Você tem coisa melhor a fazer. Você tem mulher, namorada, casa, filhos, cachorro, gato e emprego. Você pode não admitir, mas gosta da rotina. Pega o carro toda manhã na garagem. Chega no escritório e bebe café no copo de plástico. Paquera a gostosa do marketing. Vai para a praia no sábado de manhã. Faz planos. Sua vida é segura. Tranqüila. Calma. Previsível. Talvez previsível demais, você pensa. Seria melhor viver num universo paralelo, cheio de aventura e perigo. Segredos e Mistérios. Tramas macabras e excitantes. Foi por isso que você chegou a este Blog (“Conspirações? Deve ser interessante...”) e começou a ler a introdução dessa Semana.
Blog errado, meu amigo. Se você gosta da sua rotina, da sua vida previsível, do seu mundo pacato e das suas certezas, deixe esse Blog agora. Você não vai dormir em paz se for em frente.
Talvez não durma nunca mais...
Você continua aí?
Muito bem. Então prossiga por sua conta e risco.
Esta é uma semana de conspirações aqui no Whatever the Case May Be
A conspiração é parte da história humana. Sempre foi!!! Nós conspiramos para manter nosso emprego e conquistar a gostosa do marketing. Nós conspiramos quando aumentamos o preço do carro que queremos vender. Nós conspiramos quando exageramos nossas realizações para conseguir um aumento. Nós conspiramos quando criamos ou reproduzimos boatos desagradáveis sobre o colega do trabalho cuja posição cobiçamos. Nós conspiramos. É a nossa natureza. E quando o adversário percebe nossa estratégia dissimulada de sabotagem, nós o acusamos de paranóico.
O conspirador mais eficiente é aquele que convence o maior número de pessoas de que seus delatores são malucos.
Ou que arquiteta tramas tão bizarras que é impossível desvendar seus objetivos reais.
Isso nos leva a uma especulação das mais interessantes.
A conspiração mais absurda, ridícula e inacreditável que você encontrar aqui nessa Semana talvez seja, na verdade, a única que merece crédito. Pense nisso.
Outra coisa que você precisa saber antes de entrar no labirinto: não existem falsas conspirações. Toda conspiração, qualquer uma, é verdadeira. Eu explico. Quando um grupo social, étnico ou religioso é acusado de tramar secretamente pela dominação mundial, a conspiração se torna imediatamente real. Depois que a denúncia é feita, já não importa se é concreta ou decrépita. Mesmo que seja totalmente desprovida de lógica, a trama se torna verdadeira.
Os supostos conspiradores vão perder o resto da vida tentando desmontar a conspiração. Não adianta. Alguém sempre acreditará nos conspiradores. Talvez alguém até imagine que a solução do problema é isolar os supostos conspiradores em guetos ou prisões. Talvez alguém invente uma solução final para os conspiradores. Talvez a única forma de defesa dos acusados seja a ação. Talvez eles precisem tornar real a conspiração atribuída a eles.
Veja:
Teorias conspiratórias nunca são inocentes. A tese mais ingênua pode esconder objetivos dos mais tenebrosos. Um exemplo. Muita gente acredita – talvez você também acredite – que a ciência oficial ignora os vestígios de uma supercivilização na nossa pré-história. Chame essa civilização de Atlântida. Chame de Lemúria. Chame do que quiser.
Todos nós torcemos secretamente para que a arqueologia oficial esteja errada. A idéia de ancestrais super-poderosos, semi-divinos, sempre mexeu com a imaginação humana. É a idade do Ouro, o Paraíso Perdido...
Então Boa Leitura nos próximos dias...
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