adeptos.
  • Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade - fundada no Paraná, em 1982, por Iuri Thais Kniss, que se auto-intitula Inri Cristo. Ele se proclama a reencarnação de Jesus Cristo. Popularmente, Inri é visto como uma personalidade humorística, tendo aparecido em diversos programas de TV.
  • Borboletas Azuis - Roldão Mangueira de Figueiredo, fundador e líder da seita da Paraíba, previu que no dia 13 de maio de 1980 o mundo acabaria num dilúvio. A notícia causou grande pânico em Campina Grande (PB), mas com a não concretização da profecia, a seita afundou no esquecimento.
Embora a maioria das seitas existentes no Brasil não seja considerada destrutiva, há alguns casos que chegaram à mídia envolvendo rituais macabros e mortes:
  • 2003 - supostos membros da seita Delineamento Universal Superior foram acusados de seqüestrar, torturar, castrar e matar cinco crianças em Altamira, no Pará, entre 1989 e 1993 em rituais de magia negra. Quatro acusados foram condenados. Um estava foragido na época do julgamento.
  • 1998 - em 27 de dezembro de 1998, o pastor da seita Igreja Pentecostal Unida do Brasil, em Seringal Larvas, Tarauacá (Acre), foi preso. Francisco Bezerra de Morais, (“pastor” Totó), juntamente com outros membros da seita, mataram seis pessoas a pauladas e depois as queimaram. O líder disse que agiu por ordem de Deus. A situação só não se tornou mais grave porque alguns seguidores conseguiram fugir e avisar as autoridades.
  • 1977 - José Maurino Carvalho e Maria Nilza Oliveira Pessoa foram considerados os responsáveis pelo assassinato de 8 crianças em 30 de abril de 1977, na praia de Stella Maris, em Salvador. Eles eram líderes da Igreja Universal Assembléia dos Santos. A seita pregava o abandono do casamento civil e o voto, considerados obrigações mundanas. Os líderes diziam ainda que Jesus havia ordenado as mortes.
Seitas destrutivas

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Curiosidades "Caçadores da Arca Perdida"

Harrison Ford como Indiana Jones

  • O primeiro ator contatado para interpretar Indiana Jones foi Tom Selleck, que teve que recusar o papel devido ao seu trabalho na série de televisão estadunidense Magnum. ainda bem...

  • O nome "Indiana" veio do nome do cachorro de George Lucas, um dos criadores da história de Os Caçadores da Arca Perdida. O nome do personagem a princípio era Indiana Smith mas, por sugestão de Steven Spielberg, Lucas decidiu trocá-lo por um nome de mais impacto, resultando em "Indiana Jones".
  • Nos hieróglifos encontrados por Indiana Jones no Poço das Almas, podem ser vistas inscrições com as imagens de R2-D2 e C-3PO, uma homenagem do diretor à série Star Wars. Também nas inscrições no Avião onde Indiana Jones entra tentando fugir dos índios da tribo Hovitos é C-3PO, outra alusão á Star Wars.
  • O personagem Marcus Brody, de Denholm Elliot, e Sallah, vivido por John-Rhys Davis, voltariam a aparecer em Indiana Jones e a última cruzada. Já Marion Ravenwood, vivida por Karen Allen, a namorada de Indiana Jones em Os caçadores da arca perdida, volta em Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull.
  • A "Arca da Aliança" pode ser vista em uma pequena passagem no quarto filme da série, visto que a unidade militar que a "Caveira de Cristal" estava é a mesma que a Arca foi colocada no final de Os Caçadores da Arca Perdida. Quando a Coronel Spalko está tentado fugir com a Caveira, na confusão, acabam explodindo bem onde a caixa que a Arca estava. Além desse filme, a Arca tinha uma curta passagem no terceiro, desta vez num um hieróglifo em uma das paredes do túmulo de um dos cavaleiros que protegiam o Santo Graal.


  • É o único filme da série que não incluia o nome de Indiana Jones no título.
Fontes:

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os Caçadores da Arca Perdida: Trailer

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Em busca da Arca da Aliança

A Arca da Aliança não teria sido somente um abrigo para as placas de pedra com os Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés (ou escritos por este). Ela era também uma arma de guerra para os hebreus. Os relatos bíblicos mostram que quem a tocasse morreria imediatamente e que ela foi usada para derrubar as muralhas da cidade de Jericó. Os hebreus carregaram a Arca da Aliança durante quase quatro décadas de travessia do deserto até Canaã.

Arca da Aliança retratada em vitral na Catedral de Notre Dame, em Paris
© iStockphoto.com /Arssecreta
Arca da Aliança retratada em vitral na Catedral de Notre Dame, em Paris

Quando chegaram lá, Moisés tinha cumprido sua missão e morreu, segundo as contas da época, aos 120 anos de idade. Mas os hebreus tiveram ainda de lutar para conquistar a Terra Prometida, já que Deus apesar de tê-los mandado para lá ao que tudo indica não avisou os outros habitantes das várias cidades-estados que ali existiam que tinha prometido aquelas terras para um único povo eleito. Nessas batalhas, a Arca funcionou também como um estandarte de luta para os hebreus na conquista de Canaã.

O problema é que um estandarte também pode ser capturado e foi isso que aconteceu quando os filisteus souberam dos supostos poderes mágicos da Arca. Mas, ao que parece, isso lhes causou mais problemas do que soluções. Para onde era levada, a Arca provocava surtos de doenças e destruição, o que fez os filisteus a devolverem para os hebreus pouco tempo depois.

