quinta-feira, 30 de junho de 2011

Filmes sobre Espaço, Et´s, Aliens e outros bichos...

Dia 12 de abril fez 50 anos da primeira viagem espacial, na qual o russo Yuri Gagarin, a bordo da nave Vostok 1, deu uma volta completa na órbita ao redor do planeta. Foi ele o primeiro a usar a famosa frase:  "A Terra é Azul".

Post muito bem elaborado no Blog Nascida em Versos onde a Karla montou uma lista de filmes que tem tudo a ver com viagens espaciais, ET's, Vidas em outros planetas, etc.

Veja como ficou a lista do "Vale a pena ver de Novo"








terça-feira, 28 de junho de 2011

Armas Letais do Cinema ...

Segundo o blog Plano B, essa é a lista das 25 armas mais mortais - ou destruidoras, como você preferir - do cinema. Vejam a lista a seguir e me digam se concordam -ou não, a escolha é livre -  com a lista.

1) A Estrela da Morte
, idealizada pelo Imperador de Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança.

2) O Sabre de Luz, dos Jedis de Star Wars.
 
3) A Espada Hattori Hanzo, sob medida e para poucos, de Kill Bill.
 
4) As "Serras Elétricas" em geral, especialmente nas mãos de Ash Williams (Uma Noite Alucinante), Patrick Bateman (Psicopata Americano) e Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica).
 
5) A Zorg ZF-1 de O Quinto Elemento, que possui lançador de foguetes, de flechas envenenadas, metralhadora, lançador de líquido, lança-chamas e raios que congelam.
 
6) A Espada Ferroada (Sting) de Frodo, que brilha na presença de Orcs em O Senhor dos Anéis.
 
7) Míssel Jericho, que se subdivide em 16 mísseis individuais durante o voo, de Homem de Ferro.
 
8) Armas de Raio de Queima de Arquivo, impunhadas por Arnold Schwarzenegger.
 
9) Armas dos Agentes de MIB - Homens de Preto, que apesar da aparência não ser tão assustadora, arremessa o atirador a vários metros, além de aniquilar o inimigo.
10) A Magnum 44 de Dirty Harry em Dirty Harry na Lista Negra.
 
11) Arco e Flecha de Robin Hood, que resiste ao tempo e mantém a lenda do herói dos fracos e oprimidos.
 
12) Laser que sai das palmas das mãos de Tony Stark, de Homem de Ferro 2.
 
13) Carga Explosiva, implantada no nariz do agente Ethan Hunt (Tom Cruise), em Missão:Impossível M:i:III.
 
14) Os Punhos de Chuck Norris nas cenas de luta de todos os seus filmes, cujas habilidades são apenas ultrapassadas por sua reputação.
 
15) A Pistola de Ouro, com balas de ouro de 23 quilates, usada pelo vilão Scaramanga, de 007 Contra o Homem Com a Pistola de Ouro.
 
16) Foguete de Gás venenoso (VX), de A Rocha.
 
17) A Arma (uma corrente com uma bola de ferrona ponta, com inscrustrações pontiagudas) de Gogo Yubari usada contra A Noiva, de Kill Bill.
 
18) Chapéu Cortante (e traíra!) de Oddjob, em 007 Contra Goldfinger.
 
19) A Arma de Longo Alcance controlada por telefone celular ou computador, de O Chacal.
 
20) Tubarões que atiram raios laser, de Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro, com precisão mortal.
 
21) Chicote de Indiana Jones, usado com maestria pelo arqueólogo, capaz de estrangular, desarmar o inimigo, fazer o herói atravessar grandes distâncias, etc.
 
22) Lançador de Granadas de Scarface, usado pelo personagem Tony Montana (Al Pacino).
 
23) A Arma De-Evolution, de Super Mario Brothers, que transforma seres humanos em chimpanzés.
 
24) A Arma do Ponto de Vista de O Guia do Mochileiro das Galáxias, que, apesar de não ter poder explosivo, faz com que a vítima veja as coisas do ponto de vista do atirador. Vale a ressalva que ela foi inventada por um grupo de donas de casa.
 
25) A Vara-bastão de Minority Report - A Nova Lei, que, apesar de não ser letal, é capaz de subjugar os suspeitos de um crime futuro.
 
Entre outras não tão letais...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

Devemos confiar ou não em nossa intuição?

Quando confrontados com decisões, nós frequentemente seguimos nossa intuição – algo descrito por nós mesmos como “sentimentos viscerais” – sem nem mesmo entendermos o porquê. Nossa capacidade de tomarmos essas decisões baseadas em pressentimentos varia consideravelmente: a intuição pode ser tanto um útil aliado como pode levar a erros que podem sair caros. Um novo estudo publicado na Psychological Science, revista da Associação de Ciência Psicológica, descobriu que a confiabilidade de nossa intuição é na verdade influenciada pelo o quê está acontecendo fisicamente em nossos corpos.

“Nós falamos muitas vezes sobre a intuição que parte do corpo – seguimos nossos instintos do intestino e confiamos em nossos corações”, disse Barnaby D.Dun, do Conselho de Pesquisa Médica Cognitiva e da Unidade de Ciências Cerebrais de Cambridge, no Reino Unido. O que ainda não se sabe é se devemos seguir, ou suspeitar, do que os nossos corpos estão nos dizendo.

Para investigar como diferentes reações corporais podem influenciar uma tomada de decisão, Dunn e seus colegas pediram aos participantes do estudo para tentar aprender como ganhar em um jogo de cartas que eles nunca haviam jogado até então.  O jogo foi concebido de que modo que não havia uma estratégia óbvia a ser seguida e no lugar disso os jogadores teriam que seguir suas próprias intuições. Durante o jogo, cada participante usou um monitor de freqüência cardíaca e um sensor que mediu a quantidade de suor na ponta de seus dedos.

Aos poucos, a maioria dos jogadores encontrou uma forma de vencer o jogo e eles disseram ter seguido mais a intuição do que a razão. Mudanças sutis nos batimentos cardíacos dos jogadores e quantidade de suor foram associadas a quão rápidos eles foram para fazer as melhores escolhas durante o jogo.

Curiosamente, a qualidade dos conselhos dados pelos corpos dos jogadores variou. Algumas pessoas seguiram a intuição e venceram o jogo rapidamente. Com outras, porém, aconteceu exatamente o contrário.

Dunn e sua equipe descobriram que os jogadores que se saíram melhor foram aqueles que tinham mais consciência de seus batimentos cardíacos. Para esses indivíduos, ser capaz de “escutar seus corações” os ajudou a tomar decisões mais inteligentes.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Como Faz isso?





Sempre pensei em fazer um desses.



LeGribel

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cada Coisa a seu Tempo Tem seu Tempo


Cada coisa a seu tempo tem seu tempo.
Não florescem no inverno os arvoredos,
Nem pela primavera
Têm branco frio os campos.

À noite, que entra, não pertence, Lídia,
O mesmo ardor que o dia nos pedia.
Com mais sossego amemos
A nossa incerta vida.

À lareira, cansados não da obra
Mas porque a hora é a hora dos cansaços,
Não puxemos a voz
Acima de um segredo,

E casuais, interrompidas, sejam
Nossas palavras de reminiscência
(Não para mais nos serve
A negra ida do Sol) —

Pouco a pouco o passado recordemos
E as histórias contadas no passado
Agora duas vezes
Histórias, que nos falem

Das flores que na nossa infância ida
Com outra consciência nós colhíamos
E sob uma outra espécie
De olhar lançado ao mundo.

E assim, Lídia, à lareira, como estando,
Deuses lares, ali na eternidade,
Como quem compõe roupas
O outrora compúnhamos

Nesse desassossego que o descanso
Nos traz às vidas quando só pensamos
Naquilo que já fomos,
E há só noite lá fora.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

a.C. e d.C.

No calendário moderno, classificamos todos os anos como a.C. (antes de Cristo) ou d.C. (depois de Cristo). Não há ano "zero" nesse sistema. O ano em que Cristo nasceu é o 1 d.C. e o ano anterior é o 1 a.C. 

Essa prática foi sugerida pela primeira vez no século VI d.C., sendo adotada pelo papa da época. No entanto, levou um bom tempo para se tornar um padrão mundial. A Rússia e a Turquia, por exemplo, não adotaram o calendário moderno e o esquema de anos até o século XX. 

Um comentário interessante: devido à variedade de mudanças e ajustes feitos no calendário durante a Idade Média, é possível que a data correta do nascimento de Jesus seja 6 a.C. e a de sua morte, 30 d.C.
Além de a.C e d.C., algumas pessoas usam "antes da era cristã" e "depois da era cristã".

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Duração

O tempo era bom? Não era
O tempo é, para sempre.
A hera da antiga era
roreja incansavelmente.

Aconteceu há mil anos?
Continua acontecendo.
Nos mais desbotados panos,
estou me lendo e relendo.

Tudo morto, na distância
que vai de alguém a si mesmo?
Vive tudo, mas sem ânsia
de estar amando e estar preso.

Pois tudo enfim se liberta
de ferros forjados no ar.
A alma sorri, já bem perto,
da raiz mesma do ser.

Carlos Drummond de Andrade, in 'As Impurezas do Branco'

Fusos horários

Todas as pessoas do planeta querem que o sol esteja no ponto mais alto do céu (cruzando o meridiano) ao meio-dia. Isso seria impossível caso só existisse um fuso horário, porque a Terra gira 15 graus a cada hora. A idéia por trás da existência de vários fusos horários é dividir o mundo em 24 pedaços de 15 graus e ajustar os relógios de acordo com cada fuso. Todas as pessoas de um determinado fuso ajustam seus relógios da mesma forma e cada fuso fica com um horário diferente do outro. 

Na porção continental dos Estados Unidos existem quatro fusos horários (clique aqui para ver o mapa - em inglês): Oriental, Central, Montanha e Pacífico. Quando é meio-dia no fuso Oriental, são 11 da manhã no Central, 10 no fuso Montanha e 9 no Pacífico. 

Todos os fusos horários são medidos a partir de um ponto central no Observatório de Greenwich, na Inglaterra. Esse ponto é conhecido como o Meridiano de Greenwich ou o Meridiano Principal (ou de origem). O tempo no Meridiano de Greenwich é conhecido como relógio de Greenwich, horário médio de Greenwich ou hora de Greenwich. O fuso horário oriental nos Estados Unidos é o horário médio de Greenwich menos cinco horas. Quando lá o relógio mostra meio-dia, são 5 horas da tarde no Observatório de Greenwich. A linha internacional de mudança de data é localizada no lado oposto do planeta, a partir do Observatório de Greenwich. 

Por que o Observatório de Greenwich é tão importante? Em uma conferência em 1884, vários astrônomos declararam que o Observatório de Greenwich é o meridiano principal. O interessante é que o observatório mudou para Sussex na década de 50, mas o local original continua sendo o meridiano principal.

Fusos do Brasil


O Brasil tem três fusos horários. A maior parte das cidades adota o mesmo horário de Brasília. Os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul marcam uma hora a menos que Brasília e o território de Fernando de Noronha, no Atlântico, uma hora a mais. Até abril de 2008, Acre, Amazonas e Pará tinham dois fuso horários, o que acabou extinto.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cortando o tempo...

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente...

Carlos Drummond de Andrade

Relógios

Qual é a duração de um dia?

É a quantidade de tempo que a Terra leva para girar uma vez em torno de seu eixo. Mas quanto tempo a Terra leva para girar? É aí que as coisas começam a ficar completamente arbitrárias, então decidiu-se padronizar alguns acréscimos.
  • Um dia consiste de 2 períodos de 12 horas, totalizando 24 horas.
  • Uma hora consiste de 60 minutos.
  • Um minuto consiste de 60 segundos.
  • Os segundos são subdivididos em um sistema decimal em "centésimos de segundo" ou "milésimos de segundo".
Esse é um jeito bem estranho de dividir um dia. Dividimos o dia na metade, as metades por doze, depois por 60, por 60 novamente e então convertemos para um sistema decimal de partes bem pequenas. Não é à toa que as crianças têm dificuldade em aprender as horas. 

Por que o dia tem 24 horas?
Ninguém sabe ao certo. No entanto, a tradição é bem antiga. Veja abaixo uma definição da Enciclopédia Britânica (em inglês).
    "O mais antigo relógio de sol conhecido é um egípcio, feito de xisto verde, construído pelo menos no século VIII a.C. Consiste de uma base reta com uma cruz elevada em uma das extremidades. A base, em que é gravada uma escala de seis divisões de tempo, é colocada na direção leste-oeste, com a cruz na extremidade leste pela manhã e na oeste à tarde. A sombra dessa cruz na base indica a hora. Relógios desse tipo ainda são usados em áreas primitivas do Egito.
Parece que os babilônios foram os primeiros a usar os seis na marcação de temoi, mas o motivo não está claro. 
 
Por que uma hora tem 60 minutos e um minuto tem 60 segundos?
Isso também não está claro. Sabe-se, no entanto, que os egípcios usavam um calendário que tinha 12 meses de 30 dias, totalizando 360 dias. Acredita-se que seja por isso que os círculos são divididos em 360 graus. Dividindo 360 por 6 se obtém 60 e 60 também é o número base no sistema matemático babilônico.

