sábado, 25 de junho de 2011

Devemos confiar ou não em nossa intuição?

Quando confrontados com decisões, nós frequentemente seguimos nossa intuição – algo descrito por nós mesmos como “sentimentos viscerais” – sem nem mesmo entendermos o porquê. Nossa capacidade de tomarmos essas decisões baseadas em pressentimentos varia consideravelmente: a intuição pode ser tanto um útil aliado como pode levar a erros que podem sair caros. Um novo estudo publicado na Psychological Science, revista da Associação de Ciência Psicológica, descobriu que a confiabilidade de nossa intuição é na verdade influenciada pelo o quê está acontecendo fisicamente em nossos corpos.

“Nós falamos muitas vezes sobre a intuição que parte do corpo – seguimos nossos instintos do intestino e confiamos em nossos corações”, disse Barnaby D.Dun, do Conselho de Pesquisa Médica Cognitiva e da Unidade de Ciências Cerebrais de Cambridge, no Reino Unido. O que ainda não se sabe é se devemos seguir, ou suspeitar, do que os nossos corpos estão nos dizendo.

Para investigar como diferentes reações corporais podem influenciar uma tomada de decisão, Dunn e seus colegas pediram aos participantes do estudo para tentar aprender como ganhar em um jogo de cartas que eles nunca haviam jogado até então.  O jogo foi concebido de que modo que não havia uma estratégia óbvia a ser seguida e no lugar disso os jogadores teriam que seguir suas próprias intuições. Durante o jogo, cada participante usou um monitor de freqüência cardíaca e um sensor que mediu a quantidade de suor na ponta de seus dedos.

Aos poucos, a maioria dos jogadores encontrou uma forma de vencer o jogo e eles disseram ter seguido mais a intuição do que a razão. Mudanças sutis nos batimentos cardíacos dos jogadores e quantidade de suor foram associadas a quão rápidos eles foram para fazer as melhores escolhas durante o jogo.

Curiosamente, a qualidade dos conselhos dados pelos corpos dos jogadores variou. Algumas pessoas seguiram a intuição e venceram o jogo rapidamente. Com outras, porém, aconteceu exatamente o contrário.

Dunn e sua equipe descobriram que os jogadores que se saíram melhor foram aqueles que tinham mais consciência de seus batimentos cardíacos. Para esses indivíduos, ser capaz de “escutar seus corações” os ajudou a tomar decisões mais inteligentes.

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