Após expulsarem os outros povos e conquistarem Canaã, por volta do século 10 antes de Cristo os hebreus tiveram um rei chamado Davi que imaginou um templo para abrigar a Arca. Seu filho e sucessor, o rei Salomão, encarregou-se de construí-lo. Concluído provavelmente no ano 965 antes de Cristo, o Templo de Jerusalém ou Templo do Rei Salomão teria um lugar denominado Sagrado dos Sagrados que abrigaria a Arca. Ela poderia ser vista apenas por sacerdotes e profetas e, segundo alguns relatos, apenas uma vez no ano, no Dia do Perdão (Yom Kippur).

No século 6 antes de Cristo, os babilônios liderados pelo rei Nabucodonosor 2.° invadiram Jerusalém e destruíram o Templo. Desde então não se teve mais notícias sobre a Arca da Aliança. Alguns relatos contam que diante da iminência da invasão, o profeta Jeremias teria tirado a Arca do Templo e a escondido em uma caverna no monte Nebo, próximo ao Mar Morto e de onde Moisés teria sido enterrado. O local que fica atualmente na Jordânia foi investigado exaustivamente por arqueólogos, mas nada foi encontrado.

A possibilidade da Arca ter sido levada pelos babilônios durante a destruição do Templo é pouco provável, segundo os historiadores, devido a sistemática catalogação que eles faziam dos objetos que levavam e nela não aparecer nada referente à Arca. Mas uma outra possibilidade é de que nessa invasão ela tenha sido destruída. Isso seria coerente com a afirmação do profeta Jeremias de que a Arca foi para o monte Nebo, uma expressão da época para dizer que ela "já era".

Outra versão diz que bem antes da invasão dos babilônios a Arca teria sido colocada em um esconderijo sob o Templo do Rei Salomão. O problema é que esse local seria onde está atualmente o Domo da Rocha, um lugar sagrado para cristãos, muçulmanos e judeus, e as escavações arqueológicas ali não conseguem avançar devido aos protestos religiosos que provocam.
 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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A origem (não tão) sobrenatural da Arca da Aliança

Recriação de cena do Antigo Testamento
A história da Arca da Aliança começa em um local distante de onde ela foi construída e alguns anos antes disso acontecer. A partir dos relatos do Antigo Testamento, estima-se que provavelmente em algum momento entre os séculos 15 e 13 antes de Cristo, existiu no Egito um homem chamado Moisés. Filho de hebreus, ainda bebê ele teria sido colocado num cesto de junco no rio Nilo para escapar de uma ordem de matança de hebreus recém-nascidos. O bebê teria sido encontrado pela filha do faraó, enquanto ela banhava-se no rio. Moisés cresceu como um príncipe na corte egípcia, recebendo a melhor educação e os melhores treinamentos para combate.

De alguma forma, em algum momento de seu amadurecimento, Moisés teria descoberto sua ascendência hebraica e passou a se interessar pelos domínios do Império Egípcio na região de Canaã (Palestina) e também pelas condições de vida dos hebreus, que àquela altura viviam sob a condição de escravos no Egito. Um dia, ao presenciar um senhor egípcio castigando um escravo hebreu quase até a morte, Moisés não se conteve e assassinou o egípcio. Temendo ser descoberto pelo faraó, ele fugiu e foi nessa fuga que teria tido seu primeiro encontro com Deus. O Todo-Poderoso teria lhe ordenado retirar os hebreus do Egito, libertando-os da condição de escravos, e levá-los até a Terra Prometida, que seria Canaã. Moisés tentou negociar com o faraó, possivelmente Ramsés, a libertação dos hebreus, mas não foi bem-sucedido. Segundo os relatos bíblicos, somente após Deus intervir mandando pragas assolarem o Egito, Ramsés teria concordado em libertar os hebreus.

Com Moisés como líder iniciou-se então o êxodo rumo à Terra Prometida. Logo após a partida deles, o faraó ordenou às suas tropas para os seguirem e matar a todos. O exército do faraó concentrou-se num lago de águas rasas chamado de "mar de papiros" que impedia a passagem dos hebreus rumo a Canaã (o Antigo Testamento teria equivocadamente identificado esse local como o Mar Vermelho). Conta a lenda que Moisés e os hebreus teriam conseguido atravessar o lago durante a noite quando um misterioso e poderoso vento afastou suas águas. Quando os soldados egípcios tentaram fazer o mesmo, acabaram sendo surpreendidos com a volta das águas e morreram afogados.  

Feitos sobrenaturais à parte, Moisés provavelmente além de líder carismático tinha uma aguçada visão política, fruto da sua convivência com a corte egípcia e seu conhecimento das relações internacionais e das formas de dominação impostas pelo Império Egípcio e por outros povos. Para ele, a relação que Deus estabeleceu com os hebreus poderia ter muitas semelhanças com essas políticas de alianças imperiais. Ao libertá-los e conduzi-los à Terra Prometida, Deus esperaria em troca devoção e obediência. Após meses caminhando pelo deserto, com falta de comida e água, os sinais de impaciência entre os hebreus cresciam rapidamente. 