O que significa a.m. e p.m.?
Essas abreviações significam ante meridiem, antes do meio-dia, e post meridiem, depois do meio-dia, e são uma invenção romana. De acordo com Daniel Boorstin em seu livro The Discoverers (Os descobridores), essa simples divisão do dia em duas partes foi a primeira contribuição romana com relação ao tempo em um dia.
    "No final do século IV a.C., os romanos dividiam seus dias em apenas duas partes: antes do meio-dia e depois do meio-dia. Um assistente do cônsul foi escolhido para observar quando o sol cruzasse o meridiano e informar ao Fórum, uma vez que os advogados tinham de comparecer nos tribunais antes do meio-dia".
O homem moderno baseia seu tempo em segundos. Um dia é definido como 86.400 segundos e um segundo é oficialmente definido como 9.192.631.770 oscilações de um átomo de césio 133 em um relógio atômico.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Origens do tempo

O dicionário Webster (em inglês) - edição escolar/quarta edição - define tempo como:
    II. um período ou intervalo. 1: o período entre dois acontecimentos ou enquanto algo existe, acontece ou age. Intervalo medido ou mensurável
Na essência, o tempo é apenas uma ilusão. Não podemos vê-lo ou senti-lo, ele simplesmente acontece. De um ponto de vista histórico, os seres humanos inventaram uma maneira totalmente arbitrária e interessante de medir o tempo. 
 
O dia é obviamente o ponto de partida para o tempo. Um dia consiste de um período de luz solar seguido de noite. Nosso organismo está ligado a esse ciclo por meio do sono; portanto, um novo dia começa ao acordarmos pela manhã. Não importa qual seja a cultura, o conceito de dia vem de maneira óbvia e natural. 

Usamos relógios para dividir o dia em pequenas partes. Usamos calendários para juntar dias em vários grupos. Ambos os sistemas têm origens interessantes, que descobriremos no decorrer deste artigo. 

Medindo o tempoA medição do tempo é bem abrangente. Veja aqui alguns períodos, do mais curto ao mais longo.
  • 1 picossegundo (um trilionésimo de segundo) - o menor período que pode ser medido com exatidão.
  • 1 nanossegundo (um bilionésimo de segundo) - de 2 a 4 nanossegundos é o tempo que um microcomputador leva para executar uma tarefa de um programa.
  • 1 microssegundo (um milionésimo de segundo).
  • 1 milissegundo (um milésimo de segundo) - o tempo mais rápido de exposição de um filme em uma câmera fotográfica normal. Uma foto tirada em um milésimo de segundo normalmente é capaz de congelar todos os movimentos de um ser humano.
  • 1 centésimo de segundo - tempo que um relâmpago leva para acontecer.
  • 1 décimo de segundo - o piscar de um olho.
  • 1 segundo - o coração de uma pessoa normal bate uma vez a cada segundo.
  • 60 segundos - um minuto. Uma longa propaganda na TV.
  • 2 minutos - aproximadamente o tempo que uma pessoa consegue segurar a respiração.
  • 5 minutos - aproximadamente o tempo que uma pessoa fica esperando no semáforo.
  • 60 minutos - uma hora. Aproximadamente o tempo que uma empresa oferece aos seus funcionários para eles almoçarem.
  • 8 horas - um dia normal de trabalho, bem como a quantidade de horas que uma pessoa precisa dormir por noite.
  • 24 horas - um dia. A quantidade de tempo que a Terra leva para girar uma vez em torno de seu eixo.
  • 7 dias - uma semana.
  • 40 dias - aproximadamente o tempo que uma pessoa consegue sobreviver sem comida.
  • 365 dias - um ano, o tempo que o planeta Terra leva para completar uma volta ao redor do sol.
  • 10 anos - uma década.
  • 75 anos - período aproximado de vida de um ser humano.
  • 5 mil anos - período da história registrada.
  • 50 mil anos - período de existência do Homo sapiens como espécie.
  • 65 milhões de anos - período de extinção dos dinossauros.
  • 200 milhões de anos - período de existência dos mamíferos.
  • de 3,5 a 4 bilhões de anos - tempo em que a vida existe na Terra.
  • 4,5 bilhões de anos - idade do planeta Terra.
  • de 10 a 15 bilhões de anos - idade provável do universo desde o Big Bang.

O tempo

O tempo é algo que a maioria das pessoas acha natural. Dificilmente param para pensar em questões como: por que o ano tem 12 meses? Por que setembro tem 30 dias? Por que fusos horários existem? O que é o horário de verão? 

Da mesma forma que as tradições que rodeiam o Natal e o Halloween têm origens totalmente inesperadas, as tradições sobre relógios e calendários também. Neste artigo, vamos ajudar você a entender o tempo.

domingo, 19 de junho de 2011

Teorias principais

Atenção dividida (teoria do telefone celular)
Dr. Alan Brown vem tentando recriar um processo que ele acha ser similar ao déjà vu. Em estudos na Duke University e SMU, ele e a colega Elizabeth Marsh testaram a idéia da sugestão subliminar. Eles mostraram fotografias de vários locais a um grupo de estudantes, planejando perguntar a eles quais locais eram familiares. Antes de mostrar aos estudantes algumas das fotografias, eles projetaram instantaneamente as fotos na tela a velocidades subliminares (cerca de 10 a 20 milisegundos), tempo suficiente para o cérebro registrar a foto mas não suficiente para o aluno percebê-la conscientemente. Nessas experiências, as imagens que tinham sido mostradas subliminarmente foram apontadas como sendo familiares em uma proporção muito maior do que as que não tinham sido mostradas, embora os estudantes que realmente estiveram naqueles locais tenham sido tirados do estudo. Larry Jacoby e Kevin Whitehouse, da Universidade de Washington, fizeram estudos similares usando listas de palavras e tiveram resultados parecidos. 

Com base nessa idéia, Alan Brown propôs o que ele chamou de teoria do telefone celular (ou atenção dividida). Isso significa que, quando estamos distraídos com alguma outra coisa, captamos subliminarmente o que está ao nosso redor mas não registramos de modo consciente. Então, quando somos capazes de nos concentrar no que estamos fazendo, esses ambientes periféricos dão a sensação de já serem familiares para nós, mesmo quando não deveriam ser. 

Com isso em mente, é lógico entender como podemos andar por uma casa pela primeira vez, talvez ao conversar com o dono da casa e ter um déjà vu. Poderia funcionar mais ou menos assim: antes de realmente olharmos para o local, nosso cérebro já o processou visualmente e/ou através do odor ou som, de modo que, quando realmente olhamos para ele temos a sensação de que já estivemos lá antes. 

