Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade, 126 min., 1989) - Lucas e Spielberg levaram mais tempo para realizar o filme que encerraria a trilogia inicialmente planejada, certamente para garantir que os problemas de O Templo da Perdição não mais se repetissem.
A Última Cruzada chegou somente em 1989, mantendo uma estrutura bem similar à de Caçadores: os nazistas novamente são os vilões, e o objeto cobiçado é, mais uma vez, um artefato judaico/cristão (o Cálice Sagrado). Ainda assim, o filme apresenta suas inovações.
Na seqüência inicial assistimos a uma aventura de Indy ainda adolescente (River Phoenix), que além de mostrar a origem das características do personagem (sua fobia a cobras, o chapéu, o uso do chicote, a cicatriz no queixo), introduz o mote do filme - Indy e seu pai nunca se entenderam. Como resultado temos o filme mais sofisticado da série, cuja trama é enriquecida pelo reencontro de Indy (Ford) com seu pai, o Dr. Henry Jones (Sean Connery), cuja vida foi dedicada a encontrar o Cálice e que havia desaparecido durante sua busca. A impecável interpretação de Connery como o Jones pai ajuda a dar ao filme o calor humano único que possui.
A interação dele com Ford é perfeita, autêntica, e a química que se estabeleceu entre os dois é mais do que evidente. Um tempero especial é adicionado pelo fato de que tanto pai como filho conheceram, no sentido "bíblico", a heroína/vilã Elsa Schneider (Alison Doody). John Rhys-Davies (Sallah) e Denholm Elliott (Brody) reprisam seus papéis de Caçadores, o que ajuda a nos dar aquele sentimento de que, desta vez, realmente estamos assistindo a um bom filme de Indiana Jones. O score de William mais uma vez é um destaque, e apesar de não possuir a originalidade de Caçadores e a variedade de O Templo da Perdição, ainda é um ótimo trabalho - basta conferir os temas para o relacionamento de Indy com seu pai, e o dedicado ao Cálice Sagrado.
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