Há várias perguntas a serem respondidas sobre o verdadeiro Rei Arthur. Quem foi ele? Onde viveu? Embora seja impossível comprovar totalmente os elementos místicos e cristãos das lendas arturianas, há vários nomes e lugares que estão associados ao Rei Arthur.
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Em "Historia Regum Britannae", Geoffrey de Monmouth diz que Arthur nasceu na Cornuália, no Castelo Tintagel. Uma rocha foi encontrada em Tintagel no fim da década de 80 com uma inscrição contendo a frase "Artognou [descendente de Arthur], pai de um descendente de Coll". Geoffrey de Monmouth cita King Coel (Old King Cole do poema infantil) como um dos ancestrais de Arthur. Porém, o castelo foi na verdade construído no início do século 12, séculos após Arthur supostamente ter vivido. Historiadores acreditam que Geoffrey inseriu Tintagel em sua narrativa para agradar seu patrão, Robert, Conde de Gloucester (Reginald, o irmão de Robert, Conde da Cornuália, viveu em Tintagel).
Então não existe comprovação sobre o local do nascimento de Arthur. Mas e quanto à fabulosa Camelot? Malory afirma que Camelot era o Castelo de Winchester. Durante centenas de anos, um tampo de mesa redondo de madeira esteve pendurado lá. Ele está pintado como um quadro de dardo com os nomes de Rei Arthur e de 24 cavaleiros para indicar suas posições na mesa. Entretanto, o Castelo de Winchester foi construído no fim do século 11. A mesa redonda foi datada por carbono como sendo de cerca de 1340 e provavelmente pintada durante o reinado de Henrique VIII (em inglês) no início do século 16 para coincidir com o interesse medieval em cavalaria. Caerleon em Gales e o Castelo de Cadbury em Somerset também foram citados como possíveis locais, mas não foi descoberta uma prova definitiva.
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Geoffrey de Monmouth identifica Avalon, o último refúgio de Arthur, com Glastonbury. Até certo ponto, essa cidade fora uma ilha cercada por pântanos. Uma grande colina, ou tor ("colina cônica" em celta), emerge das planícies. Glastonbury Tor é coberta pelas ruínas de St. Michael, uma abadia construída no fim do século 12. Essa abadia foi construída para substituir uma outra mais antiga que havia sido destruída por um incêndio. Durante a reconstrução, monges afirmaram ter encontrado túmulos contendo os ossos de um homem e de uma mulher. O túmulo supostamente continha uma cruz com inscrições em latim afirmando que os restos eram do Rei Arthur e de Guinevere. Nem os ossos, nem a cruz existem hoje, mas os monges copiaram a inscrição. Historiadores que examinaram a inscrição afirmam que ela está em latim do século 12 - em um estilo que não era utilizado no século 6.
Nos Estados Unidos, a palavra "Camelot" também está associada à presidência de John F. Kennedy. Durante um período de revolta, a jovem e carismática família Kennedy e as palavras de inspiração do presidente trouxeram um sentimento de esperança ao povo americano. Depois de seu assassinato, sua esposa, Jackie Kennedy, disse que o casal ouvia as músicas do musical "Camelot" antes de dormir, concretizando o aspecto de conto de fadas da administração e romantizando uma história supostamente cheia de casos amorosos. |
Podemos não ter encontrado Avalon, mas e quanto às pessoas da lenda arturiana?
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