Quando conseguiram chegar ao Monte Sinai, aconteceu algo fundamental para que Moisés recuperasse a fé e a confiança dos hebreus.
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, mas o tesouro aparece em filmes como Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
Reprodução
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém
Durante uma terrível tempestade, Deus teria novamente apresentado instruções para Moisés. O Todo-Poderoso entregou-lhe duas placas de pedra nas quais estariam gravados a fogo os Dez Mandamentos, que estabeleciam como deveriam agir aqueles que pertenciam ao povo eleito por Deus. Essas duas placas deveriam ser guardadas em uma arca cujos detalhes de sua construção foram passados por Deus a Moisés. Ela seria o símbolo da aliança entre o divino e o terreno, entre Deus e os homens, e deveria ser feita de madeira de acácia, com dimensões aproximadas de 1,2 metro de comprimento por 70 cm centímetros de largura e altura, revestida de ouro puro, com quatro argolas de ouro, uma em cada canto, e com varais de madeira de acácia revestidos de ouro para transportá-la.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Arca da Aliança "Indiana Jones"

Após meses de caminhada errante por um deserto impiedoso milhares de pessoas estavam impacientes e desesperançadas. O homem à frente delas tinha de mantê-las unidas e sob controle. Para fazer isso, ele poderia recorrer a sua capacidade de líder visionário e carismático ou contar com uma ajudinha de Deus. Ou as duas coisas, se ele fosse o escolhido. Há mais de três mil anos, um homem chamado Moisés teria sido esse líder, mas saber se ele contou ou não com a ajuda do Todo-Poderoso é uma questão de fé ou de encontrar alguma prova arqueológica disso.

Réplica da Arca da Aliança
© iStockphoto.com /Jgroup
Réplica da Arca da Aliança
Para muitos, a Arca da Aliança poderia ser essa prova material de que Deus realmente deu uma mão a Moisés na sua missão de conduzir milhares de hebreus, que deixaram a condição de escravos no Egito e sob sua liderança teriam partido rumo a Canaã, a Terra Prometida. O objeto que, segundo as narrativas bíblicas, simbolizou a união entre os homens e Deus seria uma arca de madeira, revestida de ouro, feita para carregar dentro dela os Dez Mandamentos, que teriam sido revelados a Moisés pelo Todo-Poderoso. A Arca da Aliança, no entanto, nunca foi encontrada e é um dos grandes mistérios dentre os muitos que envolvem as três maiores religiões monoteístas do planeta.

Mas diferentemente do Santo Graal e de outros objetos lendários, a Arca da Aliança teve sua aparência minuciosamente descrita e sua história é contada detalhadamente em várias passagens de livros sagrados como o Antigo Testamento e durante séculos, antes do nascimento de Cristo, foram registradas suas movimentações, incluindo descrições do templo que teria sido construído para abrigá-la, quem a teria roubado e a devolvido e onde possivelmente aqueles que a protegiam a teriam escondido. O problema é que desde o século 6 antes de Cristo os relatos sobre ela simplesmente desapareceram.

Além do seu significado religioso e de seu valor arqueológico, a Arca tem alimentado a imaginação das pessoas por conta de supostos poderes sobrenaturais que ela teria. Essas características a tornaram cobiçada por diferentes povos. Dos generais do Império Romano aos Cavaleiros Templários, de monges cristãos aos exploradores contemporâneos, muita gente tem procurado pela Arca da Aliança há mais de dois mil anos em várias partes do mundo.

As principais buscas concentram-se em Jerusalém e no percurso feito por Moisés do Egito até o atual Estado de Israel. Mas há gente que garante que ela está num remoto vilarejo na Etiópia, onde supostamente vivem os descendentes do rei hebreu Salomão, que construiu o templo para abrigar a Arca, com a rainha africana Sabá. Outros afirmam que ela está na Inglaterra para onde os Templários a teriam levado.  
 

Onde está a Arca da Aliança?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Coronel Percy Harrison Fawcett (1867 – 1925)

O que realmente Aconteceu a Fawcett

 Orlando Villas-Bôas  e a provável ossada de Fawcett
O que aconteceu ao coronel Fawcett? Essa pergunta vem sendo feita desde 1925, quando o oficial britânico Percy Harrison Fawcett desapareceu na selva brasileira, em companhia do filho, Jack Fawcett, e de um amigo deste, Raleigh Rimmel. A pequena equipe, comandada pelo coronel, embrenhou-se na selva em busca de uma mítica “cidade perdida”, que jamais chegou a ser encontrada. Desde então, as expedições de resgate de Fawcett, e depois de busca de seus restos mortais, se sucederam. A primeira foi organizada em 1928 pelo comandante George M. Dyott. Não deu em nada.

O caso Fawcett repercutiu também no campo literário e deu origem a uma bibliografia de tamanho nada desprezível. Entre as obras disponíveis no Brasil encontram-se A Verdadeira História de Indiana Jones, de Hermes Leal (Geração Editorial, 1996), e Z – a Cidade Perdida, de David Grann (Cia. das Letras, 2009), que será adaptada para o cinema, com Brad Pitt no papel do expedicionário inglês. A elas se junta agora uma pérola dessa estante consagrada a Fawcett – Esqueleto na Lagoa Verde, relato de Antonio Callado sobre sua viagem de 1952 ao Xingu, local onde o inglês teria desaparecido.

Reeditado agora pela Companhia das Letras em sua coleção Jornalismo Literário, o livro foi publicado pela primeira vez em 1953. Mantém interesse até hoje por alguns motivos, alguns óbvios, outros nem tanto. Em primeiro lugar, porque, apesar de as pesquisas sobre Fawcett terem continuado ao longo das quase seis décadas decorridas depois da publicação original, Esqueleto na Lagoa Verde ainda é capaz de expor ao leitor contemporâneo um panorama bastante completo do caso. Isso graças ao estilo objetivo e sintético de Callado, então jornalista do matutino carioca Correio da Manhã. 

Profissional dedicado, Callado fez direitinho a sua lição de casa para escrever o relato. Esteve in loco, como manda o figurino, e lá conversou com as pessoas envolvidas no caso. Nem por isso deixou de pesquisar e ler tudo o que havia disponível, antes e depois da viagem, com o objetivo de emprestar consistência à narrativa.

