O conselheiro de Arthur, o mago Merlin, é provavelmente baseado em duas figuras diferentes da história galesa: um louco chamado Myrddin Wyllt e um profeta chamado Emrys Wledig, que podem ter vivido no fim do século 6. Geoffrey provavelmente combinou histórias sobre ambos para criar o personagem Merlin como nós o conhecemos hoje.
Dois dos cavaleiros de Arthur também podem ter realmente existido. Sir Bedevere aparece nas primeiras lendas arturianas como um dos aliados mais leais de Arthur. Ele também aparece em outras obras, incluindo a coleção galesa, "Mabinogion". Nesse livro, Bedevere é conhecido como Bedwyr Bedrydant e é membro da Royal House of Finddu, que ganhou o poder em Gales no início do século 6. Sir Kay também fora um dos companheiros mais antigos de Arthur. Ele apareceu com Bedevere em "Mabinogion" e deve ter sido na verdade Cai Hir, um lorde galês. Sir Kay também aparece no antigo poema galês "Pa Gur".
English School/The Bridgeman Art Library/Getty Images
Quanto ao próprio Arthur, alguns sugerem que ele possui origens romanas (em inglês). Kemp Malone, um estudioso da era medieval, aponta para um líder militar chamado Lucius Artorius Castus. Outra fonte romana possível é Aurelius Ambrosius, um líder que dizem ter levado a Grã-Bretanha à vitória duas vezes contra os Saxões nos séculos 6 ou 7. Geoffrey o descreveu como o "rei dos reis".
O historiador britânico Alan Wilson sugere que Arthur tenha sido o rei galês Athrwys, que viveu no século 7. Outros historiadores apontam para o Rei Áedán mac Gabráin, que governou Dal Riata (um reino hoje localizado na Escócia e na Irlanda) no século 6, ou o filho do Rei Áedán, Artuir mac Áedáin, que viveu em uma fortaleza chamada Camelon. Todavia, diferente de Arthur, Artuir nunca lutou contra os Saxões.
Finalmente, alguns historiadores sugerem que o nome "Arthur" não era um nome, mas um título, como o personagem latino "Arth" que também pode significar "urso". Com tal implicação, Arthur pode ter sido qualquer pessoa. A linha de raciocínio atual é a de que Arthur foi baseado em uma mistura de figuras mitológicas ou históricas, ou que ele era puramente um produto da imaginação. Independente da real existência de Arthur, as lendas continuarão inspirando os escritores.
Por que um rei potencialmente fictício se torna tão popular? Provavelmente porque as lendas arturianas contêm temas universais como a luta do bem contra o mal, traição, magia, cavalaria e de ascensão e queda de um reino utópico. Por que ele continuou inspirando filmes, livros e canções? Provavelmente porque existe um vasto catálogo de opções. Por exemplo, no filme "Rei Arthur", de 2004, o rei é mostrado como um soldado romano. Na obra popular de 1983, "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley, as mulheres, incluindo Guinevere e a irmã de Arthur, Morgaine, têm papel central. |
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