
Mundus Subterraneus, livro do Reverendo Atanasious Kirscher
“Que o Sol te Ilumine.” 
(Saudação Intraterrena)
(Saudação Intraterrena)
Foram citados anteriormente alguns exploradores e obras ocultistas  que falam de um reino subterrâneo habitado. Porém, encontramos mais  obras que falam, direta ou indiretamente, ou pelo menos usam esse tema  como fundamento de seus trabalhos. Paralelamente às pesquisas esotéricas  no oriente, notamos na América uma farta quantidade de tradições  intraterrenas:
Trezentos e dezoito anos depois das viagens de Dante Alighieri pelas  regiões inferiores da Natureza e cento e cinqüenta e três anos depois de  Atanasious Kircher (autor da obra teológica Mundus Subterraneus) surge  nos Estados Unidos certo capitão-de-infantaria chamado John Cleves  Symmes. Conhecido nacionalmente por ter se tornado herói nas guerras  contra os ingleses, assombrou a todos os seus contemporâneos com uma  insólita declaração.
Em 10 de abril de 1818, o capitão Symmes, aproveitando-se de sua  fama, encaminhou uma carta-circular a diversos Congressistas  norte-americanos, a todas as sociedades culturais e científicas e a  algumas celebridades de seu país, num total de 500 cópias. Ele afirmava  enfaticamente que a Terra é Oca e possivelmente habitável.
Pelos termos de sua carta, por sua fama de herói nacional e pelo fato  de parte dos Estados Unidos e mesmo do mundo ainda não ter sido  totalmente desbravada, podemos avaliar o impacto causado por tal carta.  Os termos de seu manifesto, gerando ao mesmo tempo espanto, desprezo e  reflexão, foram os seguintes:
 “Para todo o mundo, declaro que a Terra é oca e habitável; encerra um  conjunto de esferas sólidas concêntricas, engastadas entre si, e que  têm abertura nos pólos, a doze ou dezesseis graus. Dedicarei minha vida  para demonstrar essa verdade e estou pronto para iniciar a exploração do  vazio. Com o apoio mundial, lançar-me-ei ao empreendimento.”
No rodapé desse manifesto, como um Post Scriptum, destacava Symmes:  “Terminei para a Imprensa um tratado sobre os princípios da matéria, no  qual revelo as provas de minha proposta e relato os vários fenômenos…”  Esse e muitos outros relatos trouxeram algumas revoluções, como nos  meios que veremos agora.
 Na Literatura
Enumeramos em seguida somente alguns escritores e seus romances que ficaram fascinados com as aventuras intraterrenas:
 * Edgard Allan Poe (Manuscrito Encontrado numa Garrafa, 1831)
* Julio Verne (Viagem ao Centro da Terra, 1863)
* Tyssot de Patot (Vida, Aventura e Viagem do Reverendo Cordelier de Messarge, 1720: descreve a descoberta, no Polo Norte, de uma civilização ignorada, abrigada em cidades subterrâneas)
* Leon Duvall (No Centro da Terra, 1925)
* Obroutchev (Plutonia, 1924)
* Richard Bessiere (Os Sete Anos de Rea, 1962)
* Edward Bulwer-Lytton (Vril, o Poder da Raça Futura, 1871)
* Julio Verne (Viagem ao Centro da Terra, 1863)
* Tyssot de Patot (Vida, Aventura e Viagem do Reverendo Cordelier de Messarge, 1720: descreve a descoberta, no Polo Norte, de uma civilização ignorada, abrigada em cidades subterrâneas)
* Leon Duvall (No Centro da Terra, 1925)
* Obroutchev (Plutonia, 1924)
* Richard Bessiere (Os Sete Anos de Rea, 1962)
* Edward Bulwer-Lytton (Vril, o Poder da Raça Futura, 1871)

Lord Edward Bullwer-Lytton
Considerado um dos maiores escritores do Romantismo inglês,  Bulwer-Lytton transcreveu e adaptou o relato que lhe foi feito por um  viajante americano que afirmava ter penetrado acidentalmente em uma  gigantesca caverna, num ponto qualquer das Ilhas Britânicas. Dentro  dessa gruta, contatou uma estranhíssima civilização, diferente de  qualquer outra da superfície. Os relatos desse livro são tão fantásticos  que originaram discussões entre grandes acadêmicos da época.
Vejamos em seguida a transcrição de um pequeno trecho da introdução dessa obra:
“Encontrando-me no ano de 18…, em …, fui convidado por um engenheiro  com quem travara conhecimento a visitar as entranhas da caverna de …,  onde ele trabalhava.
Permitam-me dizer, pois, com a brevidade possível, que acompanhei o  engenheiro ao interior da mina e me senti tão estranhamente fascinado  pelas suas maravilhas sombrias, e tão interessado nas explorações de meu  amigo, que prolonguei minha estada nas imediações e, durante algumas  semanas, desci diariamente aos poços e galerias escavados pela natureza e  pelas máquinas sob a superfície da terra. O engenheiro estava  convencido de que, num novo poço aberto recentemente sob sua orientação,  encontrar-se-iam depósitos de riqueza mineral muito mais ricos do que  os até então detectados. Durante a perfuração desse poço, deparou-se-nos  num dia uma fenda irregular e aparentemente calcinada nos lados, como  se tivesse sido aberta violentamente num período distante, pela ação de  fogos vulcânicos. O meu amigo mandou que o descessem numa gaiola, por  essa fenda, depois de ter experimentado a atmosfera com uma lâmpada de  segurança. 