Além disso, entre a vasta produção dedicada a Fawcett, Esqueleto na Lagoa Verde destaca-se pela qualidade literária. Callado, já na época autor de ficção (havia escrito a peça O Fígado de Prometeu, em 1951), apurava seu estilo na reportagem, nessa coabitação às vezes tão problemática entre o jornalismo e a literatura (Hemingway dizia que o jornalismo era uma excelente profissão para um jovem escritor, desde que fosse abandonado a tempo).


Como resultado dessa sua experiência no Xingu, Callado tira uma excelente reportagem, na verdade uma das melhores já escritas sobre esse tipo de assunto. Revela-se jornalista de mão cheia. Mas constrói o relato do ponto de vista do escritor. Assim, como assinala o crítico Davi Arrigucci Jr. em um dos posfácios ao livro (o outro é do jornalista Maurício Stycer), Esqueleto na Lagoa Verde é, também, “uma espécie de desconstrução da reportagem tradicional”. De fato, em seu relato, Callado parece menos um detetive investigando em busca da verdade e mais um pesquisador cético, que avança em suas descobertas, mas a cada passo duvida de si mesmo, dos relatos e dos fatos que lhe são oferecidos pelas testemunhas.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O verdadeiro Indiana Jones

Percy Harrison Fawcett: o verdadeiro Indiana Jones sumiu no Brasil

Está certo: ele não era bonitão como Harrison Ford e não saiu pelo mundo em busca de nenhuma arca perdida. Em compensação, viveu aventuras na selva e fez contato com canibais. Foi por estes últimos motivos que o coronel britânico Percy Harrison Fawcett serviu de inspiração para o herói Indiana Jones. Embora a vida de Fawcett pareça mesmo o roteiro do filme, ela não teve final feliz: o coronel sumiu no Brasil.

No livro Coronel Fawcett – A Verdadeira História do Indiana Jones, de Hermes Leal, grande parte das aventuras aconteceram na América Latina, quando o britânico participou de missões do governo boliviano. Aqui, no começo do século 20, conviveu com tribos indígenas e viu a morte de perto atravessando despenhadeiros.

Seu fascínio pela América tem explicação. Certa vez, perdido no meio da mata do Ceilão (atual Sri Lanka), Fawcett deparou com inscrições num alfabeto desconhecido. Descobriu que elas eram semelhantes a outras encontradas numa suposta cidade perdida do Brasil, provavelmente na Bahia. Decidiu então que acharia a tal civilização.

Em 1920, organizou a esperada expedição. Não achou nada na Bahia e investiu na descoberta de uma outra cidade, Misteriosa Z, perdida no Mato Grosso, que teria sido criada por descendentes da lendária Atlântida. Em 20 de abril de 1925, Fawcett, seu filho Jack e o amigo Raleigh Rimell saíram de Cuiabá com destino à selva amazônica. E desapareceram sem deixar rastros após algumas semanas.

 

Desvendando os Mistérios "Indiana Jones"


Como é sabido por todos, caso não seja estou publicando agora...
Sou fã incondicional do Indiana Jones...link para site oficial

Dito isso, começa no Whatever uma serie sobre os mistérios e filmes das Aventuras de Indiana Jones...
Estaremos levando até você leitor que acompanha o Blog curiosidades, links e fatos reais ou não sobre esse aventureiro... 

Boa Leitura, bom divertimento...



sábado, 12 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "Filmes"

Semana dos Zumbis "Ataque"

Semana dos Zumbis "O Mito"

O mito dos zumbis foi desvendado pela ciência, com pesquisa coordenada pela CIA. Atrás desses supostos mortos-vivos, estão as maquiavélicas artes de feiticeiros vodoo também conhecidos por BOKO, que se servem de poderosas drogas-narcóticos, a tetradotoxina, uma substância que se obtem de um peixe marinho conhecido aqui no Brasil como Baiacú. "Não citarei aqui o processo de extração da toxina por considerar perigoso". 

A toxina provoca um estado de catalepsia que é a suspensão de sensibilidade e movimentos nas suas vítimas, de tal forma que parecem mortos,e como tal,são enterrados. Mais tarde, voltam a ficar conscientes, mas imóveis. 

É nesse momento quando o malfeitor retorna ao túmulo e desenterra a vítima submetendo-o ao um processo de reanimação que quando bem conduzido traz de volta o moribundo, no entanto, esse fica sendo portador de graves lesões cerebrais principalmente por causa do déficit de oxigênio no cérebro. Com frequência essa prática resultava na morte da vítima por causa de doses mal administradas. Essa prática era comum até meados da década de 1990 pelo seguidores do Vodoo no Haiti.

Para que alguém fosse vítima de um feiticeiro de vodoo bastava que se tornasse inimigo do mesmo, ou de algum amigo ou parente.
Em cima a foto de Antoine Veus, o coveiro que fechou com pregos o caixão do zumbi. Mas ele não sabe dizer quem são os parentes da vítima, embora tendo-o reconhecido. 
A foto do haitiano que foi zumbi por 18 anos, mas que foi libertado porque seu mestre morreu. Seu nome é desconhecido, ele também não sabe dizer a que família pertence, bem como ninguém reclamou algum grau de parentesco com ele.


