terça-feira, 29 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Custe o que custar, uma ova!
Muito bom texto da Dafne Sampaio... vale a leitura...
site Yahoo
Lembro
como se fosse ontem: 17 de março de 2008. Já passava das 22h quando
nossos olhos se cruzaram pela primeira vez. Foi amor à primeira vista,
pode acreditar. Eu vinha de uma série de relações breves, não conseguia
me deixar levar por ninguém, e quando você apareceu... nossa, era o
programa de humor, na televisão aberta, que estava esperando por toda
minha vida (mentira, vivi um lance muito forte com a TV Pirata, mas sabe
como são essas coisas do coração, né?).
Um humor corrosivo e de cara limpa, sem o apoio de bordões, de olho na pompa ridícula de políticos e celebridades, além de um pé no jornalismo no quadro sobre os desperdícios e desmandos do poder público. Ah, CQC, como eu te amei! Tanto sua bancada de três cabeças-línguas quanto seus comediantes-repórteres, cada um a seu jeito.
Um humor corrosivo e de cara limpa, sem o apoio de bordões, de olho na pompa ridícula de políticos e celebridades, além de um pé no jornalismo no quadro sobre os desperdícios e desmandos do poder público. Ah, CQC, como eu te amei! Tanto sua bancada de três cabeças-línguas quanto seus comediantes-repórteres, cada um a seu jeito.
Foi um ano lindo,
lua de mel e amendoim todas às segundas, e era gostoso a gente se
encontrar, a risada rolava fácil, assunto não faltava. Então encontrei,
exatamente nessa época, sua cabeça mais brilhante e fiquei encantado. Na
entrevista que deu origem à matéria “Entende o mundo quem ri melhor”,
Tas me disse coisas como: “Nós não podemos fazer o que estamos
criticando, ou seja, denúncias vazias, explorar fatos de uma maneira
exagerada, fazer perguntas que não são pertinentes. (...) Não queremos
virar os justiceiros ou a patrulha da moral e dos bons costumes”. Eu,
cego de paixão, acreditei.
O primeiro ano se passou, a segunda temporada entrou no ar e segui fiel. Algumas coisinhas começaram a me incomodar, mas achei que era implicância, imaturidade minha. Qual o problema de cada matéria vir precedida por um comercial interminável e engraçadinho com os próprios integrantes do programa? Que mal há em cortar a resposta do entrevistado deixando na edição final apenas a pergunta-polêmica do repórter? De qualquer forma, comecei a perder um episódio ou outro. Vejo depois na internet, dizia para os meus botões, sem querer aceitar que a gente estava se distanciando.
O primeiro ano se passou, a segunda temporada entrou no ar e segui fiel. Algumas coisinhas começaram a me incomodar, mas achei que era implicância, imaturidade minha. Qual o problema de cada matéria vir precedida por um comercial interminável e engraçadinho com os próprios integrantes do programa? Que mal há em cortar a resposta do entrevistado deixando na edição final apenas a pergunta-polêmica do repórter? De qualquer forma, comecei a perder um episódio ou outro. Vejo depois na internet, dizia para os meus botões, sem querer aceitar que a gente estava se distanciando.
Aí,
na terceira temporada em 2010, a coisa desandou de vez. Não adiantou
colocar uma mulher entre os repórteres, quadros novos também não
resolveram. A gente deixou de falar a mesma língua, simples assim, só
que de vez em quando contemporizava: afirmando que o problema era
comigo, não com você. Bobagem, o problema era com você sim.
Desacreditar políticos com piadas é a coisa mais fácil do mundo e garante repercussão entre cidadãos preguiçosos que acham que esse pessoal de Brasília é tudo igual. Bancar o machão com um assistente de subsecretário de cidade interior é sopinha no mel. Quero ver fazer piadas com empresas que patrocinam o programa (isso acontece com muita frequência nos Estados Unidos), quero ver um Proteste Já com o setor privado.
