sexta-feira, 25 de março de 2011

Outras caveiras...

O exemplar de Mitchell-Hedges é indiscutivelmente a caveira de cristal mais famosa, mas várias outras já foram descobertas. A maioria não tem a mesma história, mas todas elas são únicas.

A caveira de cristal do Museu Britânico existe há pelo menos o mesmo tempo que a de Mitchell-Hedges, e em 1936, foi comparada com ela por G. M. Morant. Ela também possui tamanho real, mas não é tão detalhada. Tem os buracos dos olhos mais arredondados e o maxilar não é solto, além de ser feita de quartzo nublado. Morant acreditava que as caveiras não eram feitas independentemente umas das outras, mas não tinha provas disso.
Caveira de cristal vista de lado
©iStockphoto.com/Zennie
Caveira de cristal vista de lado
A caveira adquirida pelo Museu Britânico veio da Tiffany & Co., em 1898. Ela supostamente veio do México e se tornou propriedade de Eugene Boban, um negociador de arte francês, antes da Tiffany's comprá-la. Em 1990, o museu colocou a caveira em uma exposição chamada "Fake? The Art of Deception" (Falso? A Arte da Decepção). A legenda menciona "possível origem asteca (em inglês), primórdios do período colonial". O Museu Britânico também tem uma caveira de cristal menor e mais rústica chamada de caveira asteca

A caveira de Paris, que já foi considerada asteca, é mantida pelo Museu do Homem (Musée de l'Homme). Ela é mais rústica do que a caveira do Museu Britânico e possui uma fenda no topo, supostamente para abrigar uma cruz. Tem a metade do tamanho das outras duas, pesa quase 3 kg e mede cerca de 12 cm de altura e 15 cm de comprimento [fonte: Henderson]. Alphonse Pinart a comprou de Eugene Boban em 1878 e a doou ao museu, que também tem uma caveira de cristal muito pequena com cerca de 4 cm de comprimento.

Em 1992, o Museu Nacional de História Americana da Instituição Smithsonian recebeu uma caveira de cristal pelo correio. Ela é maior do que uma real, pesa pouco mais de 15 kg e mede 23 cm de altura por 20 cm de comprimento. [fonte: Henderson]. O bilhete anônimo, que veio com a caveira, dizia que ela era uma "caveira de cristal asteca" e que havia sido "comprada na Cidade do México em 1960" [fonte: Henderson]. Ela é oca, feita de cristal branco leitoso e é rusticamente esculpida, em comparação com algumas das outras caveiras.

Ainda mais caveiras

Existem várias outras caveiras, mas há pouca informação que possa ser verificada sobre elas:


  • Max, a "caveira de cristal do Texas", é uma peça única e transparente da Guatemala. Ela pertence à Jo Ann Parks, que começou a exibi-la nos anos 80;
  • "ET" é uma caveira de cristal esfumaçado supostamente descoberta em 1900, de propriedade de uma família da América Central. O crânio é pontiagudo e possui uma oclusão defeituosa. É de propriedade de Joke van Dieten, que também possui vários outros exemplares;
  • Uma caveira de cristal de ametista chamada "Ami" foi supostamente encontrada em meados de 1900. Ela possui uma linha branca irregular ao redor da circunferência e acredita-se que seja maia;
  • "Sha-na-ra" é transparente, pesa cerca de 6,5 quilos e é de propriedade de Nick Nocerino, que diz ser um especialista em pesquisa de caveiras de cristal. Ele afirma que ela foi encontrada no México.
Além dessas, existem várias pequenas caveiras (3 cm de diâmetro) em museus, consideradas astecas ou mistecas, com furos verticais ou horizontais. Essas pequenas caveiras de cristal foram provavelmente usadas como colares.

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