Uma vez que se sobreviva à ação da tetradotoxina após 24 horas, o indivíduo fica desprovido de vontades, tornando-se uma criatura que atende a todas as ordens que lhe forem dadas, sem questinamentos, transformando-se dessa maneira em um serviçal que executa principalmente os trabalhos pesados para seu senhor. O códico penal do Haiti tem penas especificas quanto a essas práticas.
Abaixo, foto de uma mulher zumbi, tirada em 1931.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "Top 10"

Semana dos Zumbis "Pergunta do Leitor"

Pergunta do nosso leitor @: o que acontece se um zumbi ficar sem comer carne humana? ele "morre" de fome? 

Segue explicações abaixo:

Alguns devem se perguntar sobre isso, se não tem alimento, para todos, como existe tantos? Como vivem sem comer? Algumas opiniões começaram a aparecer pela internet.
Provavelmente Porque já estão mortos! O metabolismo deles Também deve ter sido alterado! Devem sentir apenas a necessidade basica de se alimentar!” – Bruna

Zumbis só guardam uma informação no cérebro ‘SE ALIMENTAR’
eles comem mas não precisam, ate pq seu sistema digestivo não funciona e eles não transformam alimento em glicose ou algo do tipo para sustentarem e manterem a energia do corpo.
” – Guilherme basiio
Acho que eles não morrem de fome, mas vão decompondo-se, até chegar uma hora em que não vão ter mais músculos e nenhum órgão/sistema, ai eles não vão conseguir parar em pé e vão cair ‘mortos’.” – Rodrigo


 No Filme Extreminio temos uma idéia como os Zumbis "morrem" de Inanição*   o que seria mais provável...

Semana dos Zumbis "Wade Davis"



Semana dos Zumbis "Kit"

Semana dos Zumbis "Autodefesa"

Autodefesa contra zumbis

Zumbis livres
A versão original (1968) de "A noite dos mortos-vivos" agora é de domínio público. Você pode assistir esse e outros filmes clássicos gratuitamente na seção Moving Images do Internet Archive (em inglês).
Seja retratando zumbis tradicionais e lentos ou uma geração mais nova e esperta deles, a maioria dos filmes e jogos concorda sobre como sobreviver a um ataque de zumbis:
  1. não entre em pânico;
  2. fuja dos zumbis. Na maioria das vezes, você se move mais rapidamente do que eles;
  3. junte comida, água, um rádio de emergência, lanternas e armas e fique num local seguro;
  4. se for possível, fuja para um shopping, loja de departamento ou outros lugares onde você terá fácil acesso a comida e suprimentos;
  5. fique longe de áreas muito populosas, onde a infestação é mais provável;
  6. coloque obstáculos em todas as entradas e fique em seu lugar a qualquer custo;
  7. não fique cercado ou enfiado num canto ou outro espaço fechado;
  8. lembre-se de que qualquer pessoa que for mordida ou morta por um zumbi se tornará uma ameaça para você;
  9. espere pacientemente por ajuda e faça preparativos de longo prazo para poder sobreviver.



Uma dica importante para sobreviver a um ataque zumbi em "A noite dos mortos-vivos": evite ficar cercado
Além disso, não caia nos erros comuns como:
  • abrigar-se em um carro cujas chaves não estão com você;
  • deixar lâminas, bastões ou outras armas à vista;
  • ensinar os zumbis a usarem armas de fogo;
  • dar sua única arma para alguém que está histérico;
  • fugir para um porão ou sótão sem levar suprimentos com você;
  • entrar no elevador em um prédio cheio de zumbis;
  • deixar sentimentos e argumentos pessoais impedirem sua sobrevivência.


Sobrevivência a ataques zumbis, ontem e hoje: a casa
da fazenda e o balcão do bar não são exatamente o melhor dos esconderijos
 


Miooooolos
Filmes como "A volta dos mortos-vivos" popularizaram a idéia de que os zumbis comem os cérebros (em inglês) das pessoas. Isso tem pouco sentido lógico, uma vez que o cérebro é relativamente pequeno e mais protegido do que qualquer outro órgão do corpo humano. De qualquer forma, algumas fontes explicam que os zumbis só comem os cérebros dos vivos quando seus mestres mandam.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "A Verdade"

Semana dos Zumbis "Papel de Parede"

Um Papel de Parede "especial"

Semana dos Zumbis "Cultura Popular"

Zumbis na cultura popular

zumbi
Alexandre Fukuda © 2008 Comotudofunciona

Embora os zumbis apareçam em filmes de 1919 [ref (em inglês)], muitas pessoas consideram George A. Romero (em inglês) como o diretor que estabeleceu o padrão moderno da maneira como os zumbis são retratados. No clássico "A noite dos mortos-vivos", Romero retratou zumbis como cadáveres que se movem lentamente e comem carne humana, reanimados pela radiação de um satélite retornando de Vênus. A radiação afetou todos os mortos recentes e ainda não enterrados. Esses zumbis continuavam resistentes a ataques até que alguém destruísse seus cérebros ou separasse a cabeça do resto de seus corpos. Em "A noite dos mortos-vivos", os zumbis não eram inteligentes nem autoconscientes. 

Eles manipulavam ferramentas com dificuldade, geralmente limitando-se a usar qualquer objeto como porrete. Em um trabalho mais recente de Romero, os zumbis ganharam alguma capacidade de pensar e, aparentemente, tinham até uma leve consciência de que eram zumbis, mas continuavam se movendo lentamente e eram bastante burros. 

