Quando alguém relata um possível caso de possessão para a Igreja, a investigação começa. Padre Benedict Groeschel, um frade franciscano PhD em Psicologia pela Universidade de Columbia, foi o homem que a Arquidiocese de Nova York chamou para investigar os supostos casos de possessão que surgiram nas décadas de 70 e 80. No livro "Exorcismo Americano", ele descreve sua experiência assim (Cuneo, 22):
- "... quando os casos eram encaminhados para mim, eu geralmente procurava a ajuda de uma leiga na arquidiocese que possuía o dom de reconhecer espíritos. Na visão dela, e também na minha, nenhuma das pessoas que eu levei até ela eram vítimas de possessão, nenhuma delas precisava de um exorcismo formal. Mas isso não significa que elas não estivessem sendo afligidas ou oprimidas de várias formas por presenças demoníacas. A opressão demoníaca é muito menos séria do que a possessão em larga escala, e geralmente, pode-se lidar com isso com o que chamamos de uma simples oração de libertação".
Geralmente, o padre consultará um psiquiatra durante a investigação para determinar se os sintomas da pessoa "possuída" podem ser completamente explicados por doença mental. De acordo com o "Exorcismo Americano", de Michael Cuneo, há cerca de doze psiquiatras nos Estados Unidos que avaliam pacientes potencialmente possuídos para a Igreja Católica. O paciente também passará por um exame médico para descobrir se os sintomas podem ser atribuídos a uma desordem física ou doença. O padre pode consultar um perito paranormal aprovado pela Igreja para uma ajuda adicional. Outra possibilidade que o investigador deve considerar é a velha fraude.
Se o padre estiver convencido da validade da possessão e de que um exorcismo é a maneira apropriada para ajudar a pessoa, ele reportará a seu supervisor (na maioria dos casos, o bispo da diocese) que um exorcismo está de acordo com as regras. A Igreja pode então decidir sancionar um exorcismo oficial e indicar um exorcista para o caso.
As possessões e os exorcismos datam da Antigüidade, possivelmente iniciando com as antigas crenças xamanísticas nas quais os espíritos dos mortos podiam prejudicar os vivos. Os xamãs entrariam em um estado de transe para encontrar a alma problemática e descobrir por meio dela a maneira de acabar com a dor da vítima. Nas antigas culturas egípcias babilônicas, as doenças e outras aflições eram regularmente atribuídas a espíritos do mal que invadiam o corpo humano, e os padres-curandeiros realizavam cerimônias para que ele partisse. |
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