Para onde foi aquela acidez de tempos passados que puxava o tapete das celebridades, globais ou não? Quando todos ficaram famosos demais a ponto de tudo virar uma suruba de rasgações de seda?
Desacreditar políticos com piadas é a coisa mais fácil do mundo e garante repercussão entre cidadãos preguiçosos que acham que esse pessoal de Brasília é tudo igual. Bancar o machão com um assistente de subsecretário de cidade interior é sopinha no mel. Quero ver fazer piadas com empresas que patrocinam o programa (isso acontece com muita frequência nos Estados Unidos), quero ver um Proteste Já com o setor privado.
Para onde foi aquela acidez de tempos passados que puxava o tapete das celebridades, globais ou não? Quando todos ficaram famosos demais a ponto de tudo virar uma suruba de rasgações de seda?
Na
época da eleição, então, a coisa piorou ainda mais. Marcelo Tas, o
saudoso e espirituoso Ernesto Varela, foi mostrando facetas
autoritárias, preconceituosas e parciais, tanto na TV quanto no twitter
(‘para os meus amigos, babações de ovo ou o silêncio cúmplice; para os
inimigos, a piadinha rasteira e a polêmica fogo de palha’). Só sei que
meu coração se quebrou em mil pedacinhos e que minha mulher não quis
recolhê-los porque disse que já tinha me avisado inúmeras vezes.
Segunda
agora, anteontem, resolvi dar uma olhada no que estava acontecendo.
Fazia um bom tempo que não assistia a um programa inteiro. Às vezes
fugia de propósito, mas noutras esquecia completa e sinceramente. Sabia
que as coisas por aí não andavam bem – audiência caindo, brigas
internas, expulsão de um dos integrantes –, mas procurei assistir com
amor no coração, respeitando a nossa história, saca? Não adiantou. Tudo
estava diferente, sem graça, arrastado e moralmente flácido. Pensei que
ficaria triste, tantos talentos se queimando desperdiçados, mas não
senti nada. Nadinha. Um pouquinho de felicidade talvez, afinal agora
poderia partir para outra de coração leve.
E que o último a sair por aí
apague a luz...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Evitando a Lei de Murphy
Enquanto a maioria de nós gosta da Lei de Murphy
pela capacidade de explicar nosso senso de impotência em certos casos,
outros enxergam a lei como uma ferramenta. Pelo menos uma pessoa a vê
como uma equação matemática que pode prever as chances de processos
darem errado. Joel Pel, engenheiro biológico da University of British Columbia (em inglês), criou uma fórmula que prevê a ocorrência da Lei de Murphy.
A fórmula usa uma constante igual a um, um fator
inconstante e algumas variáveis. Nesta fórmula, Pel usa a importância do
evento (I), a complexidade do sistema envolvido (C), a urgência da
necessidade de o sistema funcionar (U) e a frequência com que o sistema é
usado (F).
Em um ensaio escrito para a revista Science
Creative Quarterly, Pel usa o exemplo de prever a ocorrência da Lei de
Murphy quando um motorista precisa dirigir seu Toyota Tercel (em inglês) em um trajeto de aproximadamente 100 km até sua casa debaixo de uma tempestade sem que a embreagem
quebre. Usando a Equação de Murphy, Pel chegou a uma resposta igual a
1, o que significa que a embreagem do Tercel com certeza vai quebrar em
uma tempestade. Apesar de todos que conhecem um Tercel esperarem que
isso aconteça, é um certo consolo saber que isso pode ser previsto
matematicamente [fonte: Science Creative Quarterly (em inglês)].
A Lei de Murphy lembra aos engenheiros, programadores de computador
(em inglês) e cientistas uma verdade muito simples: sistemas falham. Em
alguns casos, a falha de um sistema significa que o experimento deve
ser repetido. Em outros casos, o resultado de uma falha pode custar
muito mais caro.