Muitos filmes e vídeo games usaram os conceitos de Romero sobre os zumbis. Para a maioria deles, os zumbis são:
  • cadáveres recentes reanimados por radiação, substâncias químicas, vírus, feitiçaria ou pelas mãos de Deus;
  • humanos, embora algumas descrições incluam animais zumbis;
  • muito fortes, porém não muito rápidos ou ágeis;
  • resistentes à dor, conseguem se reerguer depois de terem sofrido sérios danos físicos;
  • resistentes a ferimentos, exceto à decapitação ou destruição do cérebro;
  • induzidos a matar cruelmente e depois comer;
  • têm medo do fogo e de luzes brilhantes.


Muitos filmes seguem o exemplo de "A noite dos mortos-vivos" e retratam os zumbis como bem mais perigosos quando estão em grandes grupos

Em alguns casos, era contagioso, e as pessoas mordidas por zumbis se tornavam zumbis também. Em outros, as pessoas morriam pela mordida e eram reanimadas pela mesma força que havia criado os outros zumbis. Geralmente, essa disseminação contínua dos zumbis fazia deles verdadeiras pragas, ultrapassando o número de humanos vivos. 

Alguns filmes mais recentes sobre zumbis, como "Shaun of the Dead", aderem às convenções de Romero e fazem referências freqüentes a seu trabalho; ao passo que outros retratam zumbis mais rápidos e inteligentes. Filmes como "28 Days Later" ("Extermínio") mantêm a estrutura básica de um filme de zumbis, mas não retratam zumbis reais (em "Extermínio", as pessoas são infectadas por um vírus que faz efeito em segundos - elas não morrem realmente a não ser por fome). Alguns filmes e jogos recentes jogam todas essas convenções no lixo e mostram zumbis que se movem rapidamente e que podem pensar, para desgosto dos puristas. 



Zumbi ou não?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "Treinamento"



Começe a treinar antes do Fim-do-mundo...

Semana dos Zumbis "Cauntion"

Placas Indicando Ataque de Zumbis!!!

Semana dos Zumbis "Controvérsia"

A controvérsia sobre os zumbis

Ele está meio morto
Segundo as teorias de Davis, uma pessoa envenenada pelo pó de zumbi haitiano pode recuperar a consciência no caixão ou logo depois de ter sido retirada de lá. Mas ele conta que os sacerdotes tem uma rede de segurança, caso o procedimento não funcione. A intervenção divina pode impedir que um zumbi seja reanimado, assim como a administração de uma overdosagem do pó, que o mataria completamente.
À primeira vista, a pesquisa de Davis parece promissora. A tetrodotoxina definitivamente causa paralisia e morte, e os pesquisadores documentaram casos nos quais pessoas tinham acabado de se recuperar de um envenenamento quase fatal por tetrodotoxina. Algumas das amostras que David trouxe para os Estados Unidos também produziram resultados dramáticos quando aplicadas diretamente sobre a pele de ratos e de um macaco reso. Eles ficaram letárgicos e depois imóveis, mas acabaram se recuperando completamente. 

Outros pesquisadores questionaram a legitimidade da pesquisa de Davis e os reais componentes das amostras que ele trouxe do Haiti. Os cientistas:
  • questionaram a ética de Davis, uma vez que ele assistiu à profanação de túmulos quando estava reunindo os ingredientes do pó;
  • questionaram se as experiências iniciais com o pó eram científicas ou controladas e se outras substâncias teriam sido adicionadas ao pó que estava sendo testado;
  • alegaram que as amostras do pó tinham pouca ou nenhuma tetrodotoxina. Davis reagiu dizendo que o fato de colocar o pó numa solução para fazer os testes poderia ter destruído os ingredientes ativos;
  • revelaram que Davis repetiu suas aplicações locais do pó usando ratos e que não houve efeitos;
  • estudaram vários supostos zumbis e descobriram casos claros de doença mental e falsa identidade.
Muitas pessoas vêem o trabalho de Davis como a única explicação possível para o fenômeno dos zumbis haitianos, ao passo que outras o consideram como algo não científico ou até mesmo fraudulento. Reportagens extensas sobre essa controvérsia apareceram em jornais americanos como o "Science" (edição de 15 de abril de 1988) e o "The Lancet" (edição de 11 de outubro de 1997).


Uma criança zumbi solitária (porém letal)
 na versão original do filme "A noite dos mortos-vivos"
Os zumbis haitianos serviram de inspiração para filmes, livros e vídeo games. A seguir, veremos como os zumbis são retratados na cultura popular.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "Ataque na Ucrãnia"

Semana dos Zumbis "Humano vs. Zumbis"

Semana dos Zumbis "O pó"

O pó dos zumbis haitianos

O sal e os zumbis
Segundo o folclore haitiano, um zumbi se cura ao ingerir sal. O que costuma acontecer então é que ele ataca o sacerdote que o criou ou volta para o local onde foi enterrado e morre. Ironicamente, a tetrodotoxina funciona bloqueando os canais de sódio nos músculos e células nervosas. Não se conhece a cura para o envenenamento por tetrodotoxina e é improvável que a quantidade de sódio em um punhado de sal tenha qualquer efeito fisiológico sobre uma pessoa envenenada.
Davis viajou para o Haiti a pedido do Dr. Nathan S. Kline, que criou a teoria de que uma droga tinha sido a responsável pelas experiências de Narcisse como zumbi. Uma vez que tal droga poderia ser usada medicinalmente, particularmente no campo da anestesiologia, Kline esperava reunir amostras, analisá-las e determinar como elas funcionavam.
Davis observou que os haitianos que acreditavam em zumbis também acreditavam que eles eram criados pela feitiçaria de um sacerdote (e não por um veneno ou uma droga). Segundo a sabedoria local, o sacerdote pega o ti bon ange da vítima, ou seja, a sua alma, para criar o zumbi, mas durante sua pesquisa Davis descobriu que o sacerdote usava pós elaborados, feitos de plantas secas e animais em seus rituais. 