A teoria do holograma

O psiquiatra holandês Hermon Sno propôs a idéia de que as memórias são como hologramas, significando que você pode recriar a imagem tridimensional inteira a partir de qualquer fragmento do todo. Contudo, quanto menor o fragmento, mais confuso o quadro final. O déjà vu, segundo ele, acontece quando algum detalhe do ambiente onde estamos no momento (uma vista, som, odor, etc.) é similar a algum resquício de memória do nosso passado e o cérebro recria uma cena inteira a partir desse fragmento. 

Outros pesquisadores também concordam que um pequeno fragmento de familiaridade pode estar semeado, criando a sensação de déjà vu. Por exemplo, você sai para dar uma volta com um amigo em um carro antigo ano 1964 e tem uma forte sensação de déjà vu, mas não chega a lembrar (ou nem mesmo está ciente do fato) que seu avô tinha o mesmo tipo de carro, e você está lembrando de quando andou nesse carro quando era bem pequeno. O cheiro, a aparência e a textura do assento ou do painel podem trazer de volta memórias que você nem sabia que existiam. 

Processamento duplo (ou visão atrasada)
Outra teoria baseia-se no modo como nosso cérebro processa as informações novas e como ele as armazena em memórias de longo e curto prazo. Robert Efron testou uma idéia no Veterans Hospital de Boston, em 1963, que se mantém como uma teoria válida atualmente. Ele propôs que uma resposta neurológica atrasada causa o déjà vu. Como a informação entra nos centros de processamento do cérebro através de mais de uma via, é possível que ocasionalmente essa mistura de informações não ocorra em total sincronia. 

Efron descobriu que o lobo temporal do hemisfério esquerdo do cérebro é responsável por classificar as informações que chegam. Ele descobriu também que o lobo temporal recebe duplicadas essas informações, que chegam com um leve atraso (de milissegundos) entre elas: a primeira vem diretamente e a outra passa primeiro pelo hemisfério direito do cérebro. Se essa segunda transmissão tem um atraso um pouco maior, o cérebro pode classificar de modo errado essa parte da informação e fazer seu registro como sendo uma memória passada, porque ela já foi processada. Isso poderia explicar o súbito senso de familiaridade. 

"Memórias" de outras fontes
Essa teoria propõe que temos muitas memórias armazenadas que vem de diferentes aspectos da nossa vida, incluindo não apenas nossas próprias experiências mas também filmes e quadros que vimos, assim como livros que lemos. Podemos ter memórias muito fortes de fatos sobre os quais lemos ou vimos sem que realmente os tenhamos experimentado, e com o tempo essas memórias podem ser empurradas para o fundo da nossa mente. Quando vemos ou experimentamos algo muito similar a uma dessas memórias, podemos experimentar uma sensação de déjà vu. 

Por exemplo, quando era criança você pode ter visto um filme com uma cena em um restaurante ou ponto turístico famoso. Então, quando você já adulto visita o mesmo local, sem lembrar-se do filme, o local parece ser muito familiar. 

Sonhos precognitivos
Alguns pesquisadores, incluindo o cientista suíço Arthur Funkhouser, acreditam que os sonhos precognitivos são a fonte de muitas experiências de déjà vu. J.W. Dunne, um engenheiro da aeronáutica que projetava aviões na Segunda Guerra Mundial, conduziu estudos em 1939 usando estudantes da Universidade de Oxford. Seus estudos descobriram que 12,7% dos temas dos sonhos tinham similaridades com eventos futuros. Estudos recentes, incluindo um realizado por Nancy Sondow, em 1988, apresentaram resultados similares de 10%. 

Esses pesquisadores também juntaram evidências de sonhos precognitivos às experiências de déjà vu que ocorreram em algum ponto a partir daquele dia até oito anos depois. Tem-se perguntado por que as experiências propriamente ditas são normalmente de acontecimentos cotidianos banais. Uma explicação de Funkhouser é que algo mais marcante tem maior probabilidade de ser lembrado, tornando menos provável uma experiência de déjà vu. 

Embora o déjà vu venha sendo estudado como fenômeno por mais de 100 anos e os pesquisadores tenham proposto várias teorias sobre sua causa, não há uma explicação simples para o que ele significa ou por que acontece. Talvez, à medida que a tecnologia avança e aprendemos mais sobre o funcionamento do cérebro, também aprendamos mais sobre por que experimentamos esse estranho fenômeno.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estudo do déjà vu

O déjà vu é extremamente difícil de se estudar porque ocorre rapidamente, sem aviso e apenas em certas pessoas, além de não apresentar manifestações ou sintomas externos que não da pessoa dizendo: "ei, déjà vu!". Por isso, há poucas pesquisas confiáveis e nenhuma explicação definitiva. Os dados para os estudos de déjà vu dependem de descrições pessoais e lembranças. Há dois séculos as pessoas têm apresentado razões por que experimentamos déjà vu. Desde filósofos e psicólogos até especialistas paranormais, cada um tem sua própria teoria. 

Emile Boirac foi um pesquisador francês paranormal que usou pela primeira vez o termo déjà vu em seu livro "L'Avenir des Sciences Psychiques". Contudo, ele não pesquisou o fenômeno profundamente. Sigmund Freud teorizou que essas experiências resultavam de desejos reprimidos ou memórias relacionadas com um evento estressante que as pessoas não queriam mais admitir como memória regular. Os cientistas usaram essa teoria, chamada de paramnesia, para explicar o déjà vu durante boa parte do século XX. 

Ao longo dos anos, muitos cientistas ignoraram o déjà vu completamente devido à sua freqüente associação com experiências de vidas passadas, PES e abduções alienígenas. Essas associações deixaram o estudo do déjà vu um pouco estigmatizado. Recentemente, os pesquisadores deixaram de lado algumas dessas associações e começaram a colocar a tecnologia de imagens cerebrais a seu serviço. Colocando o estudo do déjà vu dentro do estudo da memória, eles esperam descobrir mais sobre como as memórias são formadas, armazenadas e recuperadas. 

Eles já determinaram que o lobo temporal médio está envolvido na nossa memória consciente. Dentro do lobo temporal médio há o giro parahipocampal, o rinencéfalo e a amígdala. John D.E. Gabrieli, da Stanford University, descobriu em 1997 que o hipocampo nos possibilita recordar os eventos conscientemente. Ele também descobriu que o giro parahipocampal nos possibilita determinar o que é familiar e o que não é (e isso sem acessar uma memória específica para o fato).