Demorou-se quase uma hora no abismo. Quando regressou, estava  muito pálido e com uma expressão pensativa e ansiosa, muito diferente  da que lhe era habitual, pois se tratava de um homem franco, alegre e  destemido.
Declarou sucintamente que a descida lhe parecia perigosa e não  conducente a qualquer resultado. Por isso, suspendendo as operações no  novo poço, regressamos a partes mais familiares. Durante todo o resto  desse dia, o engenheiro pareceu preocupado com algum pensamento  absorvente. Mostrou-se inusitadamente taciturno e com um ar de susto e  espanto nos olhos, como se tivesse visto um fantasma. À noite, quando  estávamos sentados sozinhos nas instalações que compartilhávamos perto  da boca da mina, pedi ao meu amigo:
‘Conte-me francamente o que viu naquela fenda, pois tenho a certeza  de que foi algo estranho e terrível. Fosse o que fosse, deixou-lhe o  espírito num estado de dúvida, e em semelhantes circunstâncias duas  cabeças pensam melhor que uma. Confie em mim…’
O engenheiro tentou esquivar-se às minhas perguntas. Mas como,  enquanto falava, servia-se inconscientemente da garrafa de brandy, de  uma maneira completamente incomum a ele, já que se tratava de um homem  muito sóbrio, sua reserva foi-se dissolvendo aos poucos… Finalmente  disse:
‘Vou-lhe contar. Quando a gaiola parou, encontrei-me numa saliência  rochosa. Por baixo de mim, a fenda obliquava e descia a considerável  profundidade, cujas trevas a lâmpada não conseguia penetrar. Mas, para  minha infinita surpresa, do abismo jorrava para cima uma luz firme e  brilhante. Tratar-se-ia de algum fogo vulcânico? Nesse caso eu sentiria  calor. No entanto, se a tal respeito existia dúvida, era da máxima  importância para a nossa segurança comum dissipá-la. Examinei os lados  da descida e verifiquei que podia arriscar e confiar-me às projeções  irregulares, ou saliências, pelo menos durante certa distância.
Abandonei a gaiola e comecei a descer. À medida que me aproximava  mais e mais da luz, a fenda alargava e, por fim, com indizível espanto,  vi uma estrada larga e plana no fundo do abismo, iluminada até onde a  vista podia alcançar pelo que pareciam ser candeeiros de gás artificial,  colocados a intervalos regulares, como na artéria de uma grande cidade.  E ouvi confusamente, ao longe, uma espécie de sussurro, como que de  vozes humanas. Sei, evidentemente, que não trabalham nessa região  mineiros de outra empresa rival. De quem poderiam ser as vozes? Que mãos  humanas poderiam ter nivelado aquela estrada e disposto aqueles  candeeiros?
Começou a apoderar-se de mim a crença supersticiosa, comum aos  mineiros, de que vivem nas entranhas da terra gnomos e demônios. A  simples idéia de continuar a descer e enfrentar os habitantes daquele  profundo vale fez-me estremecer. Tampouco o poderia fazer sem cordas,  pois do ponto a que chegara até o fundo do abismo, as paredes rochosas  desciam, abruptas e lisas, a pique. Voltei para trás, com certa  dificuldade. Bem, isso é tudo…’
Após muita discussão, os dois personagens resolvem explorar o poço.  Continuando, o narrador explica o que viu no interior do vale  subterrâneo:
“ A partir daí, a fenda alargava rapidamente, como a parte mais larga  de um imenso funil, e eu vi perfeitamente o vale, a estrada e os  candeeiros que o meu companheiro descrevera. Ele em nada exagerara. Ouvi  também os sons que ele ouvira: um confuso e indescritível sussurro, que  parecia produzido por vozes, e um barulho abafado, como de passos.  Olhei mais para baixo, com atenção, e distingui claramente, a certa  distância, os contornos de um grande edifício. Não podia tratar-se de  mera rocha natural; era demasiadamente simétrico, com enormes e pesadas  colunas semelhantes às egípcias e todo iluminado, como se a luz viesse  do interior…
Havia campos cobertos de estranha vegetação, diferente de toda quanto  vira à superficie da terra. Em vez de verde, era de um tom chumbo-baço  ou um vermelho-dourado. Havia lagos e regatos que pareciam arquear-se em  margens artificiais, uns de água pura e outros brilhando como poças de  nafta… Por cima de mim não havia céu e sim apenas uma espécie de telhado  cavernoso. Este telhado tornava-se cada vez mais alto, nas paisagens  que ficavam longe, até se tornar imperceptível, oculto por um manto de  neblina que se formava debaixo dele…”
Vale destacar que a maioria dos livros acima citados, e outro tantos, foram vistos na biblioteca particular de Adolf Hitler…
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Ditador
Acesso

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QUE LEIO
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