Davis reuniu oito amostras desse pó de zumbi em quatro regiões do Haiti. Seus ingredientes não eram idênticos, mas sete das oito amostras tinham quatro ingredientes em comum:


Foto cedida peo MBL Marine Biology Laboratory
O baiacu, um ingrediente do pó de zumbi
  • uma ou mais espécies de baiacu, que normalmente contém uma neurotoxina mortal chamada tetrodotoxina;
  • uma espécie de sapo boi (Bufo marinus) haitiano, que produz inúmeras substâncias tóxicas;
  • um sapo de hyla (Osteopilus dominicensis), que produz uma substância irritante, porém não mortal;
  • restos humanos.
Além disso, os pós tinham outros ingredientes de plantas e animais, como lagartixas e aranhas, que poderiam irritar a pele. Alguns deles tinham até vidro triturado. 
O uso do peixe-bola intrigou Davis. A tetrodotoxina provoca paralisia e morte, e as vítimas de envenenamento por tetrodotoxina normalmente ficam conscientes até poucos instantes antes de morrer. A paralisia os impede de reagir a estímulos, bem parecido com o que Clairvius Narcisse descreveu sobre sua própria morte. Os médicos também documentaram casos nos quais as pessoas ingeriram tetrodotoxina e aparentavam estar mortas, mas se recuperaram completamente.


Foto cedida USGS
Bufo marinus, um ingrediente do pó de zumbi

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "The Walking Dead"

Segunda Tempora estréia em setembro...

Semana dos Zumbis "Zumbis Haitianos"

Zumbis haitianos


Zora Neale Hurston é uma entre os vários etnógrafos que documentaram as tradições e crenças do vodu haitiano
Os zumbis são personagens comuns no folclore haitiano. Pesquisadores que estudam a cultura haitiana relacionaram inúmeras histórias de corpos que voltaram à vida graças aos sacerdotes ou feiticeiros de vodu. Os zumbis são escravos descerebrados. Eles não têm autoconsciência e não chegam a representar perigo, a não ser que comam sal, o que restaura seus sentidos. Essas histórias são muito difundidas e parecidas com as lendas urbanas: elas mexem com os medos mais profundos dos ouvintes e parecem reais, apesar de improváveis. 

Mesmo depois de documentar várias histórias e boatos, os pesquisadores encontraram poucas evidências sólidas que explicassem ou provassem o fenômeno. Em geral, os supostos zumbis receberam nenhum ou poucos cuidados médicos antes de morrerem. Os pesquisadores também tiveram problemas em lidar identidades trocadas e fraudes.
Em 1980, um homem apareceu numa vila rural do Haiti dizendo ser Clairvius Narcisse, que havia morrido no Hospital Albert Schweitzer, de Deschapelles, Haiti, em 2 de maio de 1962. Ele se dizia consciente mas paralisado durante sua suposta morte: ele até teria visto o médico cobrir seu rosto com um lençol. Narcisse disse ter sido ressuscitado e transformado em zumbi por um sacerdote



Vodu
O vodu é uma religião haitiana, com raízes nas tradições africanas. Também chamada de voodoovoudou, vodun ou voudoun, tem pouca semelhança com a maneira como ela é vulgarmente retratada pelos filmes.

Uma vez que o hospital documentou sua doença e morte, os cientistas o viram como uma possível prova dos zumbis haitianos. Narcisse respondeu perguntas sobre sua família e infância que nem um amigo íntimo saberia responder. No final das contas, sua família e muitos observadores externos concordaram que ele era um zumbi que havia ressuscitado. 



O Dr. Wade Davis organizou seus estudos sobre os zumbis haitianos nas crônicas
"The Serpent and the Rainbow" e "The Passage of Darkness"
 

Narcisse foi o incentivo para o Projeto Zumbi: um estudo sobre as origens dos zumbis feito no Haiti entre 1982 e 1984. Durante essa época, o etnobotânico e antropólogo Wade Davis viajou pelo Haiti na esperança de descobrir o que dá origem aos zumbis haitianos.
A seguir, veremos o que Davis descobriu. 

Os zumbis e a lei haitiana
Uma lei que condena a criação de zumbis entrou em vigor no Haiti em 1835 [ref (em francês)]. O artigo 246 do Código Penal Haitiano (em francês) classifica o uso em alguém de uma substância que gera um período prolongado de letargia sem causar a morte como tentativa de assassinato. Se a substância causar aparência de morte e resultar no enterro da vítima, o ato é classificado como assassinato.

Semana dos Zumbis "Esclarecimento"

Todo mundo já ouviu falar em vodu, palavra que se tornou sinônimo de magia negra e bruxaria da pesada praticamente no mundo todo. Trata-se, na verdade, de um culto religioso praticado nas ilhas caribenhas chamadas Antilhas, principalmente o Haiti, baseado em rituais de possessão e com origem africana - obviamente, parente do candomblé brasileiro e da santería cubana. Para os adeptos do vodu, o zumbi seria como um morto-vivo, fabricado por feiticeiros ressuscitando um cadáver, para transformá-lo em um trabalhador braçal sem vontade própria - mais que um escravo, um autômato de carne. As figuras de zumbis tornaram-se parte do imaginário popular ao inspirarem dezenas de filmes de terror, como o clássico White Zombie, de 1932. Porém, o assunto foi estudado a sério por pelo menos um cientista, o antropólogo e etnobotânico canadense Wade Davis. No início da década de 80, ele passou uma temporada no Haiti, descrita em dois livros:

A Serpente e o Arco-Íris (1986), adaptado para o cinema por Wes Craven (famoso pela série A Hora do Pesadelo), e Passage of Darkness (1988, inédito no Brasil). Davis investigava a hipótese de os zumbis serem pessoas colocadas em estado de transe e catalepsia por meio de um veneno. Sua conclusão foi de que os sacerdotes usavam um pó à base de uma neurotoxina (substância danosa ao sistema nervoso) encontrada em peixes como o baiacu. A narrativa teve impacto imediato na comunidade científica, mas logo foi rejeitada pela maioria - especialmente por um químico japonês especialista em tetrodotoxina, a tal substância. Outros testes foram realizados na amostra do pó comprado de um sacerdote vodu pelo estudioso canadense, mas não se chegou a nenhum resultado definitivo.

