domingo, 16 de janeiro de 2011

O que é hipnose?

As pessoas vêm refletindo e discutindo sobre hipnose há mais de 200 anos, mas a ciência ainda não explicou totalmente como ela realmente funciona. Podemos ver o que uma pessoa faz quando está hipnotizada, mas a razão pela qual faz tais coisas ainda não está clara. Este mistério é apenas uma pequena peça de um enorme quebra-cabeça: como funciona a mente humana. Não é provável que, em um futuro próximo, os cientistas cheguem a uma explicação definitiva sobre a mente; portanto, acredita-se que a hipnose também continue sendo um mistério.
Mas psiquiatras entendem as características gerais da hipnose e têm alguns modelos de como ela funciona. É um estado de transe caracterizado por extrema influência externa, relaxamento e imaginação elevada. Não é exatamente como o sono porque a pessoa fica alerta o tempo todo. É mais parecido com sonhar acordado ou o sentimento de "se perder" em um livro ou filme. A pessoa fica completamente consciente, mas desliga a maioria dos estímulos a seu redor. Fica muito focada no que está próximo, sendo quase incapaz de ter qualquer outro pensamento.


Em um transe diário de um devaneio ou filme, um mundo imaginário parece real, no sentido de usar as emoções completamente. Situações imaginárias podem causar muito medo, tristeza ou alegria e você pode até se sacudir em sua cadeira caso fique surpreso com algo (um monstro vindo da escuridão, por exemplo). Muitos pesquisadores classificam todos estes transes como formas de auto-hipnose. Milton Erickson, o mais importante especialista em hipnotismo do século XX, recomendava que as pessoas se hipnotizassem diariamente. Mas a maioria dos psiquiatras se concentravam no estado de transe causado por relaxamento intencional e exercícios de concentração. Esta hipnose profunda é normalmente comparada com o estado mental de relaxamento entre vigília e sono.
História antiga do hipnotismo
As pessoas têm entrado em transe hipnótico por milhares e milhares de anos. Várias formas de meditação têm papel importante em muitas religiões. Mas o conceito científico de hipnotismo não existia até o final do século XVIII. O pai do hipnotismo moderno é Franz Mesmer, um médico Austríaco. Mesmer acreditava que a hipnose era uma força mística que fluía do hipnotizador para a pessoa hipnotizada (ele a chamava de "magnetismo animal"). Embora os críticos tenham descartado o elemento mágico de sua teoria, a concepção de Mesmer, de que a força de trás da hipnose vinha do hipnotizador e que de alguma forma entrava no hipnotizado, foi aceita por algum tempo. Depois de Mesmer, a hipnose foi originalmente conhecida como mesmerismo e ainda hoje usamos o verbo derivado "mesmerizar" no sentido de encantar.
Em hipnoses convencionais, você se aproxima das "ordens" do hipnotizador, ou das suas próprias idéias, como se fossem realidade. Se o hipnotizador sugerir que sua língua inchou e está o dobro do tamanho, você terá esta sensação na boca e pode ter dificuldade para falar. Caso ele diga que você está bebendo um milkshake de chocolate, você sentirá o sabor e também que sua boca e garganta estão esfriando. Se ele disser que você está com medo, você ficará em pânico e começará a suar. Mas, durante todo esse tempo, você vai estar ciente de que tudo é imaginário. Basicamente, você está brincando de "faz-de-conta" em um nível intenso, como fazem as crianças.
Neste estado mental especial, as pessoas se sentem desinibidas e relaxadas. Aparentemente, isto ocorre porque elas se desligam das preocupações e dúvidas que normalmente restringem suas ações. Você pode experimentar o mesmo sentimento enquanto assiste a um filme. Conforme você fica entretido na trama, desaparecem as preocupações com seu trabalho, família, etc, até que todo o seu pensamento se restrinja ao que está na tela.
Neste estado, você também fica altamente influenciável. É aí que, quando o hipnotizador pede para você fazer algo, você concorda plenamente e é por isso que espetáculos de hipnose são tão interessantes. De repente, adultos sensatos e reservados começam a andar pelo palco cacarejando como galinhas ou cantando na mais alta voz. O medo de sentir-se ridículo some completamente, mas o senso de segurança e moralidade do hipnotizado continua bem estabelecido durante todo o experimento. Um hipnotizador não consegue forçar alguém a fazer o que não quer.

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