A NASA
sabe disso. A agência espacial já teve inúmeras falhas e, apesar de o
número ser proporcionalmente pequeno em relação ao seu sucesso, as
falhas geralmente custam muito caro. Ironicamente, no caso de uma nave
não tripulada em órbita, um conjunto de sensores tinha duas maneiras de
ser conectado e - exatamente como aconteceu no teste Gee Whiz de Murphy -
todos os sensores foram conectados de maneira incorreta. Quando os
sensores não funcionaram como havia sido projetado, os pára-quedas, cujo
propósito era diminuir a velocidade da nave não abriram, e a nave se
estraçalhou no meio do deserto [fonte: MSNBC (em inglês)].
São exemplos como esse, junto com a consciência da Lei de Murphy, que levaram designers a instalar dispositivos de segurança.
Há vários exemplos desses equipamentos à nossa volta. Alguns são
sistemas que usam escolhas limitadas para reduzir erros, como pinos de
tamanhos diferentes em um plugue elétrico. Outros são mecanismos que
evitam que as coisas passem de ruim para pior em caso de falha, como as
máquinas de cortar grama que têm alavancas que precisam ser pressionadas
para a máquina funcionar. Se a pessoa que opera a máquina soltar a
alavanca, o cortador pára de funcionar.
Dispositivos de segurança também são conhecidos
como "à prova de idiotas". Mas a Lei de Murphy tende a entrar em ação,
mesmo quando todo cuidado foi tomado para garantir que falhas ou
catástrofes não aconteçam. Isso nos leva à última lei relacionada à Lei
de Murphy que mencionaremos: a Lei de Grave, que diz que "se você faz
algo à prova de idiotas, o mundo criará um idiota melhor".
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O fatalismo e o apelo da Lei de Murphy
Vince Bucci/AFP/Getty Images Fatalismo? Uma piscina intocada é tudo o que resta depois que uma em Laguna Beach, na Califórnia. |
Então por que a Lei de Murphy é um conceito tão
universal? Afinal, quando chegamos perto de uma tomada com um plugue de
dois pinos projetado
para encaixar de um jeito só, temos uma chance de 50% de encaixarmos do
jeito certo. Por outro lado, também temos 50% de chance de encaixar
errado. Talvez a melhor explicação para a nossa atração pela Lei de
Murphy seja um senso latente de fatalismo.
Fatalismo é a idéia de que somos
todos impotentes diante dos caprichos do destino. Essa idéia diz que as
coisas que acontecem para nós são inevitáveis, como, por exemplo, aquele
joelho ralado. É a idéia de que há uma certa lei universal em ação que
gosta de brincar conosco.
O fatalismo contradiz outro conceito - o livre
arbítrio. Essa é a idéia de que os homens possuem liberdade de escolha e
que todas as nossas escolhas e as conseqüências que vêm com elas são de
nossa responsabilidade.
Talvez nossa conexão com a Lei de Murphy seja o
resultado do choque entre o livre arbítrio e o fatalismo. Por um lado, a
Lei de Murphy nos revela nossa própria e inegável estupidez. Se
tivermos a chance de fazer alguma coisa errada, faremos errado metade
das vezes. Mas isto vem de nossas próprias escolhas. Por outro lado, a
Lei de Murphy também nos revela nossa falta de controle, como no caso em
que parece que sempre ficamos presos na faixa que não anda no trânsito.
A Lei de Murphy e a Lei da Entropia
Na verdade, a Lei de
Murphy é sustentada por uma lei natural aceita: a entropia. Essa lei é
usada com mais freqüência no estudo da termodinâmica - a maneira como a
energia muda de uma forma para outra - e diz que, no universo, os
sistemas tendem a acabar em desordem e confusão. A entropia, também
conhecida como a segunda lei da termodinâmica, sustenta a afirmação da Lei de Murphy que diz que o que pode dar errado vai dar errado.
|
A Lei de Murphy não prova nada, não explica nada.