Enquanto cerca de 60% das pessoas dizem que já tiveram déjà vu, as ocorrências são mais altas em pessoas entre 15 e 25 anos de idade. A idade superior varia entre os pesquisadores, mas a maioria concorda que as experiências de déjà vu diminuem com a idade. Há também relatos de maior ocorrência entre aqueles com renda mais alta, que viajam mais e com alto nível educacional. A imaginação ativa e a habilidade de recordar sonhos também têm sido algo comum entre pessoas que relatam experiências de déjà vu. 

Alguns pesquisadores também relataram que quanto mais cansada ou estressada está a pessoa, maior a probabilidade de experimentar um déjà vu. Outros pesquisadores, contudo, descobriram exatamente o oposto. Eles relataram que quanto mais descansado e relaxado você está, maior a probabilidade de ter um déjà vu. Obviamente, ainda não se chegou a um acordo sobre muitas situações relacionadas ao déjà vu. 

Uma descoberta relatada é que a pessoa que tem a mente mais aberta ou é politicamente mais liberal, tem maior possibilidade de experimentar um déjà vu. Contudo, isso também significa que quanto mais mente-aberta você é, mais provavelmente você falará de alguma coisa que possa ser encarada como "estranha", por exemplo, o déjà vu.


A experiência déjà vu completa
Abaixo estão os nomes para alguns dos diversos modos como a experiência déjà vu se manifesta:
  • déjà entendu - já ouvido
  • déjà eprouve - já experimentado
  • déjà fait - já feito
  • déjà pense - já pensado
  • déjà raconte - já narrado
  • déjà senti - já sentido, cheirado
  • déjà su - já conhecido (intelectualmente)
  • déjà trouve - já encontrado (estado com)
  • déjà vecu - já vivido
  • déjà voulu - já desejado
Neppe (junto com o Prof. B. G. Rogers, professor de francês da Universidade de Witwatersrand), em 1981 sugeriu os seguintes termos adicionais:
  • déjà arrive - já acontecido
  • déjà connu - já conhecido (conhecimento pessoal)
  • déjà dit - já dito/falado (conteúdo da fala)
  • déjà goute - já degustado
  • déjà lu - já lido
  • déjà parle - já falado (ato da fala)
  • déjà pressenti - já sentido
  • déjà rencontre - já encontrado
  • déjà reve - já sonhado
  • déjà visite - já visitado
déjà rencontre parece mais adequado que déjà trouve para o já encontrado, porque relaciona-se especificamente com situações interpessoais.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O déjà vu

Você já entrou em uma loja pela primeira vez e teve uma sensação estranhamente familiar? Ou estava conversando com um amigo e de repente teve a sensação de já ter tido a mesma conversa antes, embora saiba que isso não ocorreu na verdade? Se você já se encontrou em alguma dessas situações, o que experimentou foi o déjà vu. De 60 a 70% das pessoas admitem ter tido essa sensação pelo menos uma vez na vida. A visão, som, sabor ou mesmo odor de alguma coisa nos faz pensar que a experimentamos antes, embora saibamos que isso não ocorreu. 

Há cerca de 40 teorias sobre o que é déjà vu e suas causas. Elas variam de reencarnação até pequenas falhas nos nossos processos de memória. Vamos explorar algumas dessas teorias para tentar esclarecer esse fenômeno pouco compreendido. 

O que é déjà vu... e o que não é

Déjà vu crônico
Recentemente, pessoas com aquilo que os pesquisadores chamam de "déjà vu crônico" estão sendo estudadas. Quatro homens do Reino Unido têm tido déjà vu constantemente. Eles se recusam a olhar para os noticiários porque têm a sensação de que já sabem o que será dito (embora não saibam realmente). Ou eles não querem ir ao médico porque têm a sensação de que já foram e não vêem razão para ir novamente.

Os pesquisadores sugerem que esses indivíduos estão tendo uma falha no lobo temporal. É como se os circuitos que são ativados quando você lembra de alguma coisa tenham ficado emperrados na posição "ligado". Isso cria memórias que não existiram realmente [ref (em inglês)].
Déjà vu é um termo francês que literalmente significa "já visto" e tem diversas variações, incluindo déjà vecu, já experimentado; déjà senti, já pensado; e déjà visite, já visitado. O cientista francês Emile Boirac, um dos primeiros a estudar esse estranho fenômeno, deu esses nomes ao assunto em 1876. 

Há muitas referências ao déjà vu que não são o déjà vu verdadeiro. Os pesquisadores têm suas próprias definições, mas geralmente o déjà vu é descrito como a sensação de se ter visto ou experimentado alguma coisa, que se sabe que não aconteceu. A utilização errada mais comum do termo parece ser com as experiências precognitivas, aquelas experiências onde alguém tem a sensação de que sabe exatamente o vai acontecer em seguida e a situação acontece. Uma distinção importante é que o déjà vu é experimentado durante um evento, não antes dele. As experiências precognitivas (se é que são reais) mostram situações que vão acontecer no futuro, não situações que você já passou. Contudo, uma teoria sobre o déjà vu lida com sonhos precognitivos que nos dão uma "sensação de déjà vu" depois. 

Alucinações causadas por enfermidades ou drogas trazem um aumento de sensibilidade e são confundidas com déjà vu. Falsas memórias produzidas pela esquizofrenia podem também ser confundidas com déjà vu. Diferentemente dos verdadeiros déjà vu, que duram normalmente de 10 a 30 segundos, essas memórias falsas podem durar muito mais tempo. 

Definir os tipos de déjà vu é algo muito incerto. Os estudiosos do assunto fazem suas próprias classificações e diferenciações, cada uma ligada a uma teoria específica sobre o que causa o déjà vu. Alan Brown, professor de psicologia da South Methodist University (SMU) e autor de "The Déjà vu Experience: Essays in Cognitive Psychology" têm três categorias para o déjà vu. Ele acredita que o déjà vu seja causado por disfunções biológicas (epilepsia, por exemplo), familiaridade implícita e percepção dividida. Em 1983, Dr. Vernon Neppe, diretor do Pacific Neuropsychiatric Institute, em Seattle, propôs quatro subcategorias de déjà vu, incluindo epilético, paranormal subjetivo, esquizofrênico e associativo

Olhando amplamente para as pesquisas e fontes disponíveis, podemos colocar as experiências de déjà vu em duas categorias, para então ver as distinções mais sutis que os pesquisadores colocaram nelas.
  • Déjà vu associativo
    O tipo mais comum de déjà vu experimentado por pessoas normais e saudáveis é de natureza associativa. Você vê, ouve, cheira ou experimenta algo que desperta uma sensação que você associa com algo já vivenciado antes. Muitos pesquisadores acham que esse tipo de déjà vu é uma experiência baseada na memória e assumem que os centros de memória do cérebro são os responsáveis por ele.
  • Déjà vu biológico
    Há também uma alta ocorrência de déjà vu entre pessoas com epilepsia do lobo temporal. Um pouco antes de ter um ataque, elas experimentam uma forte sensação de déjà vu. Isso tem dado aos pesquisadores mais confiabilidade para estudar o déjà vu e eles têm sido capazes de identificar as áreas do cérebro onde esses tipos de sinais de déjà vu se originam. Contudo, alguns pesquisadores dizem que esse tipo de déjà vu é distintamente diferente do déjà vu comum. A pessoa que o experimenta pode acreditar que já passou exatamente por aquela situação, ao invés de ter apenas uma breve sensação do fato.
O déjà vu ocorre com alguma previsibilidade em distúrbios psiquiátricos importantes como a ansiedade, depressão, distúrbios dissociativos e esquizofrenia.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que as lendas significam?

