intuito desse Blog não é o cunho religioso e nem a conversão de ninguém, como bem sabem, é um canal para amigos, risadas, choros e muitas outras coisas que já passaram por essas páginas negras...
Mas não poderia deixar passar em branco esta data, e nem o filme que acaba de ser lançado “Com estréia hoje 02/03/2010 marcando assim os 100 anos de Chico Xavier, quem não conhece a obra, nem a pessoa que foi Chico Xavier, vale a pena dar uma lida...e ir ao cinema para prestigiar o filme que promete uma extraordinária carga de emoção e deverá levar muita gente às lágrimas...
Ele ainda está presente...
Uma Minas Gerais agrária e bucólica é o pano de fundo adequado para a história de um menino em constante turbulência interna. Ele ouve vozes e vê pessoas mortas. Tachado de maluco, o garoto, nascido Francisco de Paula Cândido Xavier, sofre muito, especialmente nas mãos de uma madrinha católica que o considera pactuado com o diabo. A história deste menino que virou o maior médium brasileiro está contada no filme “Chico Xavier”, de Daniel Filho, que estréia hoje dia 02 de Abril, data que completaria 100 anos, se não tivesse desencarnado.
Site Oficial...Chico Xavier o Filme
Francisco Cândido Xavier nasceu há 100 anos, em 02 de abril, Pedro Leopoldo, e morreu oito anos atrás, em Uberaba.
O médium deixou sua cidade natal em 1959 aos 49 anos, depois que um sobrinho o acusou, por meio da impressa, de inventar que piscografava. Perseguido mudou-se para Uberaba.
Chico que era comumente chamado, nos deixou no dia que a Seleção Brasileira se tornou Pentacampeã do mundo, em 30 de junho de 2002. “Ele perguntou para mim: ‘O Brasil ganhou o jogo?’ Eu falei que sim e ele comentou: ‘Então o Brasil está feliz. Que Bom’” recorda o filho Eurípedes.
Ele avisou a todos que partiria no dia que o País estivesse bem feliz. “Ás 19h20, enquanto eu media a temperatura dele, “Chico, morreu no meu colo!!” diz Kátia Maria amiga, que nunca foi espírita.
“Chico nunca pediu para alguém se converter ao espiritismo”, conta Célia, do Centro Luiz Gonzaga.
“Gostaria de ser como ele, ou como muita gente. Mas não dou conta de amar, trabalhar, ter a paciência a e capacidade de perdoar que ele tinha”, diz o aposentado Celso de Almeida Afonso.
Chico Xavier publicou 458 livros e ainda há outros 180 títulos sobre ele.
O filme é o carro-chefe de uma série de produções e homenagens, como lançamentos de livros, filmes inspirados em obras piscografadas, selo, exposições e seminários. Até uma novela da Rede Globo, que tem o espiritismo como tema, estréia, coincidentemente, no mês do centenário: “Entre Dois Amores”, escrita por Elizabeth Jhin. O médium, cultuado em vida, ganha, na comemoração dos seus 100 anos, visibilidade de superstar e vira fenômemo de mídia, algo que nunca esteve entre suas pretensões. Se existe vida após a morte, Chico Xavier deve estar feliz: seu legado ultrapassa, hoje, as barreiras religiosas e ele é conhecido como o maior líder espiritual que o Brasil já teve.
O espantoso alcance da obra de Chico Xavier explica tamanha agitação em torno de seu centenário. Mesmo quem não acredita em reencarnação, respeita este homem que piscografou mais de 400 livros e doou os direitos autorais de todos eles a obras de caridade. Chico Xavier viveu em uma casa humilde e levou vida modesta. È de Nelson Xavier, o ator que interpreta na fase adulta, a síntese de sua existência: “Ele viveu, efetivamente, o “amais-vos uns aos outros””. O ator admite que o filme modificou suas crenças. “Como todo socialista eu também acreditava que o caminho da violência era o único caminho, que os privilégios jamais serão abolidos sem confronto.
Mas, agora, penso diferente.
O Chico me mostrou que o caminho do amor é que é o único possível.”