Simplesmente expressa uma máxima: que as coisas vão dar errado. Mas nós
esquecemos de que há outras forças em ação quando falamos da Lei de
Murphy. Supostamente, foi o escritor Rudyard Kipling quem disse que não
interessa quantas vezes você derruba uma fatia de pão no chão pois
ela sempre cai com a manteiga para baixo. Kipling, autor de "O Livro da
Selva" entre outros, fez uma observação que a maioria de nós sabe: a
vida é difícil, quase ao ponto de ser engraçada.
Mas quanto à fatia de pão com manteiga, devemos
levar em conta o fato de que um lado está mais pesado que o outro.
Significa que no seu caminho até o chão, o lado mais pesado vai virar
para baixo graças à gravidade,
e não vai virar para cima de volta justamente por causa da gravidade.
Afinal o lado da manteiga é mais pesado do que o lado sem manteiga.
Então Kipling estava certo - uma fatia de pão com manteiga vai sempre
cair com a manteiga para baixo.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Outras verdades universais
Apesar de a Lei de Murphy abordar muito bem o lado
negativo e saturado das coisas, ela não se sustenta por si só. Desde sua
popularização após os testes com o trenó-foguete na Base da Força Aérea de Edwards, observadores espertos criaram suas próprias leis.
Luis Enrique Ascui/Getty Images O escritor de ficção científica Arthur C. Clarke criou |
Algumas ficaram famosas, como o Princípio de Peter,
que diz que todas as pessoas um dia serão inevitavelmente promovidas a
seu nível de incompetência, ou o comentário de O'Toole sobre a Lei de
Murphy, argumentando que Murphy era um otimista. Há milhares de regras,
leis, princípios e observações que foram criadas a partir da Lei de
Murphy. Algumas são engraçadas, outras são sábias e outras ainda são
legais. Algumas são observações antigas, consagradas.
- Observação de Etorre - a outra faixa sempre anda mais rápido.
- Distinção de Barth - há dois tipos de pessoas: as que dividem as pessoas em tipos e as que não o fazem.
- Leide Acton - o poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente.
- Lei de Boob - o que você perdeu está sempre no último lugar em que você procura.
- Terceira Lei de Clarke - qualquer sociedade suficientemente avançada é indistinguível de mágica.
- Regra de Franklin - abençoado seja aquele que nada espera, pois não se desapontará.
- Lei de Issawi do Caminho do Progresso - um atalho é a maior distância entre dois pontos.
- Lei de Mencken - quem pode, faz. Quem não pode, ensina.
- Lei de Patton - um projeto bom hoje é melhor que um projeto perfeito amanhã.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Capitão Edward A. Murphy Jr.
Acredite ou não, Murphy existiu e morou nos Estados Unidos até sua morte em 1990. O capitão Edward A. Murphy Jr. era engenheiro da Força Aérea. Apesar de ter participado de outros testes de design de engenharia nas suas carreiras civil e militar, foi um teste do qual ele participou - quase por acaso - que deu origem à Lei de Murphy.
Imagem cedida por Base da Força aérea de Edwards Coronel John Paul Stapp a bordo do foguete-trenó |
Em 1949, na Base da Força Aérea de Edwards na
Califórnia, oficiais conduziam os testes do projeto MX981 para
determinar de uma vez por todas quantos Gs (a força da gravidade) um ser humano poderia suportar. Eles acreditavam que suas descobertas poderiam ser aplicadas a futuros designs de aviões.