Na Internet e nas universidades de todo o mundo, você encontrará muitas pessoas interessadas no papel que as lendas urbanas desempenham na sociedade moderna. Muitos folcloristas argumentam que as lendas mais pavorosas incorporam os medos básicos do ser humano que servem de alerta ou lição de moral para que possamos nos proteger do perigo. 

A mais famosa lenda desse tipo é o conto "assassino da mão-de-gancho". Nessa história, um jovem casal de namorados estaciona o carro em um lugar remoto. Pelo rádio eles ouvem que um psicopata com uma mão-de-gancho fugiu de uma instituição de doentes mentais. A garota quer ir embora, mas o namorado insiste que não há porque se preocupar. Após algum tempo ela tem a impressão de ter ouvido alguém arranhando ou batendo levemente do lado de fora do carro. O namorado garante que não é nada, mas como ela insiste, eles vão embora. Quando chegam à casa dela, o namorado salta para abrir a porta do carona. Com horror, descobre um gancho ensangüentado pendurado na maçaneta.

O alerta e a lição de moral desta história são claros: não saia de casa sozinho nem tenha relações íntimas antes do casamento. Se tiver, algo horrível poderá acontecer. Quando este conto circulou pela primeira vez nos anos 50, os estacionamentos eram um fenômeno relativamente novo e os pais ficavam assustados com o que poderia acontecer aos seus filhos. Nos dias de hoje, muitas das pessoas que contam esta história não a levam muito a sério. Assim como o conto do caroneiro desaparecido (em inglês), ele evoluiu de lenda urbana para uma "história de fantasmas" e foi sendo transmitido como diversão e não como fato. 

Revelações

Sinais de que a história que você está ouvindo é uma (falsa) lenda urbana:
  • aconteceu a um amigo de um amigo e não àquele que conta;
  • há muitas variações;
  • o tópico principal é o que está sempre presente no noticiário ou nas fofocas das pessoas: morte, sexo, crime, contaminação, tecnologia, estereótipos étnicos, celebridades, horror ou culpa do sistema;
  • contém um alerta ou lição de moral de algum tipo;
  • é esquisito demais ou muito bom para ser verdade.
À medida que a violência das gangues foi crescendo na década de 90, os alertas focalizaram mais os grupos criminosos ao invés de malucos solitários. Em muitas cidades nos Estados Unidos, cidadãos preocupados espalharam a notícia sobre um rito de iniciação na gangue no qual os membros do grupo dirigem à noite com os faróis apagados. Quando um outro motorista pisca seus faróis para sinalizar o fato, a gangue o persegue e mata. Até pessoas que não acreditam nisso podem pecar por excesso de precaução. Afinal, com tanta violência por aí, por que se arriscar? 

A ousadia das histórias sobre a contaminação dos alimentos é uma seqüência lógica do modo como os americanos comem. Mais do que nunca, somos alimentados por corporações sem rosto e funcionários sem nome. Estamos cientes que confiamos demais em pessoas sobre as quais nada sabemos e este medo acaba se refletindo nas lendas urbanas. Como regra geral, se a lenda falar sobre aquilo que muitas pessoas têm medo, ela vai se espalhar como fogo. As lendas também expressam algo sobre o indivíduo que crê nelas. Você tende a acreditar e transmitir lendas que têm alguma ressonância com seus medos ou experiências pessoais. 

Deste modo, as lendas proporcionam uma visão mais profunda às culturas que as criam. As lendas evoluem na mesma proporção das culturas; novos assuntos e variações surgem a todo momento.
As pessoas não falavam sobre "lendas urbanas" antes da década de 30 e 40, mas elas existem há milhares de anos. As lendas urbanas são simplesmente a versão moderna do folclore tradicional. Em muitas culturas, o folclore sempre existiu paralelamente ou em substituição à história do lugar. Onde a história é devidamente registrada com riqueza de detalhes, o folclore é caracterizado pela "tradição oral", que é a transmissão verbal das histórias. 

sábado, 11 de junho de 2011

Amigo do amigo

Lendas urbanas são histórias incomuns, engraçadas ou chocantes que são transmitidas de uma pessoa a outra como sendo absolutamente verdadeiras. O mais notável é que muitas pessoas acreditam e passam adiante. O que há nelas que faz com que as pessoas queiram espalhá-las?

Uma boa parte se deve aos aspectos específicos da história. Como vimos na seção anterior, muitas lendas urbanas tratam de crimes perversos, alimentos contaminados ou várias ocorrências que poderiam afetar muitas pessoas se fossem verdadeiras. Se ouvimos uma história dessas e acreditamos nela, nos sentimos obrigados a avisar os amigos e a família. 

Uma pessoa pode transmitir informações que não são de advertência simplesmente porque acha engraçado ou interessante. Quando ouvimos a história pela primeira vez, ficamos espantados, imaginando como uma coisa dessas pode ter acontecido. Quando uma lenda é bem contada, ela prenderá sua atenção. Faz parte da natureza humana querer espalhar este sentimento aos outros e ser aquele a quem todos esperam para saber o desfecho da história. Mesmo se soubermos que se trata de um boato, ainda podemos ficar tentados a personalizar o conto ao dizermos que aconteceu a um amigo. Na verdade, as pessoas gostam mesmo é de contar uma boa história. 

Mas, porque então o público leva isto tão a sério ao invés de reconhecer que se trata de um boato ou um rumor infundado? Na maioria dos casos, depende de como a história é contada. Se uma amiga (vamos chamá-la Jane) lhe conta uma lenda urbana, há chances de que aquilo tenha acontecido com um amigo de alguém que ela conheça. Você acha que Jane está falando a verdade e que ela acreditou na pessoa que lhe contou. Isto se parece mais com informação de segunda mão e você irá tratá-la como tal. Por que Jane iria mentir? 

