quinta-feira, 17 de março de 2011

Opinião "Indiana Jones e a Ultima Cruzada"

Meu Filme preferido da série. Indiana Jones e a Última Cruzada é o ponto máximo que Indy já conseguiu nos levar e talvez o melhor (ou mais famoso) filme de aventura da história do cinema. Muito disso, deve-se ao personagem. É impossível pensar em "cinema de aventura" sem associar isso a imagem de Indiana Jones.

A história todos conhecem: Indiana Jones parte em busca do seu pai, desaparecido na busca pelo Santo Graal (a grande obsessão da vida inteira do velho Jones) e acaba junto dele, indo atrás do Cálice Sagrado. Para isso, irá percorrer vários lugares e enfrentar exércitos (literalmente) de vilões.

Parece muito básico? Mas o que mais precisamos em um filme de aventura do que armadilhas, vilões, locações antigas, bichos nojentos e personagens com carisma nota 10?

Depois do duvidoso Indiana e o Templo da Perdição, na opinião de alguns (ainda que eu também adore este filme e seja o meu segundo em ordem de preferência), parece que a dupla Spielberg-Lucas decidiu retomar alguns elementos clássicos do primeiro longa Caçadores da Arca Perdida: estão lá os nazistas como vilões principais, um artefato religioso conhecido como a busca de Indy (depois da Arca da Aliança, é a vez do Santo Graal) e o retorno de alguns personagens como o divertido Marcus Brody e o simpático Sallah. Além de tudo, a novidade é a presença de maior destaque ao lado do protagonista: Sean Connery, como o Henry Jones "pai". A química de Ford e Connery é simplesmente perfeita, divertida e emocionante. Eles dão o tom exato quando estão lado a lado tanto nas cenas de ação, humor e nos momentos mais dramáticos da relação pai e filho. Impossível pensar em outro dupla que não essa para formar a família Jones.

Os (premiados) efeitos sonoros do longa, também seguem a mitologia da série: os sopapos com barulho exagerado, a música tema do personagem (dispensa comentários), além de outras músicas que dão o tom certo a cada cena. A canção "tema" do Santo Graal é perfeita também e encaixa de forma certeira nas passagens que envolvem o cálice.

As cenas de ação são um caso à parte: a luta em cima do tanque, a corrida de lanchas em Veneza, a fuga de Indy e seu pai na moto e sendo perseguidos pelos nazistas, etc. Não só essas cenas que se destacam. Considero a última parte do longa, a melhor e mais emocionate de toda a franquia, ainda que ação de fato ela não tenha muito. Ver Indy passando por cada armadilha para chegar até o Graal, dando o seu "salto de fé", chegando até o cavaleiro cruzado que guarda o tesouro e toda a sequência final, são perfeitos. Você está ali com ele, você vive tudo aquilo e torce por ele. Evidente que os quase 90 minutos anteriores a essas sequências, ajudam e muito nessa torcida, pois acompanhamos o desenrrolar da história e o esforço dos Jones para chegar ali desde o início.

Preciso destacar em um parágrafo à parte aquela que pra mim é a melhor sequência da franquia. O momento final da busca: quando Indy está para cair no "buraco negro", tentando alcançar o grau e seu pai tentando puxá-lo pela mão, o velho Jones diz "Indiana...deixe ele lá...". Para quem acompanhou o longa e viu a obsessão do Jones-pai pelo Graal, aquele momento é tocante. É o momento em que ele expressa o amor que sente pelo filho e que sempre pareceu guardado. Além é claro, de chamá-lo de "Indiana" pela primeira vez. Dentro do contexto, é uma cena tocante e emocionante.

Ah e claro: o filme faz algumas revelações divertidas e que brincam com a própria série. Descobrimos da onde vem a fobia de Indy por cobras, descobrimos que "Indiana" era o nome de um cachorro (será o que aparece no início do filme na casa dos Jones?) e daí vem o apelido do Dr.Jones e com isso acabamos pela primeira vez sabendo qual o nome real do nosso herói: Henry Jones Junior.

Quando tudo termina e vemos os Jones cavalgando em direção ao sol, fica a sensação de termos assistido a uma aula de cinema, dentro daquilo ao que o filme se propõe. Sinto certa ponta de inveja de quem ainda não viu pela primeira vez. Se bem que, a magia de um filme como esse, talvez não seja mais a mesma hoje em dia. Feliz daqueles que viveram essa época de ouro.







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