Contam as lendas que se perdem na memória nos séculos que uma fantástica batalha foi travada nos céus entre as hostes do Arcanjo Miguel e as legiões de Lúcifer. Num dos sangrentos combates, Miguel desfere um golpe mortal no anjo negro e da testa desse ser salta uma gigantesca esmeralda que cai na terra.
Depois, em comemoração à vitória dos anjos de Deus, esculpe-se nessa maravilhosa pedra verde um Cálice, símbolo da Liberdade e da Paz Divinas. A partir de então (e sempre custodiado por Goros, os guardas pretorianos de Melquisedeck), esse cálice, o Santo Graal (do celta Gar-El, Pedra de Deus), empreende uma viagem mística e transcendental:
Primeiro o recebe Abraão das próprias mãos do Gênio da Terra, que tem como morada um castelo em Jerusalém. O Graal é a partir daí protegido pelos filhos de Israel; Moisés o leva consigo em seu êxodo, juntamente com as Tábuas da Lei e as Pedras da Torá (ou Tarô), na Arca da Aliança. A sagrada jóia prossegue viagem até chegar às mãos de Bélkis, a rainha de Sabah, a qual submete o sábio Ssalomão a terríveis provas, antes de lhe entregar definitivamente o mistério do Graal. Com o tempo, após ser venerada no Templo de Salomão, passa a ser custodiada pelos essênios (do siríaco Essen, puro), ordem à qual pertencia Jesus e seus discípulos. Eles beberam do cálice na casa de José de Arimatéia, firmando o pacto de sangue posteriormente conhecido como Santa Ceia. Depois, com essa mesma relíquia, o iniciado romano José de Arimatéia colheu algumas gotas que manaram das feridas de Cristo…
Por se recusar em entregar as relíquias sagradas que estavam em seu poder, Arimatéia é encarcerado por muitos anos. Após ser libertado, ele e sua esposa Susana empreendem uma viagem, orientada por um anjo, o qual lhes aparece numa noite e diz: “Esse cálice tem um grande poder porque se acha contido o sangue do Redentor do Mundo. Guardai-o lá”. O anjo então apontou um templo em Montserrat, na Catalunha (Espanha). Uma parte da expedição vai à Espanha e outra continua até a Inglaterra, criando a partir daí todas as “lendas” da Távola Redonda. Esse templo de Montserrat se encontra oculto, escondido da curiosidade pública, segundo certas tradições o Cálice está na 4ª Dimensão.
Os Templários conheceram e veneraram o Santo Graal, pois o tiveram em suas mãos, juntamente com a lança de Longinus e o manto sagrado… Para o esoterista oriental, o Graal, além da Pedra da Verdade, é um dos símbolos de poder e majestade da capital subterrânea, Shamballah.
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