É claro, Jane não está mentindo nem o seu amigo, simplesmente, ambos acreditam no que foi contado. No entanto, eles provavelmente estão abreviando e você talvez fará o mesmo ao passá-la adiante. Assim, o evento ocorreu com o amigo de um dos amigos dos seus amigos, mas para simplificar você provavelmente dirá que aconteceu ao amigo de Jane ou até à própria Jane. Desta forma, cada pessoa que transmite o caso deixa a impressão de que ele está somente duas pessoas adiante dos personagens da história, quando na realidade, há, provavelmente, centenas de pessoas entre eles. 

A origem das lendas urbanas pode ser atribuída a uma variedade de fatores. No caso das tatuagens revestidas de LSD, a provável origem foi uma interpretação errônea de uma ocorrência real. Enquanto há poucas evidências de adesivos de LSD sendo distribuídos às crianças, é uma prática comum dos traficantes venderem ácido em pequenos pedaços de mata-borrão que eles marcam com um personagem de desenho animado como sua marca registrada. Podemos apostar que alguém leu sobre estas "pastilhas de ácido" ou viu uma foto delas e pensou que fossem tatuagens para crianças. 

Não está claro quem começou a história do roubo de órgãos de Las Vegas. Provavelmente, foi alguém pregando uma peça num amigo. Mas sabemos de algo que pode explicar como esta lenda se espalhou. O escritor do show Law and Order (Lei e Ordem) ouviu essa história em algum lugar e a transformou em um episódio. O programa é bem conhecido por contos "arrancadas das manchetes", então muitos espectadores podem ter tido a impressão de que o episódio descreveu um fato real. 

Geralmente, a cultura popular e as lendas urbanas andam juntas. Antigas lendas acabam como tramas de filmes e elementos fictícios do cinema que circulam como contos da vida real. No último caso, alguém pode dar início a uma lenda porque é mais emocionante dizer que um evento realmente aconteceu ao invés de contar que passou no cinema. Ou talvez a pessoa simplesmente esqueceu onde de fato ouviu a história.
Muitas pessoas acreditam que uma lenda urbana deve ser verdadeira porque foi assunto de reportagem de jornal ou de outra "fonte oficial". A insistência das histórias de Halloween (lâminas em maçãs, agulhas em balas) é um exemplo disso. Não existem casos documentados de contaminação de balas de Halloween, mas a mídia e a polícia emitem advertências ano após ano. Jornalistas, policiais e outras autoridades às vezes erram e a maioria deles admite isso abertamente. Não há fonte de informações infalível. 

Qualquer pessoa pode ser enganada ao acreditar numa lenda urbana, pois poucas pessoas desconfiam de tudo e de todos. A maioria de nós não investiga nada do que ouve; devido à eficiência do informante, aceitamos quase tudo como sendo verdadeiras. Sob o ponto de vista psicológico, necessitamos confiar nas pessoas pela sensação de conforto que isso nos traz.  

Em muitos casos, esta confiança é tão grande que a pessoa irá insistir que a lenda realmente aconteceu mesmo quando confrontada com evidências do contrário. Os sites de lendas urbanas tais como Snopes.com (em inglês) recebem muitos e-mails de leitores que se sentem ultrajados pois o site chama o seu amigo de mentiroso. 

Uma outra razão de as histórias serem passadas adiante é porque os seus detalhes as fazem parecer verdadeiras. Você deve ter ouvido relatos sobre crianças que foram raptadas de um lugar específico da loja de departamentos ou sobre as várias iniciações das gangues (adiante falaremos mais sobre isso) que ocorreram em um determinado lugar da sua cidade. Uma vez que o contexto é familiar e o lugar é verdadeiro, a história parece real. Este nível de detalhamento também influi nos seus próprios medos e ansiedades sobre o que poderia lhe acontecer nos lugares que visita regularmente. 

As lendas urbanas são difundidas em culturas por todo o mundo. Nas diferentes regiões, os elementos já conhecidos como terror, humor e estado de alerta aparecem mais uma vez apesar dos assuntos específicos variarem. Na próxima seção, iremos explorar o significado das lendas urbanas para encontrarmos o que estes insistentes assuntos podem nos dizer sobre a sociedade em que vivemos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lendas urbanas

Em 1994, a polícia de Las Vegas relatou uma preocupante série de crimes ocorridos na área.

A primeira vítima foi um homem de Ohio que estava na cidade para um congresso de vendas. No bar do hotel, o homem iniciou uma conversa com uma atraente mulher. Segundo ele, os dois ficaram conversando e tomaram alguns drinks no decorrer de umas duas horas. Em algum momento, o homem apagou e quando voltou a si, ele se viu deitado numa banheira de hotel coberto de gelo. Ao lado, no chão, havia um telefone e um bilhete dizendo "Ligue para o 911 senão você vai morrer". Ele chamou uma ambulância e foi levado às pressas ao hospital, onde os médicos o informaram de que tinha passado por uma grande cirurgia. Um de seus rins foi removido, aparentemente por uma gangue que vende órgãos humanos no mercado negro. Após esta ocorrência, muitos crimes similares foram relatados, fazendo com que a polícia de Las Vegas emitisse avisos aos turistas. 


Há uma boa probabilidade de você ter escutado esta história ou alguma variação dela. As notícias sobre os "ceifadores de órgãos" de Las Vegas passaram por milhares e milhares de pessoas no decorrer de dez anos. Foi repetida de boca em boca, por e-mail e até mesmo através de folhetos impressos. Mas não há absolutamente nenhuma evidência que alguma coisa desse tipo tenha ocorrido em Las Vegas ou em qualquer outro lugar. Esta história fictícia é essencialmente uma lenda urbana, um incrível conto passado de uma pessoa a outra como sendo verdadeiro. 

Neste artigo vamos conhecer as lendas urbanas e saber como são, de onde vêm e porque se propagam tão rapidamente. Também iremos explorar algumas idéias referentes ao seu significado social e ver como as histórias se modificam no decorrer dos anos. 

De modo geral, uma lenda urbana é qualquer história fictícia da atualidade, dita como verdadeira, que alcança um público muito grande ao ser passada de uma pessoa a outra. Muitas foram inspiradas em um evento real, mas evoluíram ao serem transmitidas verbalmente. Não é possível rastrear uma lenda para descobrir a sua origem: elas parecem ter vindo de lugar nenhum. 


Lenda ou falta de informação?