A equipe usou um trenó foguete chamado "Gee Whiz" para simular a força de uma colisão
aérea. O trenó andou a mais de 320 km/h em um trilho de 800 metros,
chegando a uma brusca parada em menos de um segundo. O problema era que,
para descobrir quanta força uma pessoa aguentaria, a equipe precisava
de uma pessoa de verdade para fazer o experimento. É aí que entra o
coronel John Paul Stapp. Stapp foi um físico de carreira da Força Aérea e
se ofereceu para dar uma volta no trenó-foguete. Durante vários meses,
Stapp andou várias vezes no aparelho e cada volta era uma tortura
física. Ele acabou com ossos quebrados, concussões e vasos sanguíneos rompidos nos olhos, tudo em nome da ciência [fonte: Spark (em inglês)].
Murphy frequentou um desses testes, levando um
presente: um conjunto de sensores que poderiam ser presos às cintas que
prendiam Stapp ao trenó-foguete. Os sensores eram capazes de medir a
quantidade exata de força G aplicada quando o trenó-foguete fazia a
parada súbita, tornando os dados mais confiáveis.
Há várias histórias sobre o que aconteceu naquele
dia e sobre quem contribuiu com o quê para a criação da Lei de Murphy,
mas o que segue está bem próximo do que aconteceu realmente.
O primeiro teste depois que Murphy prendeu seus
sensores nas cintas produziu uma leitura igual a zero - todos os
sensores haviam sido conectados de forma incorreta. Para cada sensor,
havia duas maneiras de fazer a conexão e cada um deles foi instalado de
maneira incorreta.
Quando Murphy descobriu o erro, resmungou alguma
coisa sobre o técnico, que foi supostamente responsabilizado pelo
estrago. Murphy disse algo como "se há duas formas de fazer alguma coisa
e uma delas vai resultar em um desastre, é assim que ele vai fazer"
[fonte: Pesquisas Improváveis (em inglês)].
Pouco tempo depois, Murphy voltou para o Aeroporto
Wright, sua base. Mas Stapp, conhecido por seu senso de humor e
perspicácia, reconheceu a universalidade do que Murphy havia dito e em
uma coletiva de imprensa disse que a segurança da equipe do trenó
foguete deveu-se à Lei de Murphy. Ele disse à imprensa que a Lei
significava que "Tudo que pode dar errado dá errado" [fonte: The Jargon File (em inglês)].
Bastou isso. A Lei de Murphy começou a aparecer em
publicações aeroespaciais e, logo depois, caiu na cultura popular tendo
inclusive sido transformada em livro nos anos 70.
domingo, 13 de novembro de 2011
Lei de Murphy
Você está preso em um congestionamento
gigantesco e está louco para chegar em casa, mas para seu desânimo,
percebe que todas as outras faixas parecem estar andando, menos a sua.
Você muda de faixa, mas assim que passa para outra faixa, os carros
param. Com o carro parado, você nota que todas as faixas (incluindo a
que você acabou de abandonar) estão andando - menos a sua.
Imagem: Liu Jin/AFP/Getty Images A Observação de Etorre da Lei de Murphy diz que a outra faixa vai sempre andar mais rápido |
Bem-vindo ao irritante mundo da Lei de Murphy. Essa expressão
diz que tudo que pode dar errado vai dar errado. E pode ser isso mesmo.
Não é devido a algum poder misterioso que a lei tenha. Na verdade,
somos nós que damos importância à Lei de Murphy. Quando tudo dá certo,
nem pensamos nisso. Afinal, esperamos que as coisas funcionem a nosso
favor. Mas quando algo dá errado, procuramos razões.
Pense sobre caminhar. Quantas vezes você chegou ao
seu destino e pensou "Nossa! Eu caminho muito bem"? Mas se você tropeça
no meio-fio e rala o joelho, aposto que você vai pensar por que isso
tinha que acontecer com você.
A Lei de Murphy tira vantagem da nossa tendência de
enfatizar o negativo e não perceber o que é positivo. Ela se baseia nas
leis da probabilidade - a possibilidade matemática de que algo vai acontecer.