A palavra "zumbi" é igualmente cercada de mistério, mas sua origem pode estar nos termos nzambi ou nzumbi, que, em alguns idiomas do oeste africano, significam "divindade" ou "espírito ancestral" - possivelmente a mesma raiz do nome do nosso Zumbi, líder dos escravos rebeldes do célebre Quilombo de Palmares, no Brasil Colonial do século XVII.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Semana dos Zumbis "Trailler"

Semana dos Zumbis "Siga em frente"

Semana dos Zumbis "Como seria"

Apocalipse Como seria?
Sempre consideramos que sendo o zumbi uma figura mítica clássica do folclore de terror moderno, eles não existem e não existindo não representam ameaça nenhuma. Bom não serei eu que vou negar esse fato óbvio. Entretanto o fato de não existir ainda não significa que NUNCA existirão. Também considere que o zumbi que vemos hoje nos filmes e jogos é impossível, mas outras variações talvez não sejam. Vamos analisar o mito do zumbi e as possibilidades de que um surto de zumbis venha a acontecer no mundo real.


O que é um zumbi?
Segundo a wikipédia, um zumbi é um ser fictício que surge tipicamente como um morto reanimado ou um ser humano irracional. Importante frisar a segunda alternativa que será a alternativa explorada aqui. Segundo a crença vodu afro-caribenha (que originou a lenda) um zumbi é um trabalhador que após ser dado como morto é trazido de volta da tumba por um feiticeiro e então passa a seguir suas ordens.


Como criar um Zumbi
Cientificamente falando, os individuos zumbificados ingerem uma substância que contém dentre outras coisas tetrodoxina uma poderosa neurotoxina encontrada em alguns sapos e peixes (como o baiacú) que causa inconsciência, catalepsia e redução dos sinais vitais fazendo parecer que a vítima está morta. Sendo assim ela acaba sendo enterrada e o suposto feiticeiro o retira e o leva para casa. A capacidade mental da vítima é reduzida pela substância com efeitos similares a uma lobotomia, e então a feiticeiro ministra drogas regularmente para tornar a vítima seu servo.


Segue abaixo um documentário sobre este processo. O entrevistado é o antropólogo Wade Davis, cientista responsável pela descoberta do processo de zumbificação descrito acima (infelizmente somente em espanhol sem legendas):


Praga de Zumbis
Deflagrar uma praga de zumbis haitianos seria muito muuuuuito improvável. Além do mais eles oferecem pouco risco e não seria uma praga já que o estado zumbificado é artificial e não contagioso. Mas de acordo com a ficção atual, e se o processo derivasse de um vírus contagioso? Bom caro leitor, aí o buraco é mais embaixo e eu recomendo que você esteja com seu manual de sobrevivência a zumbis, pronto para executar o protocolo bluehand, pois há algumas hipóteses reais (embora pouco prováveis) de um surto zumbi:


  • Mutação da toxoplasmose
O protozoário Toxoplasma gondii é mais um da lista de seres vivos que alteram ou controlam o comportamento de outros seres vivos. Ele parasita mamíferos e aves diversas, mas só se reproduz no intestino de gatos, sendo muito comum então o Toxo viver em pequenos mamíferos que podem ser capturados por gatos. A questão é que para isso ele anula o sentido de auto-preservação do animal, criando um comportamento diferenciado, fazendo o hospedeiro (um rato por exemplo) ir para cima de um gato. Sabendo que ratos e humanos não são assim tão diferentes (em caso de dúvidas veja quem é o sujeito experimental da indústria farmacêutica antes das drogas serem testadas em humanos) basta uma pequena mutação para que seres humanos sofram os mesmos efeitos pela infecção. Considerando que talvez metade da população mundial já possui toxoplasmose, calcule aí os estragos...


  • Vírus da raiva
Este é o vírus causador da zoonose que preocupou o mundo anos atrás com o mal da vaca louca. Para quem já viu um cão raivoso é mais fácil entender o perigo de uma infestação zumbi causada por esse vírus. Ele infecta alguns nervos e as glândulas salivares, tendo então a mordida como forma de infecção. Causa alucinações, demência e comportamento hostil (levando o doente a tentar ferir ou morder as pessoas próximas). Basta uma cepa particularmente forte deste vírus e um caso inicial amplo de infecção para causar o caos. Lembrando que raiva tem vacina mas não tem tratamento, sendo fatal após a infecção e uma cepa forte pode sobreviver a vacina.


  • Vírus novo
Sempre há também a possibilidade do surgimento de um novo vírus, sinteticamente ou não, que cause sintomas similares aos da raiva e da toxo, sem ocasionar a morte. Até que surja alguma vacina, se o vírus se alastrar de forma violenta, só restará a cada um rezar e se preparar para o apocalipse.
 
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