Os folcloristas apresentaram diversas definições para as lendas urbanas. Para muitos, uma lenda é uma história com personagens e alguma trama. Já outros atribuem às lendas as informações falsas amplamente divulgadas. Por exemplo, uma crença errônea de que você irá automaticamente concluir a faculdade em um semestre se o seu companheiro de quarto se matar é geralmente considerado uma lenda urbana.
Mesmo que estes "fatos" nem sempre possuam as características narrativas de uma lenda típica, são passados de uma pessoa para outra e geralmente possuem os elementos: alerta, terror ou humor nos contos. Lendas urbanas específicas podem ser propagadas tanto como fato ou como história. Por exemplo, alguém poderia lhe dizer que há jacarés gigantes no esgoto de Nova York ou poderia lhe contar sobre um grupo de garotos que tropeçou num destes animais.
As lendas urbanas estão em todo lugar, mas há alguns aspectos que se repetem. Normalmente, as lendas se caracterizam pela combinação de humor, terror, alerta, embaraço, moralidade ou apelo à empatia. Geralmente têm um enredo imprevisível, mas verossímil o suficiente para ser considerado verdadeiro. 
 
Na história dos ceifadores de órgãos, você pode observar como estes elementos se juntam. O aspecto mais extraordinário é a sensação de terror: a imagem do homem que ao acordar se vê deitado numa banheira cheia de gelo com um rim a menos é realmente lúgubre. Mas o gancho real é o alerta. De tempos em tempos, muitas pessoas viajam para cidades desconhecidas e Las Vegas é um dos pontos turísticos mais populares do mundo. Esta história também traz uma lição de moral: a de que o executivo acabou numa situação desagradável, depois de tomar uns drinques no bar e flertar com uma mulher misteriosa. 

Isto é chamado de conto preventivo. Uma outra variante que surgiu recentemente numa torrente de reportagens é a história da contaminação por fluidos do corpo humano encontrados numa comida de restaurante. O que mais se espalhou foi o rumor da presença de ratos e camundongos em garrafas de refrigerante e outros alimentos pré-embalados. 

Há também muitas histórias de contaminação que têm a ver com a injeção de drogas não intencional. Uma lenda particularmente difundida relata que os traficantes de drogas estavam revestindo tatuagens temporárias com LSD. Eles fornecem estas tatuagens às crianças que as aplicam e assim absorvem a droga através da pele. Supostamente, esta seria uma maneira de fazer com que as crianças ficassem viciadas em LSD e se tornassem clientes habituais. Embora repetidos anúncios públicos afirmem que esta história não é verdadeira, pessoas preocupadas continuam a advertir sobre estas tatuagens, colocando avisos em delegacias policiais, escolas e outros locais públicos. 

Nem todas as lendas urbanas possuem aspectos tão mórbidos e pesados. Muitas delas não têm nenhum elemento preventivo ou moral. São simplesmente histórias engraçadas ou piadas comuns contadas como se realmente tivessem acontecido. Uma delas relata que um homem fez um seguro da sua valiosa caixa de charutos, fumou todos eles e depois tentou receber o seguro alegando que foram danificados num incêndio. Um outro conto fala sobre o motorista bêbado que foi parado pela polícia. 

O policial manda o homem sair do carro para um teste de sobriedade. Mas quando o teste está para começar, um outro carro cai numa vala. O policial corre para ajudar o outro motorista e o homem bêbado aproveita a oportunidade para fugir. Quando chega em casa, ele rapidamente adormece no sofá. De manhã, ele ouve batidas na sua porta, abre e encontra o mesmo policial da noite anterior. O homem jura que estava em casa a noite toda até que o policial pede para olhar a sua garagem. Quando abre o portão, ele fica chocado ao ver o carro do policial estacionado lá ao invés do seu próprio.

Esta história sobre o carro policial se espalhou pelo mundo de formas diferentes. Foi até assunto de um filme "Gênio Indomável", onde um dos personagens diz que isto aconteceu com um de seus amigos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sou Politicamente Incorreto...

Sou chato e sem graça. Mesmo sendo chato e sem graça acabo me saindo melhor do que muito palhaço por aí. Talvez seja porque os comediantes felizes não tem a menor graça. Os bons mesmo são os descontentes e atormentados, para quem a comédia é um meio de reorganizar a insignificância, a crueldade e a tolice desse mundo...
 
...Não fumo, não bebo e nem uso drogas. Nesse mundo de inversões de valores eu sou considerado Politicamente Incorreto...

...Não tento ser quem não sou. Não escondo de ninguém que sou um merda. Nesse mundo de aparências e máscaras eu sou Politicamente Incorreto...

...Não omito o que penso ou que acho. Nesse mundo de médias e mentiras eu sou Politicamente Incorreto...

...Tudo que tenho é o meu pensamento. Nesse mundo, onde uma bunda vale mais do que mil cérebros, eu sou Politicamente Incorreto...

...Não farei nada para que você pense que eu sou quem você gostaria que eu fosse. Nesse mundo, onde cada um quer ser Politicamente Correto dentro de sua tribo, eu sou Politicamente Incorreto, pois nem tribo eu tenho...

... Nunca votem em mim para nada. Sou Politicamente Incorreto...

terça-feira, 7 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

No frio, tem coisa melhor que:

Passear no parque 

Toda cidade tem um parque. Dias de sol mas com um friozinho gostoso são ótimos para um passeio ao ar livre, um piquenique ou só ficar admirando a paisagem.


Chocolate quente 

Achamos uma receita de dar água na boca...

Ingredientes:
1 litro de leite desnatado
1 lata de leite condensado
4 colheres de sopa de chocolate em pó
2 colheres de sopa de amido de milho
canela em pó para polvilhar
Modo de preparo:
Bater todos os ingredientes no liquidificador ( menos a canela).
Levar ao fogo em temperatura média até o líquido ferver engrossar.
Servir em xícaras, polvilhar com canela.
Para um sabor especial pode se colocar chantily sobre a xícara de chocolate.

Cobertores 

Cobertores (insira aqui _________________ o complemento de sua preferência – felpudo, de orelha, para os pés frios, etc, etc.) 


Ir ao cinema / Ver filme em casa – COM PIPOCA

Ok. Isso é bom em todas as estações, mas o melhor é ficar vendo filme embaixo das cobertas. De preferência muito bem acompanhado (a), vamos combinar, né? C/ Doritos então...vixi!!!

Ler blogs

Você se atualiza de tudo o que acontece, pode encontrar assuntos bem específicos e ainda interage. Se tiver um notebook melhor ainda. Pode fazer tudo isso embaixo das cobertas.

Agora não poderíamos deixar de dar a nossa deixa 
Se quiser mais alguns interessantes no lado esquerdo da página tem alguns os quais compartilho com vocês... 


Mais elegante

Inverno é uma estação charmosa, não só pelo clima e a paisagem, as pessoas se vestem melhor. Então aproveite para ficar mais elegante...#dica





 
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