A lei captura nossa imaginação. A Lei de Murphy e
seus desdobramentos foram reunidos em livros e sites. Várias bandas têm
seu nome e a Lei de Murphy também é um nome popular para pubs irlandeses
e tavernas pelo mundo todo. Também foi o nome de um filme de ação.
Mas a Lei de Murphy é um conceito relativamente
novo, que data da metade do século passado. O mágico Adam Hull Shirk
escreveu em um ensaio em 1928, "De Como Evitar as Coisas", relatando
que, em um ato de mágica, nove de dez coisas que podem dar errado
geralmente dão errado [fonte: American Dialect Society (em
inglês)]. Mesmo antes disso, ela era chamada de Lei de Sod, que diz que
qualquer coisa ruim que pode acontecer a um pobre ingênuo vai
acontecer. Na verdade, a Lei de Murphy ainda é chamada de Lei de Sod na
Inglaterra [fonte: As Leis de Murphy (em inglês)].
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Disco
voador filmado por, pelo menos, 3 testemunhas distintas e em locais
próximos, porém também diferentes, chamou muito a atenção da MUFON. Este
caso que aconteceu em 4 de julho de 2011 já está se configurando como
mais um caso incontestável de OVNI, pois não há sinais de fraude nos
vídeos. Os vídeos são muito interessantes e passam muita
credibilidade...
Vejam:
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A Ilha Myojin, A ilha que durou cinco dias
Ainda que a Terra flutue sobre um mosaico de placas tectônicas que deslizam de lá para cá como um barco ancorado ao sabor do , este movimento é tão desesperantemente lento que pode ser medido não por tempos históricos senão geológicos.
Portanto, pode ser afirmado que a geografia terrestre permaneceu
fundamentalmente constante desde a retirada dos glaciares e o início do
Holoceno, há uns dez ou doze mil anos atrás, e que durante todo esse
tempo a geografia terrestre permaneceu praticamente intacta.
Por isso, a história da brevíssima ilha Myojin é peculiar. Porque ela surgiu durante uma erupção vulcânica marinha para afundar cinco dias depois.
Por isso, a história da brevíssima ilha Myojin é peculiar. Porque ela surgiu durante uma erupção vulcânica marinha para afundar cinco dias depois.
Existe um arquipélago chamado as “Ilhas Izu”, ao sul da Península de Honshu, ao sul de Tóquio, no Japão. Resulta que estas ilhas são sumamente vulcânicas porque estão próximas de uma confluência de placas tectónicas; de fato, a corrente das ilhas está bem no ponto onde confluem nada menos que três placas tectônicas, criando uma enorme zona de instabilidade vulcânica.
Em 18 de Setembro de 1952, enquanto navegava por uma zona das Ilhas
Izu conhecida como as Rochas Bayonesas, o navio japonês Shikine Maru foi
testemunha de um evento impressionante. Às 09:20 horas, a uns 1500
metros de profundidade, começou uma violenta erupção vulcânica
submarina. A existência do My?jin-sh?, o
submarino em qüestão, era conhecida desde 1869, no entanto, a surpresa
foi maiúscula quando horas depois a lava solidificada atingiu a
superfície, sem que o
deixasse de troar, ao mesmo tempo em que nuvens de enxofre começaram a
se espalhar pela atmosfera. Uma coluna de vapor abriu-se passando assim
entre as bolas de fogo, raios e trovões.
Depois
de vários dias cuspindo lava alegremente, e após atingir mais ou menos
os 10 metros acima do nível do mar, a ilha em qüestão terminou por
afundar em 23 de setembro do mesmo ano. No entanto, não marchou sem um
ato final. Porque na zona, e exatamente sobre a localização da ilha
afundada, fundearam o Kaiyo Maru, uma navio japonês de pesquisa
científica. O decidiu então, com um negro senso de ,
lançar sua enxurrada final, e engoliu a embarcação causando 31 mortes,
incluindo nove renomados cientistas que estavam a bordo do navio para
pesquisar a erupção.
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