O déjà vu é extremamente difícil de se estudar porque ocorre rapidamente, sem aviso e apenas em certas pessoas, além de não apresentar manifestações ou sintomas externos que não da pessoa dizendo: "ei, déjà vu!". Por isso, há poucas pesquisas confiáveis e nenhuma explicação definitiva. Os dados para os estudos de déjà vu dependem de descrições pessoais e lembranças. Há dois séculos as pessoas têm apresentado razões por que experimentamos déjà vu. Desde filósofos e psicólogos até especialistas paranormais, cada um tem sua própria teoria.
Emile Boirac foi um pesquisador francês paranormal que usou pela primeira vez o termo déjà vu em seu livro "L'Avenir des Sciences Psychiques". Contudo, ele não pesquisou o fenômeno profundamente. Sigmund Freud teorizou que essas experiências resultavam de desejos reprimidos ou memórias relacionadas com um evento estressante que as pessoas não queriam mais admitir como memória regular. Os cientistas usaram essa teoria, chamada de paramnesia, para explicar o déjà vu durante boa parte do século XX.
Ao longo dos anos, muitos cientistas ignoraram o déjà vu completamente devido à sua freqüente associação com experiências de vidas passadas, PES e abduções alienígenas. Essas associações deixaram o estudo do déjà vu um pouco estigmatizado. Recentemente, os pesquisadores deixaram de lado algumas dessas associações e começaram a colocar a tecnologia de imagens cerebrais a seu serviço. Colocando o estudo do déjà vu dentro do estudo da memória, eles esperam descobrir mais sobre como as memórias são formadas, armazenadas e recuperadas.
Eles já determinaram que o lobo temporal médio está envolvido na nossa memória consciente. Dentro do lobo temporal médio há o giro parahipocampal, o rinencéfalo e a amígdala. John D.E. Gabrieli, da Stanford University, descobriu em 1997 que o hipocampo nos possibilita recordar os eventos conscientemente. Ele também descobriu que o giro parahipocampal nos possibilita determinar o que é familiar e o que não é (e isso sem acessar uma memória específica para o fato).
Enquanto cerca de 60% das pessoas dizem que já tiveram déjà vu, as ocorrências são mais altas em pessoas entre 15 e 25 anos de idade. A idade superior varia entre os pesquisadores, mas a maioria concorda que as experiências de déjà vu diminuem com a idade. Há também relatos de maior ocorrência entre aqueles com renda mais alta, que viajam mais e com alto nível educacional. A imaginação ativa e a habilidade de recordar sonhos também têm sido algo comum entre pessoas que relatam experiências de déjà vu.
Alguns pesquisadores também relataram que quanto mais cansada ou estressada está a pessoa, maior a probabilidade de experimentar um déjà vu. Outros pesquisadores, contudo, descobriram exatamente o oposto. Eles relataram que quanto mais descansado e relaxado você está, maior a probabilidade de ter um déjà vu. Obviamente, ainda não se chegou a um acordo sobre muitas situações relacionadas ao déjà vu.
Uma descoberta relatada é que a pessoa que tem a mente mais aberta ou é politicamente mais liberal, tem maior possibilidade de experimentar um déjà vu. Contudo, isso também significa que quanto mais mente-aberta você é, mais provavelmente você falará de alguma coisa que possa ser encarada como "estranha", por exemplo, o déjà vu.
- déjà entendu - já ouvido
- déjà eprouve - já experimentado
- déjà fait - já feito
- déjà pense - já pensado
- déjà raconte - já narrado
- déjà senti - já sentido, cheirado
- déjà su - já conhecido (intelectualmente)
- déjà trouve - já encontrado (estado com)
- déjà vecu - já vivido
- déjà voulu - já desejado
- déjà arrive - já acontecido
- déjà connu - já conhecido (conhecimento pessoal)
- déjà dit - já dito/falado (conteúdo da fala)
- déjà goute - já degustado
- déjà lu - já lido
- déjà parle - já falado (ato da fala)
- déjà pressenti - já sentido
- déjà rencontre - já encontrado
- déjà reve - já sonhado
- déjà visite - já visitado
Fonte: The Various Manifestations of déjà vu Experience (em inglês)
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