A pregação do médium é comparada, hoje, à de Buda: mais ligada a uma filosofia de vida do que a uma religião. “A doutrina espírita pregada por Chico Xavier esclarece, conforta e consola”, resume o escritor Gérson Monteiro, também diretor da primeira rádio espírita do País.
Sua análise coincide com Eurípedes (filho adotivo de Chico) “Meu pai não era procurado só por espíritas. Ao contrário, 70% das pessoas que o procuravam tinham outras religiões” afirma.
A expansão do espiritismo no Brasil está profundamente ligada à figura de Chico Xavier, que para muitos, surgiu para completar e atualizar os ensinamentos de Allan Kardec, o pai do espiritismo. O filão literário foi puxado por ele desde que publicou, aos 22 anos sua primeira obra, “Parnaso do Além-Túmulo”.
Antecessores como Kardec e Bezerra de Menezes redigiram, basicamente, livros doutrinários que mais se assemelhavam a tratados de sociologia, um trabalho mais científico e racional. “O romance espírita é um dos legados de Chico”, afirma Eduardo Refkalefskf.
Em um dos seus livros, Chico Xavier defende a idéia de que o País seria o principal veículo para difusão do espiritismo no mundo.
“Coincidência ou não, o Brasil é considerado o local onde as idéias das religiões tiveram o maior desenvolvimento, ainda que a maior parte dos espíritas permaneça invisível para o IBGE”
Chico Xavier é o autor brasileiro de maior sucesso. Ele já vendeu quase o dobro dos livros de Paulo Coelho.
“Nosso Lar” tem 2,5 milhões de edições comercializadas em 15 idiomas. Não por acaso, este livro também vai virar filme, sob a direção de Wagner de Assis. E ao contrário do longa de Daniel Filho, será repleto de efeitos especiais. A previsão de estréia em setembro.
“Chico Xavier” é o único biográfico. Grande parte da trama foi filmada em Tiradentes, Minas Gerais, onde aconteceram alguns fenômenos. Certo dia, uma forte chuva que caía sobre a cidade só não atingiu o set de filmagem. Quando o diretor finalizou o trabalho e disse “Corta”!, a chuva despencou também no local onde artistas e técnicos estavam. “Chamo isso de sincronia de sinais” disse Ângelo Antônio, um dos “Chicos” da produção.
Crônica “Chico Xavier”
Filme para ARREBATAR MULTIDÕES
O filme “Chico Xavier”, de Daniel Filho, carrega uma extraordinária carga de emoção e deverá levar muita gente às lágrimas. Ainda menino, Chico (Matheus Costa) apanha muito da madrinha Rita (Giulia Gam) em aparição relâmpago, mas brilhante, que chega a espetá-lo com um garfo na barriga. Jovem, já na pele de Ângelo Antônio, ele perde um de seus 13 irmão, justamente o seu “braço direito”, vítima de derrame. No enterro, o pai diz, aos gritos, que lê é uma farsa incapaz de salvar alguém. O Chico adulto é interpretado por Nelson Xavier –que mais parece uma materialização do médium. E Christiane Torloni assina uma das cenas mais emocionantes quando sua personagem, Glória, entra no quarto do filho que já morreu e, abraçada a uma cama vazia, chora sua dor. Muitos espectadores vão se perguntar como a atriz, que perdeu um filho num acidente de carro na vida real, conseguiu encarar o papel. “Ela se concentrou, chorou reviveu aquilo. Deixou aparecer a dor deixou passar a realidade. Fico emocionado ao dizer isso porque o filho que ela perdeu era um afilhado meu. E isso inclusive, foi o que me deu coragem para fazer o convite”, disse Daniel Filho.
O elenco conta, ainda, com estrelas como Letícia Sabatella, Giovanna Antonelli, Tony Ramos, Cássia Kiss, Paulo Goulart e Luís Melo.
Mas nem tudo é tristeza. Também há humor. Como no dia em que o médium decide começar a usar uma ridícula peruca para esconder a calvície ou quando grita tanto dentro de um avião em turbulência que seu guia espiritual parece para um curioso papo-cabeça.
O filme é Baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário